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A BRINQUEDOTECA E O PAPEL DO DISCENTE NESSE ESPAÇO NÃO FORMAL DE EDUCAÇÃO: LUGAR DE BRINCAR, APRENDER E CRIAR

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Por:   •  27/1/2014  •  2.444 Palavras (10 Páginas)  •  790 Visualizações

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A BRINQUEDOTECA E O PAPEL DO DISCENTE NESSE ESPAÇO NÃO FORMAL DE EDUCAÇÃO: LUGAR DE BRINCAR, APRENDER E CRIAR

Claudete Amorim da Silva

Tatyanne Gomes Marques

Resumo

Este trabalho apresenta a importância do brincar no desenvolvimento da criança, e como esses espaços não formais de educação são importantes para o discente do curso de pedagogia. Passar pela experiência excepcionalmente na área da brinquedoteca que é um espaço que tem por objetivo estimular o brincar e compreender o papel dos jogos e brincadeiras, bem como desenvolver práticas de pesquisa e extensão universitárias. Este projeto voluntário foi desenvolvido no primeiro semestre de 2013 na sala da brinquedoteca, situada na Escola Municipal Rômulo Almeida, localizada no bairro São Francisco em Guanambi – BA. Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados caderno de anotações, câmera fotográfica e a observação participante. Utilizamos como referencias os seguintes autores: Macarine e Vieira (2006), Benedet e Zanella (2011), Tardif e Pimenta (2002), autores estes que abordam a temática em discussão em seus escritos. Dessa forma, no decorrer do texto, será possível compreender que a proposta da brinquedoteca é que, além de servir como laboratório de práticas para os estudantes de graduação do campus XII da UNEB, possa promover o brincar e a interação entre as crianças, de modo que possamos compreender como se dá o processo de desenvolvimento das crianças enquanto brincam.

Palavras- chave: Criança. Brincadeira. Brinquedoteca. ExtensãoUniversitária.

Apresentação

O presente escrito tem por objetivo relatar o processo de monitoria de extensão realizada na Escola Municipal Rômulo Almeida, apresentar as atividades desenvolvidas com as crianças atendidas pelo projeto- crianças que cursam a Educação infantil (4º e 5° períodos) e o primeiro seguimento do Ensino Fundamental, especificamente, do 1° ao 3° ano. Além disso, objetiva expor os resultados alcançados durante o período de monitoria com vistas a compreender quais as contribuições que as brincadeiras trazem para o desenvolvimento das crianças e a importância de vivenciar a prática por meio da monitoria de extensão.

Desse modo, este escrito se compõe de um breve apanhado onde será abordada a importância, contribuição e representação da brincadeira no processo de desenvolvimento infantil e também tratará da importância da prática de monitoria de extensão para o acadêmico em formação. Nesse espaço, trataremos da importância de um lugar pensado e planejado para proporcionar e acompanhar o momento das brincadeiras, neste caso, a Brinquedoteca, e também da necessidade e importância de um profissional que acompanhe essas atividades, o “brinquedista” (NEGRINE 1997).

Logo após, será apresentado o percurso metodológico adotado para o desenvolvimento das atividades na Brinquedoteca. Nesse ponto,será feita uma apresentação do local e dos sujeitos envolvidos no projeto.

Por fim, serão expostos os achados observados e analisados no local do projeto.

Dessa forma, no decorrer do texto, será possível compreender que a proposta da brinquedoteca é que, além de servir como laboratório para os estudantes de graduação do campus XII da UNEB, possa promover o brincar e a interação entre as crianças, de modo que compreendamos como as crianças se desenvolvem enquanto brincam.

Introdução

Partindo da demanda comunitária e do reconhecimento da relevância que o brincar tem para a criança em seu desenvolvimento físico, cognitivo, social e afetivo com o objetivo de estruturação de um espaço que possa estimular o brincar e desenvolver práticas de pesquisa e extensão universitárias é que surge o projeto Brinquedoteca, um espaço pensado e planejado para proporcionar e acompanhar o momento das brincadeiras. Para Macarine e Vieira (2006)

[...] a brincadeira possui um lugar fundamental no desenvolvimento infantil. A importância da brincadeira pode estar relacionada com a possibilidade de fornecer à criança um ambiente planejado e enriquecido que propicie a aprendizagem de várias atividades (p. 50).

Assim, ao pensar em um ambiente planejado que valorize a importância da brincadeira e que leve em consideração a necessidade do brincar para o desenvolvimento da criança e também considere o próprio prazer desta atividade para a criança, justificam a razão de uma brinquedoteca em uma instituição escolar. Podemos perceber isso na colocação de Benedet e Zanella (2011) quando apontam que, por não haver as amarras características da sala de aula, a brinquedoteca dá liberdade para que a criança crie e recrie, ressignifique e produza outros sentidos para o que vive. Em consonância com estas colocações, temos o parecer de Macarine e Vieira (2006) que afirmam que “as crianças possuem diversas razões para brincar, sendo uma delas o próprio prazer que podem usufruir enquanto brincam” (p.49).

Por ser um ato inerente à vida do indivíduo e constituir-se como atividade primordial na infância, a importância do brincar vem sendo discutida por muitos estudiosos da área (KISHIMOTO, 1997, 1988; MACARINI e VIEIRA, 2006; BETTELHEIM, 1998). Estes defendem que as brincadeiras contribuem na formação de conceitos e valores apreendidos ao longo do tempo pela criança a partir da interação com o outro. Enquanto brincam, as crianças compreendem o mundo em que vivem, criam, experimentam e aprendem a lidar com as frustrações e outros sentimentos que se deparam. Assim, a brincadeira se destaca para o desenvolvimento da criança em seus aspectos físico, cognitivo, social e afetivo e constitui-se como ferramenta de observação e investigação para compreensão e estudo sobre o benefício desse evento para o desenvolvimento infantil.

Na busca dessa compreensão, a monitoria de extensão entra como aporte para vivenciar práticas já estudadas e discutidas na teoria.

Ao se entender a necessidade da prática para qualquer profissional em formação, participar de experiências extensionistas se constitui como um leque de informações necessárias à prática profissional, pois permite ao monitor de extensão utilizar o projeto ao qual está inserido como meio de estágio e pesquisa para seu exercício.

Desse modo, atuar em projetos de extensão possibilita ao estudante um diálogo entre profissionais em ação, futuro profissional e público atendido pelo projeto e, mesmo que seja transitório, é um exercício de participação, de

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