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A Favor da Etnografia (1995)

Por:   •  22/10/2015  •  Resenha  •  912 Palavras (4 Páginas)  •  2.668 Visualizações

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A Favor da Etnografia (1995)

A autora do livro Mariza Peirano é formada em Ciências Sociais pela FNFI/ IFCS/UFRJ (1969), obteve o mestrado em Antropologia Social na UNB (1975) é doutorada pela Universidade de Harvard (1981). Professora Titular (aposentada) da Universidade de Brasília, atualmente é Professora Visitante do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional/UFRJ e Pesquisadora Sênior do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília.

Além de A Favor da Etnografia, Peirano é também autora dos seguintes livros: Uma Antropologia no Plural. Três Experiências Contemporâneas (1992), Rituais Ontem e Hoje (2003), A Teoria Vivida e Outros Ensaios de Antropologia (2006) e organizadora de O Dito e O Feito. Ensaios de Antropologia dos Rituais.

O tema desenvolvido pela Antropóloga Mariza Peirano em “A Favor da Etnografia” pretende abordar a importante relação entre pesquisa de campo e etnografia para a antropologia. Pois, segundo a autora, a etnografia deixou de ser estudada somente no Brasil e Estados unidos e acabou por se tornar objeto de estudo também em outros países e continentes.

Para explicar sobre a importância do tema Peirano optou abordar a ideologia desenvolvida na obra do Antropólogo Australiano Nicholas Thomas, considerado adepto do período pós moderno, que escreve Contra a Etnografia. Peirano faz provocações às alegações do Antropólogo e utiliza como ferramenta de discussão a realidade brasileira.

A autora afirma que Thomas está preocupado com a maneira com que os antropólogos estão estudando a sociedade e considera que as alternativas oferecidas por Nicolas Thomas se baseiam em um processo de reinvenção da história da antropologia, que além de repetir antigas formulas, revive dicotomias que já deveriam estar ultrapassados.

Entretanto enfatiza que Thomaz não é contra a etnografia como aponta o titulo da publicação do renomado antropólogo, afirmando que ele só não concorda com a forma que a etnografia é aplicada. Pois Thomas desenvolve um pensamento critico a respeito dos problemas metodológicos da disciplina e esta interessado apenas em apontar os problemas que estão ligados ao que pode ser considerado Modelo Canônico.

Modelo Canônico aos olhos de Nicholas parece referir-se às experiências totalizadoras do exótico, e para Peirano (1995), o exotismo é um elemento importante para a construção de um tipo ideal, em relação ao qual se podem medir exemplos empíricos a fim de ser utilizado para esclarecer alguns traços.

E é em Malinowski e Evans Prichrd, que a antropóloga busca referencia para mostrar que Thomaz esta se equivocando em suas alegações. A autora afirma que, Malinowski e Evans-Pritchard já tinham a resposta para a cobrança do Antropólogo.

Explica que Malinowski ao focalizar a co-autoria etnográfica, conserva os termos nativos, não por exotismo, mas para manter fidelidade a uma categoria nativa diferente das categorias ocidentais; reforça a argumentação por Evans-Pritchard, com a antropologia comparativa, em que era um tradutor, utilizando terminologia ocidental, a terminologia se refere a uma disciplina mais formal que estuda sistematicamente a rotulação e a designação de conceitos particulares de assuntos ou campos de atividade humana, ou seja, pretendia tratar de problemas ocidentais, mas para causar um impacto das categorias em seus leitores. O texto etnográfico era, assim, resultado da adequação da ambição universalista da disciplina com dados detectados em determinado contexto etnográfico, combinando a sensibilidade do etnógrafo com o aprendizado adquirido com a formação do pesquisador.

Para Peirano, foi a preocupação com a etnografia que no final da década 80, no contexto “pós-moderno”, a etnografia passou a ser criticada, pelos próprios antropólogos, tendo como motivação central a característica “politicamente incorreta” do que ficou conhecido como “a

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