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A Gestão e Métodos de Design

Por:   •  25/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.104 Palavras (5 Páginas)  •  180 Visualizações

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  1. Introdução  

O presente trabalho busca sintetizar as definições, conceitos e atividades de design sob o ponto de vista de diferentes autores sobre o Design, tomando como principal referência os textos de Beat Schneider e Brigitte Borja de Mozota, buscando encontrar divergências e concordâncias entre eles.

  1. Design:  conceitos e contextos

É necessário salientar, de antemão, que não há um consenso sobre a definição exata de “design”. Para melhor situar os estudantes, em primeiro lugar os autores costumam explicar etimologicamente o termo; porém, mesmo nesse ponto já há divergências. Mozota(2011, p.15) atribui a sua origem primordialmente à palavra “designare”, vinda do latim e significando ao mesmo tempo “designar” e “desenhar” — e em inglês, a palavra “design” também é usada com ambos os sentidos, a depender do contexto; já Schneider(2010, p.195) atribui ao termo italiano “disegno”, que era usado no Renascimento, resumidamente, como o esboço de uma obra a ser realizada(“disegno interno”) ou a obra executada em si(“disegno esterno”).

Apesar disso, ambos os autores convergem ao apontar que a definição de Design envolve tanto “processo” quanto “resultado”, assim como ao citar Victor Papanek, que diz que

Todos os homens são designers. Tudo o que fazemos, quase o tempo todo, é design, pois o design é básico para todas as atividades humanas. O planejamento e execução de qualquer atividade em função de um objetivo desejado e previsível embasam o processo de design.(SCHNEIDER, 2010, p.197)

Os autores discordam também da relação do design com a arte, pois segundo Mozota(2011, p.17) “design” é uma ponte entre a arte e a ciência e que ambos são domínios fundamentalmente complementares sob o ponto de vista dos designers, o que a autora salienta usando o diagrama da árvore do design(ver figura 1.1) de David Walker; por outro lado, Schneider critica essa associação, dizendo inclusive que design-arte é um mito(SCHNEIDER, 2010, p.160) e que a carência de uma “teoria do design” se deve, em grande parte, à visão errônea de design como “uma subcategoria da disciplina arte e não como uma disciplina autônoma”(SCHNEIDER, 2010, p.160).

Figura 1. A árvore do design.

[pic 1]  (Cooper et al., 1995, p. 27 apud  MOZOTA, 2011, p. 22)

Se tratando especificamente de Design Industrial, uma boa definição é a dada pela Industrial Designers Society of America(IDSA) e citada por Mozota: “Design industrial é o serviço profissional de criar e desenvolver conceitos e especificações que aprimoram a função, o valor e a aparência de produtos e sistemas para o benefício mútuo do usuário e do fabricante”, fazendo assim uma ponte entre os mundos industrial e tecnológico e o consumidor.

Os principais conceitos de design definidos por Schneider(2010) que tem relação com o design de produtos são: briefing, que são as instruções que definem o direcionamento do projeto; criatividade, “capacidade instrumental(...) para o desenvolvimento de idéias’(p.201); contexto, que no design significa “analisar o entorno em que o objeto de design surgiu e para o qual está destinado” (p.200); Contextualização, que “significa levar em consideração no projeto, desde o começo, ao lado das funções técnico prático-técnicas, estéticas e simbólicas, também o contexto social e político”(p.201); Protótipo, “uma primeira execução de um produto, produzida para teste e aperfeiçoamento”(p.209); Styling, que nesse contexto significa “reelaboração formal ou reformulação de produtos sob aspectos puramente estéticos e voltados ao mercado”(p.209); Funcionalismo, que pode ser considerado o oposto do conceito anterior, significando “o estilo em arquitetura e design que enfatiza a função prático-técnica como único critério para o projeto”; a Ergonomia, “que hoje é um critério essencial do design industrial” e que  “ocupa-se, como subdivisão das ciências do trabalho, com a adaptação do trabalho ao ser humano”(p.206); a Forma Aerodinâmica, sendo “o resultado das pesquisas sobre correntes de ar para a construção de aviões e de automóveis(...) e foi utilizada a partir da década de 1930, para o styling de diversos produtos”(p.207).

  1. Design e suas áreas de atuação

Conforme Mozota diz(FORTY, 1994 apud MOZOTA, 2011, p.18), “o design como profissão é, na verdade, uma família de profissões que se desenvolveu em torno da concepção de diferentes formas”, sendo as principais:

Design de ambiente(ou ambiental):

Sua função é elaborar os espaços ocupados pela empresa, configurando fábricas, áreas de escritórios, áreas de produção, espaços comuns, espaços comerciais, exposições e stands, assim como vias de tráfego e paisagem.

Design de produto:

Nas palavras de Gert Selle(1973, p.27), citado por Schneider(2011, p. 204),

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