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A DISORTOGRAFIA E A AÇÃO DA NEUROPSICOPEDAGOGIA

Por:   •  25/3/2016  •  Artigo  •  3.448 Palavras (14 Páginas)  •  1.385 Visualizações

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A DISORTOGRAFIA E A AÇÃO DA NEUROPSICOPEDAGOGIA

Andresa Neres do N. de Camargo[1]

Resumo: Este artigo tem em vista discutir a contribuição da neuropsicopedagogia na disortografia, sintetizando e discutindo conceitos do mesmo através de autores no qual auxiliaram na produção desta pesquisa. Atualmente os vários transtornos de aprendizagem (dificuldades de aprendizagem) incluem uma incapacidade especifica de escrita, leitura ou matemática, o qual possui um nível escolar e intelectual abaixo do esperado. Contudo o trabalho procura da melhor forma mostrar a Disortografia, como funciona, quais suas características e suas causas e por fim mostrar qual a intervenção realizada pelo neuropsicopedagogo para este transtorno de escrita

Palavras-Chave: Dificuldades de Aprendizagem. Disortografia. Escrita, neuropsicopedagogo.

1. INTRODUÇÃO

Nascemos, crescemos e somos educados em sociedade, este é o esquema da população mundialmente falando. Nestes grupos aprende-se o que os mais velhos já aprenderam anteriormente e assim vai passando de geração a geração tudo o que é detido como certo. Quando uma criança nasce em um determinado lar, esta aprende a falar como os integrantes deste grupo familiar através de interações das pessoas mais próximas a ela. Conforme ela vai crescendo, passa a interagir com outras crianças da mesma idade e até mais velhas, até que com determinada idade, que pra nossa sociedade é de seis anos, vai à escola. Ao chegar a um lugar desconhecido e totalmente novo, a criança se depara com novos desafios e um desses desafios nada mais é que transformar em sinais gráficos o som que ela produz.

No entanto, apesar de ter domínio na oralidade, a criança não tem noção de quais aspectos fonológicos relacionados com a linguagem oral são necessários para ler e escrever. Assim, quando entra em contato com a escrita, ela se depara com um novo sistema, em que precisa utilizar novas regras e voltar sua atenção para elementos até então imperceptíveis. (FERNÁNDEZ, et al. 2010, p. 01)

Neste momento, a criança não apenas terá que se preocupar com os sons produzidos, mas terá que fazer uma junção de fonemas, morfologia e sintaxe para então começar a produzir as primeiras palavras. O nosso sistema linguístico, a Língua Portuguesa, não é puramente fonológico, isto é, um grafema para representar cada som. Na prática há mais fonemas do que morfemas, que são as menores unidades representantes gráficos do fonema. Isto acontece devido nosso sistema gráfico ter vindo do alfabeto latino e sofrido muitas influências de outras línguas. Assim nosso sistema sofreu muitas alterações. Porém, Mérida e Fernandez et al. (2010, p.01) afirma que “A capacidade metalinguística, em seu nível fonológico, faz com que a criança reflita sobre o sistema sonoro da língua, tendo consciência de frases, palavras, sílabas e fonemas como unidades menores”.

Uma vez entendida pela criança iniciante em seus estudos escolares a relação fonema-morfema, esta poderá fazer uso mais eficaz da informação obtida pela decodificação letra-som, pois na maioria, as crianças apresentam tal dificuldade devido a nossa língua não ser totalmente fonéticas. “Esse acometimento geralmente está relacionado com a dificuldade no mecanismo de conversão letra-som, ocasionando os chamados erros de natureza fonológica e ortográfica, características da disortografia.” (FERNÁNDEZ, et al. 2010, p. 02)

Ainda para Fernández et al, (2010, p. 03) “A disortografia é a escrita incorreta, com erros e substituições de grafemas, alteração atribuída às dificuldades no mecanismo de conversão letra-som que interferem nas funções auditivas superiores e nas habilidades linguístico-perceptivas.”

A disortografia faz parte do quadro de dislexia do desenvolvimento. Crianças que apresentem tal dislexia possuem o sistema fonológico deficiente ocasionando dificuldades na decodificação das palavras. Assim, as palavras decodificadas não conseguem ser armazenadas, provocando leitura e escrita lenta, confusões entre sons parecidos, alteração na compressão da leitura resultando na escrita ineficiente.

Por sua vez o estudo da Neurociência vem ganhando cada vez mais espaço e a Neuropsicopedagogia conquistando novos adeptos com sua atuação nas pesquisas interdisciplinar com o foco nos processos de aprendizagem. Com o objetivo de ter todas as informações cientificas em pauta para intervir nos processos de aprendizagem de cada individuo. Para eu haja um processo de ensino-aprendizagem melhor a neuropsicopedagogia, que possui conhecimentos na área de psicologia, neurociência e pedagogia, faz um trabalho para a prevenção, pois é através dela que é feito uma avaliação e assim auxiliando no processo didático-metodológico e um institucional dinâmico.  

Este estudo tem como objetivo analisar a disortografia as suas causas suas características e como é a sua ação na escola. Por meio dos estudos trazer a intervenção neuropsicopedagogica sobre a disortografia com a melhor forma para auxiliar e levar a criança a um aprendizado completo.

2. A DISORTOGRAFIA

Para entender o que é disortografia faz se necessário primeiramente definir as dificuldades de aprendizagem. A expressão ‘dificuldades de aprendizagem’, agrupa todos os problemas de aprendizagem, quer sejam intrínsecos ao indivíduo ou relacionados com fatores externos, por exemplo, uma metodologia de ensino inadequada seria uma das causas da problemática do indivíduo. Descrevem-se apenas como dificuldades de aprendizagem aquelas que possuem definições exclusivas, causas próprias, características específicas, seriam estas: a Dislexia, a Disortografia, a Disgrafia e a Discalculia. (COELHO, 2011)

“O cérebro humano é um sistema complexo, que estabelece relações com o mundo que o rodeia” (CIASCA, 2003). A função específica do cérebro primeiramente é referente às vias que levam, da periferia ao córtex, informações do mundo exterior; a outra diz respeito aos neurônios. As características dos neurônios é determinar áreas motoras, sensoriais, auditivas, ópticas, olfativas, entre outras, estabelecendo noções exatas e ricas no aprendizado, [...] “quando existe uma falha no ato de aprender, esta exige uma modificação dos padrões de aquisição, assimilação e transformação, seja por vias internas ou externas ao indivíduo”. [...] (CIASCA, 2003).

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