A Diversidade Na Escola

O grande desafio da escola atualmente é contribuir para a formação de cidadãos críticos, conscientes, atuantes e tolerantes. Desafio complexo que exige da escola um movimento que ultrapasse todas as “barreiras” do preconceito e da desigualdade.

Nós seres humanos apresentamos diversificadas características físicas e de comportamento que influenciam em nossas ações na sociedade. Portanto, nossa formação como pessoa ocorre através de conhecimentos que adquirimos quando convivemos com outros atores sociais. Desde que nascemos já somos inseridos em um contexto pré – determinado pela identidade cultural do grupo em que fazemos parte. Dessa forma, estamos aptos à aquisição de informações para trilhar nosso caminho durante a vida, tendo em vista que ao longo desta caminhada devemos nos tronar seres humanos mais íntegros, justos e fraternos parra que possamos viver em harmonia com o planeta e com as pessoas que nos rodeiam, respeitando – as e amando – as como a nós mesmos.

Porém, podemos observar que não é bem assim que acontece, pois fazemos parte de um sistema econômico capitalista que estimula a competitividade e o acúlmulo de bens materiais. Logo, somos movidos pelo desejo de sermos sempre melhor do que o outro, o que nos leva à obcecação de que devemos nos posicionar num patamar sempre acima do outro indivíduo. Consequentemente a isso, passamos a defender nossa cultura, crenças, costumes e tradições como “o padrão e ser seguido”, sem reconhecer a importância das demais culturas, vivenciando assim a prática do etnocentrismo.

“O etnocentrismo consiste em julgar a partir de padrões culturais próprios, como ‘certo’ ou ‘errado’, ‘feio’ ou ‘bonito’, ‘normal’ ou ‘anormal’ os comportamentos e as formas de ver o mundo de outros povos, desqualificando suas práticas e até negando sua humanidade.” ( Livro de Conteúdo e Gênero e Diversidade na Escola, 2009, p. 24)

Por isso, a escola precisa estimular as diferenças e dar significados para oportunizar e produzir saberes em diferentes níveis de aprendizagem.

“As diferenças fazem parte de um processo social e cultural e que não são para explicar que homens e mulheres negros e brancos, distingue entre si, é antes entender que ao longo do processo histórico, as diferenças foram produzidas e usadas socialmente como critérios de classificação, seleção, inclusão e exclusão. ( Soares, 2003, p. 161 )

Podemos compreender então, que é fundamental o processo de aprendizagem e compreensão necessária para que possamos ver o “diferente” em suas complexidades de formas de relações humanas e suas afirmações e significações; tendo em vista que a diversidade cultural está presente diariamente no contexto escolar, expressando – se em nossa música, na dança, na culinária, na nossa língua portuguesa e em várias atividades do nosso cotidiano.

Para tanto a escola deve propor a apropriação política do conhecimento e da cultura não perdendo de vista o aspecto fundamental, ou seja, a noção de que o conhecimento não constitui uma série de informações técnicas a serem aprendidas pelos alunos, e sim de construção de saberes.

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Nessa perspectiva, se desenvolve um vasto campo