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A Arte da Pesquisa

Por:   •  5/12/2023  •  Trabalho acadêmico  •  9.062 Palavras (37 Páginas)  •  16 Visualizações

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A ARTE DA PESQUISA – PARTE 2

P.

Citação

Anotações

Capítulo 10 – Qualificações

10.1 Uma revisão

173

Três elementos necessários a todo argumento.

10.1.1 Afirmações e evidência

173

Para criar um argumento, você precisa enunciar dois elementos explicitamente:

AFIRMAÇÃO <-> EVIDÊNCIA (p. 173)

174

Na maior parte dos argumentos, sua evidência será nova para seus leitores; assim você precisa explicá-la, decompondo-a em afirmações subordinadas, sustentadas por mais evidências – evidências que sustentam evidências.

174

Você tem de sustentar suas afirmações com evidências, mas, geralmente, deve considerar suas evidências como subafirmações que também precisam ser sustentadas.

10.1.2 Fundamentos

175

O terceiro elemento, seu fundamento, permite-lhe relacionar uma determinada afirmação a uma determinada evidência incontestavelmente.

175

(...) quanto você escreve como alguém da área para outras pessoas da mesma área, raramente expressa todos os seus fundamentos, mas você ajudaria tanto a seus leitores quanto a si mesmo se, antes de redigir, testasse seus principais fundamentos.

10.2 Qualificando seu argumento

176

Se, no entanto, você elabora seus argumentos com esses três elementos apenas, poderá ter um problema, porque muitos leitores irão considerar um argumento singelo assim como despretensioso beirando a ingenuidade.

176

Toda afirmação contestável encoraja os leitores a questionarem as condições em que a afirmação retém a verdade e os limites da sua certeza. Além disso, uma afirmação importante quase sempre depende de suposições que só são verdadeiras em determinadas circunstâncias. Raramente é possível você propor um argumento cuja veracidade seja 100% absoluta, 100% do tempo.

176

Embora possa parecer paradoxal, seu argumento ganha força retórica quando você reconhece seus limites.

177

Com essa finalidade, neste capítulo acrescentamos um quarto componente ao nosso modelo, representado por aqueles elementos que levam em conta objeções e os limites de sua certeza.

177

[pic 1]

10.2.1 Prever objeções

178

Ao elaborar seu argumento, você precisa tomar conhecimento de seus leitores, prevendo as perguntas deles e tornando explícitos os limites de suas afirmações.

178

É mais provável que os leitores questionem, a qualidade das evidências ou dos fundamentos. A maneira como você irá refutar essas objeções vai depender da natureza delas. Por exemplo, se você suspeita de que um leitor poderia considerar sua evidência insuficiente ou inadequada, porque conhece alguma evidência que contradiz sua afirmação, então deve mostrar que considerou essa evidência adicional, mas a rejeitou por uma boa razão.

179

Pesquisadores astutos acolhem de bom grado tais objeções, chegando mesmo a procurá-las, não só para melhorar suas chances de acerto, mas também para indicar aos leitores que estão familiarizados com outros pesquisadores que estudaram o mesmo problema e chegaram a conclusões diferentes.

179

Há quatro tipos de objeções que você deve buscar cuidadosamente. Com três deles você deve lidar especificamente. enquanto pode discutir ou ignorar o quarto.

  1. Considere levantar objeções e a alternativas para suas afirmações, aquelas que, durante o andamento da pesquisa, você considerou, mas rejeitou.
  2. Preveja objeções que os leitores poderão fazer.
  3. Preveja alternativas em que seus leitores possam pensar.

Preveja a objeções que possam ocorrer a seus leitores enquanto eles lêem.

Há descrições de cada um destes tópicos, optei por não colocar para simplificar o fichamento.

180

Em vez de discordar de questões prosaicas - da exatidão ou precisão de suas evidências-, é mais provável que os leitores apresentem objeções nestes quatro campos:

  • Você definiu termos-chave incorretamente.
  • Você simplificou demais causas e efeitos.
  • Você generalizou demais uma evidência muito pequena
  • Você não considerou exemplos contrários e casos especiais.

Há descrições de cada um destes tópicos, optei por não colocar para simplificar o fichamento.

10.2.2 Aceite o que não puder refutar

181

Pode ser que você não consiga responder a algumas objeções. Mas, se estiver elaborando um argumento honesto, precisara reconhecê-las. Ao fazê-lo, você se arrisca a revelar uma ralha possivelmente ratai em seu raciocínio, mas leva a vantagem de reconhecer seus limites com franqueza.

182

Se descobrir cedo as objeções irrefutáveis, você poderá revisar seu argumento, talvez até mesmo sua afirmação. Se deixar para mais tarde, terá um problema.

182

Se não tiver nenhuma boa resposta, reconheça francamente uma objeção como um " problema" que precisa de mais estudo, o u mostre que a preponderância de outra evidência a minimiza.

182

Pesquisadores experientes e professores entendem que a verdade é sempre complicada, normalmente ambígua, sempre passível de ser contestada. Eles formarão uma opinião melhor a seu respeito e de seu argumento se você reconhecer seus limites, especialmente os limites que o restringem mais do que seria desejado. A concessão é outra mane ira de convidar os leitores ao diálogo

10.2.3 Imponha condições limitadoras

183

Existe outro tipo de objeção que os pesquisadores não podem refutar e com o qual normalmente não se incomodam. Trata-se de uma reserva em relação a mudanças imprevisíveis de certas condições, algo que você considera que não ocorrerá. mas que pode acontecer.

183

Os autores costumam silenciar sobre condições limitadoras, especialmente as que estabelecem que as pessoas e coisas devem se comportar como esperamos. Você ouvirá com frequência os comentaristas esportivos referirem-se, em suas visões, a condições como contusões, porque são comuns e previstas em muitos esportes. Mas só raramente os cientistas irão declarar que suas afirmações dependem dos instrumentos funcionarem corretamente, não só porque isso é muito óbvio, mas também porque todo o mundo espera que eles se assegurem de que os instrumentos funcionarão direito.

10.2.4 Limite o alcance e a certeza de sua afirmação e de suas evidências

184

Mesmo depois de ter refutado todas as objeções importantes, você raramente pode afirmar em sã consciência que tem 100% de certeza, que sua evidência é 100% confiável e que suas afirmações são incontestavelmente verdadeiras. Sua credibilidade requer que você limite o alcance de seus argumentos. restringindo a certeza de suas afirmações e evidências com palavras e frases restritivas.

185

Você não precisa declarar cada instante de incerteza, mas apenas os mais importantes. Se você colocar ressalvas demais, parecerá tímido ou inseguro.

10.3 Elaborando um argumento completo

186

E o que é mais importante, um argumento grande e complexo é elaborado a partir de argumentos simples de tipos diferentes que dependem não só de fundamentos diferentes, mas de tipos diferentes de fundamentos.

Aqui o texto retoma o esquema anterior.

186

Você pode começar qualquer argumento básico com uma afirmação. ou concluir com ela; pode refutar objeções no começo do argumento, no meio, logo antes da afirmação final ou até mesmo depois dela.

Ele traz dois exemplos invertendo a ordem dos argumentos e afirmações.

10.4 O argumento como guia para a pesquisa e da leitura

188

A estrutura de um argumento é de valor inestimável para ajudá-lo a refletir ao longo do projeto, do princípio ao fim.

  1. Seus elementos poderão orientar sua pesquisa. Se conseguir prever o que precisa incluir no relatório - não só afirmações e evidências, mas fundamentos e ressalvas -. você poderá ler adequadamente e procurar não só por sustentação, mas também discordâncias para refutar.
  2. Os elementos do argumento o ajudarão a ler mais criticamente. À medida que for lendo suas fontes de informações. deverá fazer as mesmas perguntas que seus leitores provavelmente farão.
  3. Esses elementos poderão ajudá-lo a organizar suas informações e opiniões, enquanto você se prepara para o seu primeiro rascunho. Seus primeiros esboços devem enfocar os elementos do argumento.
  4. Os elementos de seu argumento poder lo ajudá-lo a identificar as partes do relatório e orientar o rascunho.
  5. E, por fim. os elementos do argumento poderão ajudá-lo a prever o que os leitores pensarão a seu respeito, porque nada revela mais sobre o caráter de uma pessoa do que a maneira como essa pessoa tenta convencer os outros a mudar de opinião.

10.5 Algumas palavras sobre sentimentos fortes

189

Quando os leitores encontram num argumento não só a voz da razão, mas sinais de envolvimento, ou mesmo de paixão, quando a paixão é requerida, eles prestam mais atenção a esse argumento do que a outro que pareça ter a mesma correção intelectual, mas é frio, apático. Essa é uma questão que não pode ser ignorada em nenhuma discussão de argumento.

190

Apenas podemos repetir o que os mestres da retórica, desde Aristóteles, têm dito: todo argumento depende de três recursos: seu logos (lógica), seu pathos (componente emocional) e seu ethos (o caráter perceptível do autor). E são esses três que tecem a convicção de nossos leitores.

Sugestões úteis: Argumentos - duas armadilhas comuns

191

Os argumentos falham por muitas razões, mas para os pesquisadores sem experiência as duas mais comuns são as que se seguem.

191

Evidência imprópria

Toda vez que entra numa área nova, você precisa descobrir o que é novo e diferente quanto aos tipos de argumentos que seu professor espera que você crie. (...) Eis aqui alguns tipos de evidências em que reparar nas diversas áreas:

  • Convicções pessoais e episódios da vida dos próprios autores, como numa aula de redação do primeiro ano.
  • Dados documentais detalhados, reunidos numa história coerente, como em algumas descrições de história.
  • Descrições minuciosas do comportamento cotidiano como em antropologia.
  • Resumos quantitativos sobre grupos sociais, como em sociologia.
  • Dados quantitativos visando um resultado único, como em engenharia.
  • Citações diretas, como na maioria das ciências humanas.
  • Uma série de significados interligados, reunidos num conjunto aparentemente discrepante de citações, como na crítica literária.
  • Conjuntos de princípios, implicações. inferências e conclusões independentes de dados factuais, como em filosofia.
  • Citações e textos emprestados de outros autores, como em advocacia.

192

Simplicidade confortável

Ao começar sua pesquisa, saiba que nenhum efeito complexo tem uma causa única, não ambígua; nenhuma pergunta séria tem uma resposta simples e única; nenhum problema interessante pode ser resolvido através de uma metodologia única e simples, nem tem uma única solução. Procure as ressalvas; formule ao menos uma solução alternativa para seu problema; pergunte se alguém mais na área aborda seu problema de maneira diferente.

PARTE IV Preparando-se para redigir, redigindo e revisando

Prólogo: Planejando novamente

Preparando-se para o primeiro rascunho

195

Estará pronto para começar um primeiro rascunho sério quando tiver um plano, por mais impreciso e incompleto que seja - em sua cabeça ou no papel: um esboço, um resumo antecipado ou até mesmo apenas uma ideia geral da forma dele. Esse plano deve refletir:

  • Uma imagem de seus leitores. O que eles esperam; o que é provável que saibam ou presumam; quais são as opiniões deles; por que deveriam se preocupar com seu problema.
  • Uma impressão do caráter que você quer projetar. Você se apresentará como alguém apaixonadamente comprometido com um ponto de vista, ou como um observador imparcial que examina todas as alternativas antes de chegar a uma conclusão?
  • Uma pergunta que indique algum lapso do conhecimento, alguma falha na compreensão que você quer preencher.
  • Sua afirmação ou proposição principal e algumas das suba firmações que a sustentam. Podem ser provisórias, como a melhor suposição possível para uma resposta à sua pergunta
  • A seqüência das partes de seu relatório.

O processo de redação

197

Do mesmo modo como planejamos de maneiras diferentes, assim também temos várias maneiras de escrever. No entanto, muitos autores experientes seguem dois princípios.

  • Primeiro, eles respeitam a complexidade da tarefa. Não esperam passar direto por todo o processo até chegar ao texto final. Sabem que, à medida que forem desenvolvendo seu trabalho, poderão descobrir algo novo que os obrigará a repensar seu projeto.
  • Segundo eles sabem que grande parte do que forem escrevendo desde o início irá parar no cesto de lixo; assim. começam a reservar tempo desde cedo para becos sem saída, retomadas, ideias novas, pesquisas posteriores e a revisão - especialmente a revisão - porque sabem que o trabalho realmente produtivo começa depois que eles veem não o que eles pensam que sabem, mas o que são finalmente capazes de dizer.

Assim. quando começam a redigir, eles têm em mente mais alguns princípios:

  • Redigem o mais rápido possível dentro do razoável, deixando questões como ortografia, pontuação, gramática e outras para depois.
  • Levam em conta as reações das pessoas em que confiam.
  • Acima de tudo, muito tempo antes de terem chegado a esse ponto. já estavam redigindo no decorrer de toda a pesquisa.

Sugestões úteis: Preparando o esboço

200

[pic 2]

[pic 3]

Com esse tipo de esboço. você também vê melhor onde as proposições se afinam e o onde não. Não menos importante, porque cada proposição é uma afirmação em algum argumento, você terá de sustentar cada uma delas com evidências, o que motivará cada etapa de seu trabalho. É claro que você talvez não seja capaz de fazer esse tipo de esboço antes de terminar o rascunho, mas a essa altura ele é especialmente útil.

Capítulo 11 Pré-rascunho e rascunho

11.1 Preliminares para o rascunho

203

O trabalho de rascunhar prosseguirá com maior rapidez se você tiver um plano, em vez de simplesmente sentar-se e tentar pensar na primeira palavra.

11.1.1 Saiba quando você esrá pronto

204

Você saberá que está pronto para planejar um primeiro rascunho sério quando tiver uma vaga impressão dos elementos que alinhamos no prólogo: uma pergunta de pesquisa, uma possível resposta um corpo de evidências para sustentar a resposta.

204

Se você é um pesquisador experiente. também deve ter pensado sobre:

  • os principais fundamentos que seus leitores de aceitar antes de aceitarem suas evidências e afirmações,
  • as objeções que você precisará refutar e as que não poderá.

205

Você saberá que está pronto para planejar um primeiro texto quando tiver suficientes evidências para sustentar uma proposição que pode ser descrita assim:

  • É suficientemente concisa para caber numa frase ou duas.
  • É contestável, não patente, precisa de suas evidências.
  • Expressa em palavras específicas os conceitos centrais independentes que você pode desenvolver no corpo de seu relatório.
  • Não depende, para ter peso, de palavras como " interessante", "significativa", ou "importante", e suas definições conceituais vão além de abstrações como "a relação entre X e Y" o u "a influência de X sobre V".

11.1.2 Texto preliminar versus texto final

206

Redigir textos preliminares pode ajudá-lo a descobrir coisas com as quais nem sonhou, mas isso não se rá eficaz se o prazo de que você dispõe, lhe permitir apenas redigir um rascunho ou dois. Se você quiser chegar a um rascunho final de maneira mais eficaz, então precisará planejar com mais cuidado.

11.2 Planejando sua organização: quatro  armadilhas

206

Existem algumas boas regras básicas para planejar um relatório, mas também há quatro princípios comuns de organização que você nunca deve considerar como um recurso principal - ou até mesmo secundário.

11.2.1 Repetir a tarefa

206

Se sua tarefa relaciona quatro proposições que serão consideradas, organize seu relatório em torno delas apenas se a tarefa assim o exigir e apenas se você não conseguir pensar em nenhuma outra maneira. Se a tarefa lhe pedir para comparar A c B, não considere que seu relatório precisa ter duas metades, uma para A, outra para B, e nessa ordem. E sob nenhuma circunstância repita a tarefa palavra por palavra em seu primeiro parágrafo. como neste exemplo

11.2.2 Resumir as fontes

207

Se você tem pouca familiaridade com um assunto ou com toda uma área, é provável que confie em suas fontes com maior facilidade do que deve. Cada tipo de pesquisa oferece um tipo de problema diferente.

Na pesquisa em biblioteca, evite basear seu relatório o em resumos e c citações, especialmente ao redigir a primeira metade do relatório, quando apresenta o "pano de fundo"

Na pesquisa de campo, não relate simplesmente as observações, nem repita apenas citações de entrevistas. Aqui também sua contribuição precisa aparecer ao longo de todo o seu relatório, de acordo com os princípios de seleção que você aplica a seus dados.

Na pesquisa de laboratório, não vá soterrar seus resultados com uma narrativa de sua atividade no laboratório.

11.2.3 Estruturar seu relatório em torno de seus dados

208

Antes de você definir seu esboço, passe algum tempo organizando e reorganizando seus dados em categorias, como um exercício que poderia ajudá-lo a atingir o ponto de vista mais interessante para seus leitores. Que ordem de categorias refletiria melhor as categorias de sua afirmação? Você poderia até mesmo descobrir uma afirmação mais interessante do que a que vem tentando propor.

11.2.4 Estruturar seu relatório em torno de uma narrativa sobre a sua pesquisa

209

Não redija seu relatório como se estivesse, através dos registros de sua pesquisa, narrando uma escavação arqueológica. Poucos leitores estarão interessados em um relato passo a passo do que você descobriu primeiro, dos obstáculos que superou, do novo caminho que procurou e, então, de como encontrou uma resposta. Esse tipo de narrativa pode insinuar-se em seu relatório, se você mantiver suas anotações como camadas de uma civilização e redigir seu relatório levantando-as uma de cada vez, registrando cada passo.

11.3 Um plano para o rascunho

209

A seguir, apresentamos uma série de passos numa sequência que você não deve considerar como fixa. Coloque-os numa ordem que atenda a suas próprias necessidades, mas procure incluir todos.

11.3.1 Determine onde localizar sua proposição

210

Se você tiver uma percepção de sua afirmação principal, expresse-a, por mais vaga que seja, e depois decida onde a enunciará pela primeira vez. Falando praticamente, você só tem duas escolhas: '.

• na introdução, especificamente como última frase (não como primeira), de forma que seus leitores saibam para onde você pretende levá-los;

• na conclusão, de forma que você só revela a seus leitores onde pretendia chegar depois que suas evidências, aparentemente de mane ira inevitável. tenhanHl0S levado até lá.

210

Se expressar sua proposição principal - sua afirmação principal, a solução de seu problema, a resposta a sua pergunta - ao término da introdução, você estará dizendo a eles: Leitores. agora vocês têm o Controle deste relatório. Conhecem em linhas gerais o meu problema e sua solução. Poderão decidir como - ou até mesmo se - continuarão a ler.

210

Por outro lado, se esperar até a conclusão para enunciar sua proposição principal, você estabelece uma relação muito diferente - e mais controlada: Leitores, conduzirei vocês o tempo todo por este relatório, analisando cada alternativa que apresento na ordem que estabeleci, até o final, onde lhes revelarei minha conclusão.

11.3.2 Formule uma introdução de trabalho

211

A primeira coisa que você precisa ter em mente, enquanto redige o rascunho, é a pergunta que está formulando e uma noção de sua resposta, algo que você possa esboçar em algumas palavras

212

É melhor começar com um pouco de contexto. Então, se puder, enuncie sucintamente sua pergunta como um problema, seguido de sua solução, caso a conheça. Senão, tente caracterizar o tipo de solução que poderia encontrar:

11.3.3 Estabeleça o plano de fundo, as definições e as condições necessárias

213

Tendo uma introdução do trabalho, chegue a uma conclusão sobre o que seus leitores devem saber, entender ou em que acreditar imediatamente, antes que possam entender qualquer outra coisa.

213

Apresente informações extraídas de suas anotações, mas apenas na medida suficiente para que os leitores que não estejam muito familiarizados com seu tópico entendam quaisquer termos especiais, conheçam alguma pesquisa que tenha motivado a sua, assim como os fatos básicos sobre o material que você estudou.

213

Se essa parte de pano de fundo tiver mais do que duas páginas, finalize-a com um resumo conciso do que você quer que seus leitores tenham em mente quando começarem a ler o texto principal de sua argumentação.

11. 3. 4 Refaça seu esboço

214

Do antigo ao novo. Em geral, os leitores preferem passa r do que eles sabem para o que não sabem. Portanto, um bom princípio para ordenar o texto de seu relatório e começar revisando brevemente o que os seus leitores sabem, de modo que possam passar ao que pensarão que e novo.

214

Do mais curto e mais simples ao mais longo ou mais complexo. Em geral, os leitores preferem encontrar um material mais curto, menos complexo, antes de um mais longo, mais complexo.

215

Do não contestado ao mais contestado. Em geral, os leitores passam mais prontamente de assuntos menos contestados aos mais contestados. Quais elementos de sua argumentação seus leitores aceitariam mais facilmente? A quais deles poderiam resistir mais fortemente? Se sua afirmação principal é controversa, e você pode apresentar vários argumentos para sustentá-Ia, experimente começar com um que tenha mais probabilidade de ser aceito pelo seu leitor.

11.3.5 Selecione e dê forma a seu material

216

Mesmo que todo aquele material nunca apareça cm seu relatório, ele é o alicerce de conhecimento sobre o qual sua argumentação repousa.

11.4 Criando um rascunho passível de revisão

216

Se você acha que está pronto para começar a pôr palavras no papel, reflita por um momento sobre o tipo de redator que você é (ou talvez queira ser).

11.4.1 Dois estilos de redigir

216

Rápido e sujo: Muitos autores acham mais eficaz escrever tão rápido quanto conseguem mover a caneta ou datilografando. Sem se preocupar com o estilo, a correção, ou mesmo a clareza (muito menos com a ortografia), eles tentam manter o das ideias. Se uma seção não deslancha, eles anotam o motivo pelo qual ficaram entalados, indicam isso no rascunho para observar na passada seguinte, e vão em frente.

216

Então, se as idéias param de fluir completamente, eles têm outras coisas de que cuidar: melhorar o fraseado, acrescentar citações, ocupar-se com a introdução, revisar o que redigiram, resumir em uma frase ou duas o terreno que já cobriram, certificar-se de que a bibliografia inclui todas as fontes citadas no texto. Como um ultimo recurso, corrigem a ortografia, a pontuaçao - qualquer coisa que desvie seus pensamentos do que está causando o bloqueio, mas que os mantenha em atividade dando ao seu subconsciente uma oportunidade para trabalhar no problema.

217

Lento e limpo: Há outros que não podem trabalhar com tais métodos "sujos", mas apenas com "a perfeição, palavra por palavra", "frase por frase bem acabada". Não conseguem começar uma nova sentença até que aquela em que estejam trabalhando tenha ficado perfeita. Se você é desses e não consegue se imaginar escrevendo rápido e de modo grosseiro, não tente modificar seu estilo. Mas lembre-se: quanto mais você se fixar em cada pequena parte, menos alternativas terá depois. Você deparará com uma grande dificuldade se, de repente, enxergar as coisas de uma nova maneira e tentar fazer revisões em larga escala.

11.4.2 Crie uma rotina

217

Ritualisticamente, arrume sua escrivaninha, sente-se, aponte seus lápis ou ligue o computador, acenda e ajuste a iluminação, sabendo que ficará sentado ali por um período de tempo absolutamente irredutível. Se ficar olhando para o espaço, sem nenhuma idéia na cabeça, escreva um resumo: Até aqui, tenho as seguintes proposições ... Ou dê uma olhada nos últimos parágrafos que escreveu e trate um trecho importante de evidência como uma afirmação em um argumento subordinado. Identifique as pa lavras-chave em todas as afirmações subordinadas, indagando que evidência encorajaria seus leitores a aceitá-Ias, e comece a escrever:

11.5 Uma a armadilha a evitar a todo custo

218

É ao escrever seu rascunho que você se arrisca a fazer a pior coisa que pode acontecer a um pesquisador: no calor da você mergulha confiante em suas anotações, achando coisas boas para dizer, enchendo a página ou a tela com muitas pa avras boas. E essas palavras são de outra pessoa.

11.5.1 Definição de plágio

218

Você está cometendo plágio quando, intencionalmente ou não, usa as palavras ou ideias de outra pessoa e não as credita àquela pessoa. Você comete plágio até mesmo quando dá o crédito ao autor, mas usa as palavras exatas dele, sem indicar isso com o uso de aspas ou de um recurso gráfico qualquer, como recuo de texto.

11.5.2 Plágio direto de palavras

219

Quando quiser usar as palavras exatas que encontrou cm uma fonte, pare e pense. Então:

  • coloque o texto entre aspas, ou crie uma citação em bloco (veja as " Sugestões úteis" no final deste capítulo)
  • copie as palavras exatamente como elas aparecem na fonte (se mudar alguma coisa, use colchetes ou reticências para indicar as mudanças),
  • cite a fonte.

11.5.3 Plágio direto de idéias

220

Se usar as idéias de outras pessoas, dê-lhes o crédito, antes de mais nada. Se escrever várias páginas baseando-se no trabalho de outro, não relegue a menção desse fato a uma nota de rodapé, no final.

220

Uma situação ainda mais enganadora é aquela em que você usa idéias que são extensamente conhecidas em sua área. As vezes, a idéia é tão familiar que todo o mundo sabe de quem é o crédito por ela, e você poderia se r considerado ingênuo se a citasse.

11.5.4 Plágio indireto de palavras

221

É ainda mais enganador definir plágio quando você faz resumos e paráfrases. Eles não são a mesma coisa, mas confundem-se tanto, que você pode não perceber quando está passando do resumo para a paráfrase e, então, ultrapassando a fronteira do plágio.

221

Mas, em áreas que usam muitas citações diretas, como história e línguas, é arriscado fazer paráfrases muito próximas.

11.5.5 Tenha consciência de que está plagiando

222

É menos provável que plagie inadvertidamente se, ao escrever, não mantiver os olhos o em sua fonte, mas na tela do computador ou na folha de papel, e informar o que sua fonte tem a dizer depois que as palavras foram filtradas pela compreensão que você teve delas.

11.6 As últimas etapas

223

Agora leia seu rascunho todo do princípio ao fim, o mais rápido que puder, de preferência em voz alta, para um amigo ou colega. Isso é só para medir a fluência de sua argumentação. Se você tropeçar em uma frase, assinale, mas continue em frente. Se dois parágrafos parecerem desconectados, acrescente uma transição, se lhe ocorrer alguma, ou assinale o ponto para resolver depois. Se as proposições não estiverem cm ordem, anote o ponto onde você se deu conta do problema e passe adiante.

223

A essa altura, no entanto, você enfrentará um problema que embaraça todo autor: determinar se seu relatório terá sentido para seus leitores

Sugestões úteis: Usando citações e paráfrases

Como citar e parafrasear

225

Nas ciências e em algumas ciências sociais, os pesquisadores raramente reproduzem o texto das fontes diretamente. Em vez disso, eles as parafraseiam e as citam. O processo é simples: com suas próprias palavras, reescreva o que descobriu ou os dados que quer usar. Então, certifique-se de citar a fonte usada, na forma adequada a sua área. Só transforme o nome da fonte em uma parte direta de sua própria sentença se a fonte for importante e você quiser chamar atenção para ela.

Acho pertinente para arquitetura

227

Não comece uma frase com uma citação, terminando-a com suas próprias palavras. Comece suas frases com suas próprias palavras e termine-as com O material citado.

Quando citar e parafrasear

227

Não importa qual seja sua área, você precisa aprender até que ponto deve depender do trabalho dos outros. Se você citar ou mencionar outros autores com muita freqüência, vai parecer que tem pouco a oferecer de seu próprio trabalho. Por outro lado, se citar pouco demais, os leitores poderão pensar que suas afirmações carecem de sustentação ou, então, não entenderão como o seu trabalho relaciona-se com os de outros pesquisadores.

228

Não cite simplesmente porque é mais fácil ou porque você acha que não tem autoridade para falar por suas fontes. Reduza suas citações à menor extensão possível, e sob nenhuma circunstância remende um relatório com uma série delas. Você precisa apresentar seu próprio argumento, com suas próprias afirmações e evidências

Capítulo 12 - Apresentação visual das evidências

229

Mas, se seus dados consistirem de elementos abstratos - números; listas de nomes, de lugares, de objetos, ou mesmo conceitos reduzidos a poucas palavras, você sempre terá outro modo de ajudar seus leitores a entender esses dados e, portanto, sua argumentação: visualmente, por meio de tabelas, quadros, gráficos, diagramas, mapas e sinais visuais de estrutura lógica.

12.1 Visual ou verbal?

229

A escolha de como apresentar os dados, visual ou verbalmente, dependerá:

  • do tipo dos dados,
  • de como seus leitores poderão entendê-los melhor,
  • de como você quer que seus leitores reajam a eles.

  1. Alguns princípios gerais de elaboração

232

Que nível de precisão os leitores esperam dos dados?

  • As tabelas são mais precisas que diagramas e gráficos.

Que tipo de impacto retórico e visual você quer causar nos leitores?

  • As tabelas parecem apresentar os dados objetivamente.
  • Diagramas e gráficos têm maior força visual. Estimulam os leitores a reagir à imagem visual.
  • Os diagramas convidam os leitores a fazer comparações. o Os gráficos convidam os leitores a acompanhar um relato.

Você quer que seus leitores vejam uma proposição nos dados?

  • As tabelas incentivam os leitores a interpretar os dados.
  • Diagramas e gráficos parecem apresentar sua proposição mais diretamente.

233

Independentemente da forma que você escolher, os leitores entenderão seus dados mais facilmente se você seguir três princípios de elaboração.

1 - Quanto maior a organização, melhor. Organize os elementos por um princípio que reflita como você quer que os leitores usem a tabela ou figura:

  • Ordene os elementos independentes por um princípio que reflita as variáveis que quer que os leitores notem.
  • Nas tabelas, organize os dados de forma que os olhos dos leitores sejam atraídos para os elementos que você mais quer que eles notem.
  • Nos diagramas, se possível, ordene as barras de modo que adquira uma forma coerente com o que você pretende mostrar: uma linha ascendente ou descendente, uma curva de sino, uma linha nivelada etc.
  • Nos gráficos, se possível, organize as variáveis de modo que as linhas inclinadas impliquem um relato que sustente sua proposição.

2 - Quanto mais simples, melhor.

  • Limite os casos - nomes de pessoas, lugares e coisas - a quatro por gráfico, seis ou sete por ma.
  • Use mais de um diagrama ou gráfico, cm vez de encher um só com uma massa de dados. a Use o mínimo de palavras explicativas no diagrama ou gráfico.
  • Use poucos tipos de letra, coordenados. Evite usar apenas letras maiúsculas.
  • Em diagramas e gráficos, mantenha simples os contrastes visuais: preto, branco e uma ou duas tonalidades de cinza - evite os xadrezes, e listras, etc.

3 - O mais importante: antes ou logo após o leitor visualizar os dados, enuncie a questão que você acha que eles representam e que deseja que o leitor entenda. Indique as diferença, semelhanças, anomalias ou padrões que acha mais significativos. Se os dados não guardarem nenhuma surpresa, admita-os.

12.3 Tabelas

234

As tabelas devem ser objetivas e incentivar os leitores a tirar suas próprias conclusões. Há dois tipos de tabelas: as numéricas e as que usam palavras

12.3.1 Tabelas numéricas

236

I – Relacione e intitule os elementos independentes na coluna vertical esquerda. Lembre-se de que os leitores geralmente consideram o que está à esquerda como a causa ou a fonte do que aparece à direita.

2 - Relacione as variáveis dependentes em colunas da esquerda para a direita, rotuladas no alto.

3 - Se fizer sentido, apresente uma média ou mediana na base da tabela, de forma que os leitores possam avaliar o alcance da variação.

4 - Se você está mais preocupado em estabelecer uma questão do que em oferecer dados precisos, arredonde seus números de forma que os leitores possam computar os valores só dos primeiros dois (ou no máximo três) dígitos.

5 – Se uma tabela tem mais de sete linhas, acrescente um espaço adicional a cada quatro ou cinco linhas.

236

Lembre-se de interpretar a tabela para o seu leitor no texto. Não repita em palavras simplesmente o que a tabela apresenta em números.

12.3.2 Tabelas que usam palavra.

236

As tabelas que usam palavras devem expressar variáveis dependentes de maneira concisa.

237

O risco com as tabelas que usam palavras é que elas parecem redutoras, levando os leitores a sentir que você simplificou demais os conceitos e eliminou as nuanças. Portanto, só utilize essas tabelas para relações conceituais que sejam diretas e sem nuanças.

12.4 Diagramas

237

Os diagramas ajudam os leitores a entenderem de modo geral (não de modo preciso) de que maneira vários casos ou categorias independentes se alteram em função de uma ou algumas variáveis dependentes.

Aqui ele vai explicar todas as formas de diagrama, para o tipo de fichamento que eles querem, não achei que agregaria.

12.5 Gráficos

244

Os gráficos não transmitem valores precisos com facilidade, mas podem mostrar com eficácia relações grosseiras entre muitos pontos.

245

Cuide para que os leitores interpretem os gráficos como um relato sobre alguma entidade que muda com o tempo, e que projetem a tendência para além do diagrama.

12.6 Controlando o impacto retórico de um recurso visual

246

Geralmente, o tipo de dados deve determinar o tipo de recurso visual. Mas considere também o impacto que você quer causar.

Há exemplos de impacto visual, mas aconselho caso achem pertinente, ver diretamente no livro.

12.7 Comunicação visual e ética

249

Quando você escolhe um recurso visual por seu impacto, lembre-se de que sua decisão retórica tem uma dimensão ética.

249

Sempre que apresentar dados visualmente. você precisará escolher entre uma versão para obter o impacto correto e sua responsabilidade, não apenas quanto aos fatos, mas quanto à aparência deles. Uma vez que tabelas, diagramas e gráficos parecem objetivos. poderão enganar os leitores inexperientes, mas os leitores experientes irão desconfiar, achando que você está distorcendo as imagens a serviço de sua versão.

Aqui nesse meio, há alguns textos referentes a formatação, como seguimos a ABNT, preferi suprimir.

253

[pic 4]

12.11 Tornando visível a lógica de sua organização

254

Mas, se pudermos confiar no que as pesquisas informam sobre como a maioria de nós lê e entende, devemos admitir que a maior parte dos leitores prefere ver a informação estruturada visualmente, que facilita a absorção, a compreensão e a retenção das informações.

12.12 Usando recursos visuais como um auxílio à reflexão

255

Os recursos visuais ajudam a comunicar dados complexos, mas têm outro uso importante: também podem ajudá-lo a descobrir padrões e relações que, caso contrário, você poderia deixar passar.

255

Dedique algum tempo organizando e reorganizando suas informações de formas e maneiras diferentes - em gráfico, quadro, tabela ou diagrama.

255

Quando tiver um rascunho pronto, experimente quebrar um parágrafo ou uma seção que sinta estar muito longos e cansativos, dividindo-os com o auxílio de bolinhas e de subi tens recuados que usamos aqui.

256

Assim como outros recursos formais, os visuais encorajam-nos a descobrir ideias e relações que, caso contrário, poderia não notar.

Sugestões úteis: Pequeno guia para recorrer a um orientador

257

Planeje. Antes de procurar o orientador, certifique-se de que é capaz de descrever o que fez, o que não fez, e que partes da tarefa lhe causam dificuldade. Quanto mais claro você for, melhor será a orientação que receberá.

258

Antes de ir embora, tenha um plano de ação por escrito. 'Muitos alunos descobrem que, enquanto estavam falando com o orientador, pensavam que haviam entendido o que fazer em seguida, mas que o plano evaporou-se algumas horas depois, quando eles sentaram-se para trabalhar. Antes de despedir-se do orientador, portanto. tenha um plano por escrito, com todas as maneiras específicas para melhorar seu relatório. Se o orientador não recomendar ações específicas, pergunte. Você precisa ter un plano que entenda e consiga seguir.

Capítulo 13 Revisando sua organização e argumentação

259

A CHAVE PARA REVISAR SEU RELATÓRIO é avaliar como ele se mostra, não a você, mas a seu leitor.

13.1 Pensando como leitor

259

Em primeiro lugar, os leitores não lêem frase por frase, acumulando informações à medida que vão lendo, como se estivessem recolhendo contas caídas de um fio. Eles precisam de uma percepção de estrutura e, mais importante, uma idéia motivo pelo qual devem ler seu relatório.

259

Uma vez que os leitores lêem cada frase levando em conta como cada uma contribui para o todo, faz sentido diagnostica r os elementos maiores primeiro. depois avaliar a clareza de suas frases c só por último tratar de assuntos como correção. ortografia e pontuação.

260

Em segundo lugar, independentemente do modo como revisa, você enfrentará um problema comum a todos os autores: não pode saborear seu próprio texto como seus leitores o fariam, porque o conhece demais. Quando chega a uma passagem na qual os leitores poderiam tropeçar, você passa direto por ela, porque não a está lendo de verdade, está apenas se lembrando daquilo em que pensava quando a escreveu.

13.2 Analisando e revisando sua organização

261

I - Identifique a estrutura externa de seu relatório: a introdução, a conclusão e uma frase em cada uma delas que estabeleça sua afirmação principal, a solução para o seu problema. Chamaremos a essas de suas proposições principais.

2 - Identifique as mais importantes seções do texto de seu relatório, suas introduções e as sentenças que iniciam as proposições de cada uma dessas seções.

3 - Identifique, na introdução do relatório inteiro, seus conceitos temáticos centrais, e então acompanhe-os pelo resto do relatório. Em seguida faça o mesmo para cada seção.

4 - Retorne ao começo para ter uma visão global do relatório.

Ele vai trazer mais detalhes sobre isso no texto, mas não sei se ajuda no fichamento.

13.3 Revisando seu argumento

268

Tendo determinado que sua organização é pelo menos plausível, a próxima pergunta que você deve fazer é se essa organização expressa um argumento ou se não passa de uma colcha de retalhos de citações e dados.

13.3.1 Identifique seu argumento

269

  1. Volte àquele esboço de proposições principais e subproposições que você reuniu quando estava diagnosticando e revisando sua organização.
  2. Determine se essas proposições são também as afirmações principais, sustentadas pelo resto das seções particulares
  3. Em cada seção, identifique tudo o que possa ser considerado como evidência primária - resumos, paráfrases, citações, fatos, figuras, gráficos, tabelas - , tudo o que você citar de uma fonte primária ou secundária
  4. Agora, ignorando tudo isso, corra os olhos pelo que sobrou. Você está procurando pela expressão de sua análise, sua avaliação e seu julgamento.

13.3.2 Avalie a qualidade de seu argumento

269

Agora você deve fazer algumas perguntas mais difíceis. Considerando que seus leitores possam ao menos acompanhar a organização de seu argumento, o que poderia fazê-los rejeitá-lo?

270

I - Sua evidência é confiável e está nitidamente ligada a suas afirmações?

2 - Você qualificou adequadamente sua argumentação?

3. Seu texto parece menos uma disputa entre intelectos competidores do que um diálogo com alguém interessado no que você tem a dizer, mas com idéias próprias?

4. A pergunta mais difícil: Que fundamentos você deixou de expressar?

13.4 O último passo

271

Dê seu relatório para outra pessoa ler, dessa mesma maneira rápida, c peça-lhe para encontrar a essência. Se esse leitor conseguir lê-lo rapidamente, sem dificuldade, e informar sua essência com precisão, você provavelmente tem um relatório bem organizado.

Capítulo 14 Revisando o estilo: contando sua história com clareza

276

BONS RELATÓR IOS DE PESQUISA CONTAM UMA HISTÓRIA que sustenta uma proposição que resolve um problema de pesquisa. Um passo importante nesse sentido é ter certeza de que seus leitores entendem a forma de seu relatório de modo que possam acompanhar sua argumentação. Mas, para acompanhar sua argumentação, eles têm de entender as frases que a comunicam. O problema em prever como os leitores julgarão seu estilo, entretanto, é que você não pode fazer isso simplesmente lendo o que escreveu.

278

Trataremos aqui dos problemas de estilo mais complexos, "acadêmicos" demais, o tipo de redação que tipicamente aflige não só os que acabaram de entrar na pesquisa séria, mas também os pesquisadores mais experientes.

278

Assim, o que acontece é que aqueles que estão iniciando um trabalho avançado são atingidos por uma dupla dificuldade. Seu estilo se prejudica, porque eles não entendem completamente o que estão lendo, e o estilo do que estão lendo é em parte responsável por esse prejuízo, mas mesmo assim eles o imitam.

14.2 Primeiro princípio: histórias e gramática

Aqui ele vai explicar coisas da língua portuguesa: sujeito, predicado, entre outros. Não achei relevante para o fichamento.

14.4 Escolhendo entre as vozes ativa e passiva

291

A esta altura, alguns de vocês talvez se recordem do conselho que um dia receberam para evitar verbos na voz passiva. Esse conselho não é só enganoso. Nas ciências, é um horror.

292

Nas aulas de redação, é comum os alunos ouvirem que sempre devem usar verbos na voz ativa, mas nas ciências, engenharia e algumas ciências sociais, ouvem o oposto - usar a voz passiva.

293

Mas a voz passiva em si não é mais objetiva que a ativa; implica meramente que a ação pode ser executada por outras pessoas anônimas que, se quiserem, poderão reproduzir os procedimentos do pesquisador.

293

O passivo é adequado quando os autores se referem a ações que eles executaram no laboratório e que encorajam os outros a reproduzir: medir, registrar, combinar e assim por diante. Mas, quando os autores se referem a ações que apenas eles estão autorizados a praticar - ações retóricas tais como sugerir, provar, afirmar, discutir, demonstrar e assim por diante - então são eles os personagens principais e portanto devem ser os sujeitos de verbos na voz ativa.

14.5 Um último princípio: o mais complexo por último

14.5.1 Introduzindo termos técnicos

294

Quando introduzir um termo técnico com o qual seus leitores possam estar pouco familiarizados. construa a frase de forma que seu termo técnico apareça entre as últimas palavras

14.5.2 introduzindo informação complexa

294

Quando expressar um conjunto complexo de idé as que voce precisa expor em uma frase ou oração longa, localize a parte complexa no fim da frase, nunca no princípio.

14.5.3 Introduzindo uma sequência

295

Ao introduzir um parágrafo, ou mesmo uma seção inteira, construa a primeira sentença de forma que os termos chave do parágrafo sejam as últimas palavras da sentença.

296

Portanto, tendo conferido as primeiras seis ou sete palavras de cada frase, confira também as últimas cinco ou seis. Se essas palavras não são as mais importantes, complexas, das, corrija o texto, de forma que passem a ser. Preste bastante atenção ao final das frases que introduzem parágrafos ou seções.

14.6 Polimento final

296

Depois de ter feito uma revisão do estilo, estrutura e argumentação, você ainda precisa corrigir os erros gramaticais, a ortografia, a pontuação e a forma das citações. Apesar de importantes, esses assuntos não se encaixam no escopo deste livro.

Capítulo 15 Introduções

299

A sugestão padrão de deixar para redigir a introdução no final não e um mau conselho, porque você normalmente precisa de um texto antes de saber o que vai introduzir.

299

Outra banalidade: Comece "prendendo" a atenção dos leitores com algo instigante e então diga-lhes o que tem a dizer.

15.1 Os três elementos de uma introdução

299

Os leitores nunca começam a ler com a mente cm branco, prontos para valorizar de saída cada palavra, frase e parágrafo como eles aparecem. Lêem com expectativas; algumas trazem consigo, outras você precisa criar.

299

Logo nas primeiras frases, você precisa convencer os leitores de que descobriu um problema de pesquisa que merece a consideração deles e que você pode até mesmo ter encontrado a solução. A introdução nunca deve deixá-los imaginando: Por que estou lendo isto?

300

Essa estrutura comum inclui pelo menos estes dois elementos, nesta ordem previsível:

  • a declaração do problema de pesquisa, que inclui algo que não conhecemos ou que não entendemos completamente e as conseqüências que experimentamos se deixarmos sem solução essa lacuna no conhecimento ou na compreensão;
  • a declaração da resposta ao problema, seja como a essência de sua solução, seja na forma de uma frase ou duas que prometam que a solução será apresentada

301

E, dependendo do grau de familiaridade que os leitores tenham com o problema, eles também poderão esperar, antes desses dois elementos, encontrar um terceiro:

  • um esboço de um contexto de compreensão que o problema desafia.

301

Assim, a estrutura de uma introdução tipicamente explícita segue o seguinte esquema:

Contexto -> Problema -> Resposta

15.2 Declare o problema

302

Em contraste a declaração completa de um problema de pesquisa tem partes:

  • A primeira parte expressa lima condição dc conhecimento incompleto ou compreensão falha .
  • A segunda expressa as conseqüências dessa falta de conhecimento o u compreensão, assim como o custo que isso acarreta ou os beneficios trazidos pela solução.

303

Você terá um problema de pesquisa se e somente se você e seus leitores concordarem que as duas partes, você e eles, não sabem ou não entendem algo, mas que deveriam saber ou entender.

303

No entanto, essa condição de ignorância ou má compreensão s6 cria um problema de pesquisa pleno quando você também pode convencer seus leitores de que sua condição tem conseqüências, seja na forma de custos, que nem você nem seus leitores querem tolerar, o u de benefícios, se você puder soluciona-lo.

15.2.1 Quando definir as condições explicitamente?

304

Mais frequentemente, no entanto, seus leitores não saberão da falha em seu conhecimento ou da falta de compreensão para a qual sua pesquisa está voltada, a menos que você lhes diga. Poucos pesquisadores tentam resolver problemas tão importantes que todo o mundo na área esteja esperando pela resposta. É mais provável você abordar um problema que tenha encontrado ou até mesmo inventado. Nesse caso, precisa convencer seus leitores de que o problema que está levantando vale o tempo que lhe dedicarão. Para isso, você deve ser explicito quanto às condições que o ocasionaram: a ignorância sobre o assunto, erros, confusão, contradições, mal-entendidos ou uma discrepância que, a seu ver, os leitores conhecem.

15.2.2 Quando declarar os custos e beneficios?

305

Se você quer mais do que a satisfação particular dada pela pesquisa, precisa pensar em compartilhar seu problema de uma forma que interesse aos outros em sua comunidade. Para isso. você precisa convencer seus leitores de que o conhecimento incompleto ou a compreensão falha do que descobriu é importante porque a falta de solução representará custos, e a solução trará benefícios.

15.2.3 Testando as condições e os custos

307

Mas antes que os outros possam apreciar sua pesquisa, você precisa "vender-lhes" sua importância. Caso contrário, por que eles deveriam perder tempo com ela? Se você está redigindo um trabalho escolar, seu professor será obrigado a lê-lo, mas ninguém mais. Quando você visa os integrantes de uma comunidade de pesquisa, precisa convencê-los de que seu problema é - ou deveria ser - um problema deles também, que eles encontrarão em sua solução não só algo que lhes interesse, mas que também os beneficiará, bastando para isso que saibam o que você descobriu.

308

Se você está trabalhando em seu primeiro projeto de pesquisa, nenhum professor razoável esperara que enuncie seu problema em tal nível de detalhes, porque você provavelmente não sabe ainda o que os outros pesquisadores consideram importante. Mas, se puder declarar explicitamente sua própria falta de conhecimento ou compreensão, de maneira a mostrar que você está disposto a superar isso, estará dando o maior passo no sentido da pesquisa significativa. Dará um passo maior ainda se puder explicar por que é importante sanar essa falta de compreensão, se puder demonstrar que, quando se entende melhor uma coisa, entende-se melhor outra, muito mais importante, mesmo que isso sirva só para você.

15.3 Criando uma base comum de compreensão compartilhada

308

Antes de enunciar o que quer que seja, porém, você deve. antes de tudo, começar com um contexto que localize seu problema em um pano de fundo relevante.

309

Não redija uma introdução que só seu professor possa entender. Imagine que esteja escrevendo para outra pessoa que fez o mesmo curso, mas não sabe o que aconteceu em sua aula.

15.4 Desestabilize a base comum, enuncia ndo seu problema

310

Por incrível que pareça, as introduções aos artigos de pesquisa adotam a mesma estratégia. Muitos começam com o contexto estável de uma base comum - alguns relatos de pesquisas aparentemente sem problemas. uma crença não contestada, uma declaração do consenso da comunidade sobre um tópico conhecido. Então, os autores rompem esse contexto estável com o problema: Leitor, você acha que sabe algo, mas o que sabe é falso ou incompleto.

310

Por mais perturbador que o problema pareça, podemos aumentar sua força retórica localizando-o num contexto não problemático de pesquisas já existentes, não só para orientar os leitores para o tópico, mas especificamente para criar um contexto aparentemente estável  que possamos romper.

312

Ao exigir de si mesmo a e laboração de uma enunciação completa de seu problema, você precisa descobrir o que seu público sabe, o que não sabe c, em particular, o que deve saber. Não se trata de um trabalho de "preencher espaços em branco"

15.5 Apresente sua solução

313

Até aqui, criamos este modelo de introdução em duas etapas:

  1. CONTEXTO ESTÁ VEL, na forma de base comum (opcional);
  2. RUPTURA, na forma de um problema, que consiste de:

- uma condição de ignorância, erro, etc.

- as conseqüências da ignorância (na forma do custo por deixar essa condição não resolvida, ou o custo trazido por sua solução).

313

Quando você rompe o contexto estável de seus leitores. deve, é claro, solucioná-lo seja declarando a essência da solução explicitamente, seja prometendo implicitamente que oferecerá uma solução no final.

15.5.1 Apresente a essência da solução

313

Ao anunciar sua proposição principal na introdução, você cria um relatório do tipo "proposição em primeiro lugar" (embora essa proposição apareça como a última frase da introdução).

15.5.2 Prometa uma solução

314

Opcionalmente, você pode esquivar-se de declarar sua proposição principal, dizendo apenas a direção que seu relatório deverá tomar, implicando assim que apresentará solução na conclusao.

314

Essa introdução lança os leitores no texto do relatório não através de sua da essência da solução, mas com uma frase que antecipa uma solução por vir.

314

Se você tem um motivo para pôr sua proposição no final de seu relatório, certifique-se de que a proposição de lançamento vai além de simplesmente introduzir seu tópico. Ela deve sugerir os esboços conceituais da solução e anunciar um plano (ou ambos).

15.5.3 Problemas especiais com relatórios do tipo proposição no final

315

As introduções que usam proposições de lançamento são mais comuns nas ciências humanas, mas os pesquisadores iniciantes usá-Ias com cautela.

315

Em primeiro lugar, você poderá perder seus leitores se não deixar claro aonde pretende chegar, e se eles atrapalharem-se com sua argumentação.

315

Se você redige uma introdução que promete uma solução para um problema, e ainda não sabe qual é essa solução (muito menos conhece todo o problema), você não está redigindo um relatório, mas ainda analisando seu projeto.

315

Se você precisar colocar sua proposição em uma seção chamada "Conclusão", redija essa conclusão como se fosse uma segunda introdução, mais compacta do que a primeira, sem a apresentação da literatura, mas esboçando o problema de novo e. então, enunciando a solução.

15.6 Rápido ou devagar?

316

Você a inda tem uma escolha a fazer. Terá de decidir se apresentará seu problema depressa ou devagar. Isso vai depender de quanto seus leitores sabem.

317

Começando rápido, você está se dirigindo a um público do seu nível; devagar pensará nos leitores que sabem menos do que você. Se seus leitores entendem do assunto, e você começa muito lentamente, pode parecer que você sabe muito pouco. Se for muito depressa, dará a impressão de que não está levando em consideração as necessidades deles.

Da vontade de chorar.

15.7 A introdução como um todo

317

O que apresentamos aqui poderá sobrecarregá-lo com escolhas demais, mas lembre-se: todas essas escolhas seguem o que é na verdade uma simples "gramática". Uma introdução consiste de apenas três pontos de vista:

Base comum + ruptura + resolução

317

  • A base comum é opcional.
  • A ruptura normalmente contém tanto custo quanto condição, mas, se seus leitores estão familiarizados com seu problema. pode conter apenas um deles.
  • A resolução deve declarar uma proposição principal ou uma proposição de lançamento, de preferência a primeira.

317

[pic 5][pic 6]

Sugestões úteis: As primeiras e as últimas palavras

319

  • Não comece com um verbete de dicionário: O Webster define é tica como ... Se a palavra é importante o bastante para ser definida em um relatório, é complexa demais para uma definição de dicionário.
  • Não comece com imponência: Os mais profundos filósofos têm se debatido durante séculos com a importante questão do ... Se seu assunto é importante, deixe-o falar por si mesmo.
  • Evite: Este relatório estudará ... Vou comparar... Alguns relatórios publicados começam dessa maneira, mas a maioria dos leitores a considera banal.
  • Lembre-se de não reproduzir a linguagem das fontes que está pesquisando. Se encontrar dificuldade para começar, dê-se um empurrão com uma paráfrase, mas quando revisar elimine-a.

319

Eis aqui três opções para a sua primeira ou segunda frases.

  • Comece com um fato notável ou citação
  • Comece com um caso pertinente
  • Comece com uma declaração geral

Ele dá exemplos.

Suas últimas e poucas palavras

320

  • Conclua com sua proposição principal
  • Conclua com um significado ou aplicação novos
  • Conclua sugerindo novas pesquisas
  • Conclua com uma coda

Ele dá exemplos.

324

Finalmente, você pode terminar com o que poderíamos chamar de uma "coda", um gesto retórico que não acrescenta nada de substancial a sua argumentação, mas lhe dá um fechamento gracioso. Uma coda pode ser uma citação inteligente, o relato de um caso, ou simplesmente uma surpreendente figura de retórica, a lgo que se relacione com sua citação ou seu caso de abertura, ou até mesmo os repita - um último diálogo entre a introdução e a conclusão. Assim como você começou o texto com uma espécie de prelúdio, também pode conclui-lo com uma cada. Em resumo, pode estruturar sua conclusão como um reflexo da introdução:

324

[pic 7]

QUINTA PARTE - Considerações finais: Pesquisa e ética

325

Mais do que a maioria das atividades sociais, a pesquisa nos desafia a definir nossos princípios éticos e, então, fazer escolhas que os violam ou os respeitam.

Eles vão falar várias coisas sobre princípios éticos, mas já foi abordado antes

Pós-escrito aos professores

Esse final é só a título de curiosidade mesmo

327

ESCREVEMOS ESTE LIVRO para aqueles que acreditam - ou pensarão na possibilidade de acreditar - em duas proposições sobre aprendizado e realização de pesquisas:

  • Alunos aprendem a fazer boas pesquisas e a relatá-las claramente quando têm uma boa visão de seus leitores e das comunidades maiores, cujos valores e práticas definem a pesquisa competente e sua divulgação.
  • Aprendem a controlar uma parte importante desse com· plexo processo mental e social, quando compreendem como algumas características formais básicas de seus textos influenciam o modo como os leitores os lerão.

Ler, pesquisar e escrever: um processo de sustentação mútua

329

Essas duas proposições, acreditamos, estão intimamente relacionadas. As características formais que orientam os leitores também podem orientar os alunos durante o processo de redação, ajudando-os a ver como seu texto é capaz de dar aos leitores o que eles querem e precisam quando se empenham em entendê-lo, concordando com uma proposição, erguendo uma objeção a outra, fazendo perguntas, na maior parte do tempo tentando descobrir qual a importância do relatório para eles.

Os riscos c as limitações do formalismo

331

Só os professores possuem meios de designar tarefas que criem situações cuja dinâmica social traga um propósito à pesquisa, com elementos básicos que os estudantes possam identificar e entender.

Chega a ser engraçado pq os professores nem uma aula deram.

A designação de tarefas: abrindo espaço para a curiosidade

As boas tarefas pedem outros resultados, além de um trabalho para ser avaliado.

331

As melhores tarefas pedem que os alunos escrevam para quem de fato precisa saber ou entender algo melhor. Esses leitores poderiam ser uma sólida comunidade de pesquisadores ou uma comunidade de interesse criada transitoriamente pelo problema.

332

Boas também são as tarefas que simulam tais situações, nas quais os alunos supõem que seus colegas, ou um cliente, e até mesmo outros pesquisadores têm um problema que pode ser solucionado pelo trabalho de um pesquisador estudante.

Boas tarefas estipulam um público conhecido

332

Alunos têm dificuldade em imaginar os interesses de leitores que não conhecem e cuja situação nunca experimentaram.

Boas tarefas criam situações ricas em informações contextuais.

332

Quando os alunos escrevem para solucionar problemas de leitores que conhecem, aos quais têm acesso, a tarefa cria uma situação com toda a riqueza da realidade. Os estudantes poderão investigar, interrogar e analisar a situação por tanto tempo quanto sua ingenuidade permitir.

As boas tarefas pedem leitores provisórios.

333

Poucos pesquisadores profissionais consideram o relatório terminado antes de solicitar e avaliar a reação de outras pessoas, algo de que os estudantes precisam ainda mais. Neste livro encorajamos os alunos a solicitarem reações de colegas, amigos, pessoas da família e até mesmo de seus Conseguir reações fica mais fácil se a própria tarefa sugere oportunidades.

5 - Como em qualquer projeto real, as boas tarefas dão tempo aos alunos e marcam prazos.

Reconhecendo e tolerando o inevitável

334

Alunos necessitam ainda de outra espécie de apoio, representado pelo reconhecimento honesto do que se pode, dentro do razoável, esperar deles e pela tolerância a certos tipos de comportamento, completamente previsíveis, que fazem os mais experientes professores estremecer.

335

Finalmente, é importante entender que cada aluno tem uma postura diferente em relação às técnicas de pesquisa que ensinamos.

Ensaio bibliográfico: Nossas fontes e algumas sugestões

Ao fim eles vão citar alguns autores que utilizaram, talvez possam ser úteis dependendo da pesquisa.

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