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A Gestão de Projetos

Por:   •  24/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.499 Palavras (6 Páginas)  •  99 Visualizações

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Matriz de atividade em equipe – tarefa individual*

Módulo: 3 – Áreas de Conhecimento e aspectos estruturais

Atividade: Fórum

Título: Internacionalização do escopo de projetos

Aluno: Bruna Boerin

Disciplina: Gestão de Projetos

Turma: MBA SP 20

Introdução

Atualmente, as empresas vêm passando por diversos processos de expansão e melhorias no que tange aos interesses corporativos e porque não dizer, interesses globais.

Pode-se dizer que, na década de 70, houve uma necessidade de expansão de conhecimentos, ou seja, busca de novos talentos, mão de obra especializada, em outros países que já tivessem em andamento com projetos similares aos desenvolvidos no Brasil.

Geralmente, a aplicação da Gestão de Projetos nos processos de internacionalização de empresas acontece de acordo com a estratégia a ser adotada para alcançar os objetivos. A decisão de internacionaliza-se, por exemplo, pode estar associada às intenções dos patrocinadores do negócio, os chamados stalkeholders, compostos pela alta direção, acionistas e executivos, que devem estar convictos sobre a relevância de ingressar as transações da empresa no mercado internacional. Neste momento, a aplicação da metodologia favorece os processos de Gerenciamento dos Stakeholders, utilizados para identificar os acionistas e garantir suas expectativas e satisfação.

A internacionalização não deve ser confundida em sua essência com globalização. Por isso, há uma definição objetiva e clara: “é um processo crescente e continuado de envolvimento de uma empresa nas operações com outros países fora de sua base de origem." (GOULART; BRASIL; ARRUDA, 1996, p. 21).

O presente trabalho tem como objetivo apresentar os aspectos críticos e os caminhos para lidar, de maneira mais efetiva, com as distâncias e as diferenças existentes entre organizações, regiões e culturas mundiais, e, como essas distâncias e diferenças podem ser superadas por meio da internacionalização do escopo do projeto.

Aspectos críticos e caminhos para lidar, de maneira mais efetiva, com as distâncias e as diferenças existentes entre as organizações

O processo de internacionalização requer estudos do nicho de mercado que se quer atingir.

Obter sucesso incide sobre relações de parceria e visibilidade de mercado. Não é apenas uma troca de interesses, mas sim uma troca de experiências.

As organizações, em sua grande maioria, possuem processos desenhados e, muitas vezes esquecem a cultura interna de cada empresa que se relacionará.

Há empresas que possuem como cultura o desenvolvimento de seus recursos humanos, há outras que prezam por altas tecnologias.

Para se ter um alinhamento estratégico e realizar alianças é necessário algumas ações como:

  • Avaliação preliminar do potencial;
  • Determinação de mercados-alvo;
  • Estruturação de um Departamento Internacional;
  • Avaliação dos tratados comercias entre o país de origem e o país-alvo;
  • Definição da estratégica de internacionalização;
  • Registro de marcas e patentes em organismos de proteção de propriedade intelectual e industrial;
  • Avaliação de incentivos legais;
  • Adequação às normas técnicas internacionais;
  • Desenvolvimento de Recursos Humanos capacitados;
  • Preparação de intermediários (bancos, seguradora, escritório de advocacia, despachante aduaneiro)
  • Desenvolvimento de aspectos de logística internacional;
  • Desenvolvimento de gerenciamento comercial internacional.

Pode-se pensar em alguns exemplos claros como a GE. Essa empresa conseguiu, em meados dos anos 70, enxergar a necessidade de aprendizado e desenvolvimento em seu pool de profissionais. Verificou-se que novas tecnologias, novas metodologias estavam sendo efetivas em outros países.

Assim sendo, buscou, por meio de parcerias, “trazer” o aprendizado para dentro de casa. Isso é um exemplo saudável de respeito às diferenças entre as organizações. Ela lapidou os conhecimentos adquiridos para dentro de casa e viabilizou a implantação de novas estratégias.

A criticidade das diferenças entre as organizações no processo de internacionalização é top down. Os decisores (stakeholders) devem ter em mente que há uma linha muito tênue entre “querer e poder”. Se alguma das pessoas envolvidas não acreditar ou conflitar com as futuras parcerias, toda uma estratégia é enfraquecida ou até mesmo descartada.

Aspectos críticos e caminhos para lidar, de maneira mais efetiva, com as distâncias e as diferenças existentes entre as regiões

O processo de globalização foi um grande facilitador na diminuição das diferenças de regiões entre as empresas, pois proporcionou o alcance, através de tecnologias, entre empresas do mundo inteiro. Porém alguns processos passaram a ser mais burocráticos quando falamos de importação e exportação.

Novamente é necessário citar a Gestão de Projetos implicada no processo de internacionalização.

Por exemplo, aqui no Brasil, empresas que trabalham com produtos específicos de maior venda em determinadas épocas do ano (vendas de biquínis, por exemplo), podem desfrutar de vendas em outras épocas do ano em outros países.

Essa é uma forma de manter a receita linear e enriquecer a marca fora do país de origem.

Contudo há certos impasses no processo de importação e exportação:

- O retorno pode vir no longo prazo: Provavelmente, as primeiras exportações não serão tão rentáveis quanto se imagina. Existirá certo cuidado entre as duas partes (comprador e vendedor) e, também, certa desconfiança natural, podendo resultar em ganhos menores e maiores custos no curto prazo, porém a confiança com as futuras exportações poderá reverter este quadro;

- Necessidade de adaptações no produto: Os produtos que você vai exportar podem necessitar de uma adaptação para o mercado o qual será inserido. As diferenças culturais podem ser gigantescas entre os países, e esta prática de adequação pode gerar custos extras no início do processo.

- Necessidade de uma equipe especializada;

- Entraves logísticos no Brasil: demora excessiva em algumas operações de exportações de alguns produtos, principalmente em épocas de greve dos fiscais.

Aspectos críticos e caminhos para lidar, de maneira mais efetiva, com as distâncias e as diferenças existentes entre as culturas mundiais

Quando se fala em Gestão de Projetos, não se deve focar apenas na entrega final e sim em como todo o processo acontecerá. A eficiência e excelência de um projeto inserido no contexto da internacionalização devem ocorrer estudando os aspectos culturais também.

É importante e relevante considerar o que está inserido na cultura dos países envolvidos nas alianças do negócio.

Segundo Abrantes – “A internacionalização, neste caso dos mercados e das empresas que neles pretendem actuar, significa a actuação em diferentes nações conduzindo movimentos de factores de produção como transferências de capital, desenvolvendo projectos em cooperação com parceiros estrangeiros ou simplesmente comercializando os seus produtos noutros países. A internacionalização, no sentido macro-económico, tem a ver com o conjunto dos fluxos de trocas de matérias-primas, produtos acabados e semi-acabados e serviços, dinheiro, idéias e pessoas, efectuadas entre dois Estados-Nação.

Sabe-se que aplicar a regionalização de conceitos e processos é uma tarefa um tanto quanto desafiadora; uma vez que há fatores burocráticos como a política local, costumes, crenças, ideologias etc.

Há dois exemplos de sucesso que podem ser citados: Unilever e Accenture.

A Unilever é um dos players de mercado em bens de consumo. Ela consegue atingir diversos países. Aqui no Brasil, o produto para lavar as mãos (Dove) é visto como um hidratante também. Isso porque, os brasileiros têm esse costume, essa cultura. Em países onde as condições de higiene e economia são precárias (Oriente Médio), a estratégia utilizada não foi a venda do produto em si, mas uma campanha de conscientização da importância da higienização das mãos. Resultado: a empresa recebeu mais um prêmio referente à Sustentabilidade e Ações Sociais. A marca se consolida cada vez mais em diversos países.

No caso da empresa Accenture, um grande projeto implantado no cliente tem como um de seus escopos, a utilização de uma equipe global. Essa equipe é composta por brasileiros e indianos. Esses últimos possuem uma cultura rígida em termos de processos, em quanto nós, brasileiros, nos adequamos e flexibilizamos diversas situações.

O cliente o qual a empresa Accenture atende é resistente a seguir processos. A estratégia utilizada foi a de colocar como ponto focal a equipe de indianos para realizar o redesenho de processos.

Resultado: o cliente percebeu que, para que tudo aconteça no prazo definido por ele mesmo é necessário ser mais rígido nas entregas e na definição de processos.

Conclusão

Pode-se concluir que, a internacionalização das empresas só é possível mediante uma estratégia bem definida para a Gestão de Projetos.

As empresas devem realizar um estudo sistêmico e eficaz que envolva processos, recursos humanos e tecnológicos e financeiros. Deve existir uma boa gestão dos recursos desenhados para que, as alianças / parcerias sejam efetivas no processo natural de internacionalização.

O respeito pela cultura, normas e políticas entre países deve existir para desenvolvimento de receitas e reconhecimento das marcas.

Através dos exemplos citados, fica claro que a experiência de grandes empresas não se deu do dia para a noite. Houve uma série de projetos (grandes e pequenos) até chegar na excelência da entrega dos mesmos.

Outra conclusão que se pode chegar é que é viável sim uma internacionalização saudável, porém os stakeholders devem ter clareza do objetivo a ser atingido. Esse objetivo, muitas vezes, é de ordem financeira, mas deve se realizar estudos macros para que cultura, distância e diferenças caminhem na mesma sinergia.

Referências bibliográficas

  • Apostila FGV Online, Gestão de Projetos, fornecido pela FGV Online;
  • Material disponibilizado pela FGV – Site Administradores.com. Artigo: A utilidade da gestão de projetos na internacionalização de empresas: Uma abordagem sobre, disponível em: http://www.administradores.com.br;
  • Material disponibilizado pela FGV – PRESSUPOSTOS, o novo contexto e a internacionalização da indústria de energia elétrica no Brasil;
  • https://www.revistaensinosuperior.gr.unicamp.br/international-higher-education/cinco-verdades-a-respeito-da-internacionalizacao. Acesso em 15/03/2015.
  • http://www.atusni.com.br/index.php/artigos/item/147-a-gestao-de-projetos-na-internacionalizacao-de-empresas. Acesso em 17/03/2015.

*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.

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