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A HISTÓRIA DE CARLOS GOMES

Por:   •  21/5/2015  •  Dissertação  •  704 Palavras (3 Páginas)  •  161 Visualizações

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A HISTÓRIA DE CARLOS GOMES

Por Mauricio Machado de Oliveira

Foi com Carlos Gomes que a arte brasileira, conseguiu chegar à Europa. Nascido em 11 de julho de 1836, em São Carlos, atual Campinas (SP), o seu apelido era Tonico, como era chamado pelos familiares, era filho de Manoel José Gomes, mestre de música e banda. Com influência do pai, ele aprendeu a tocar diversos instrumentos aos dez anos.

Na adolescência, Carlos Gomes trabalhava em uma alfaiataria, mas em tempo livre, aproveitava para aperfeiçoar os estudos musicais. Já nessa época, apresentava-se com o pai e o irmão mais velho, nos bailes e pequenos concertos da cidade. Devido ao conhecimento a vários instrumentos ele era usado para preencher os lugares caso necessário.

Desde este período, Carlos Gomes já compunha. Em 1859, partiu em turnê com o irmão e o amigo Henrique Luiz Levy. Ao chegar à capital paulista, fez amizade com os estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Em comemoração aos novos companheiros, compôs o Hino Acadêmico e a modinha Quem sabe?, assim tornou-se conhecido entre as repúblicas estudantis.

 Depois disso, mudou-se para o Rio de Janeiro, sem o apoio do pai, com a intensão de  iniciar os estudos no conservatório da cidade.

No Rio, foi apresentado a D. Pedro 2º, que se tornou um grande admirador. a D. Pedro 2º o enviou a Milão para que pudesse melhorar e aprimorar seus conhecimentos em música. Em 1870, Carlos Gomes começou sua brilhante carreira do compositor, ao apresentar, no Teatro Alla Scalla da cidade italiana, a ópera O Guarani , a obra rodou o mundo.

Nesta época ele conheceu a italiana Adelina Conte Peri, aonde se apaixonou. Pianista e professora, ela era colega de conservatório do compositor. Em 1871, casaram-se. Tiveram cinco filhos, mas três morreram prematuramente.
E com a morte de um dos filhos, o compositor entrou em profunda depressão e mudou-se para Gênova.

Após tudo isso, Carlos Gomes endividou-se, e passou por grandes dificuldades financeiras, sofreu várias crises nervosas e viciou-se em ópio. Também dizem que ele mantinha vários casos amorosos, que justificaria a separação com Adelina, em 1885.

Ao longo da vida, Carlos Gomes esteve dividido entre duas pátrias, duas nacionalidades. Ao adotar a Itália como segunda nação, o compositor foi rejeitado pelos brasileiros, que o viam como um aproveitador do dinheiro público, já que tinha como "padrinho" o imperador D. Pedro 2º. Em contrapartida, os italianos o enxergavam como um mercenário, pois acreditavam que ele produzia arte com fins comerciais, O Guarani, inclusive, foi vendido a um editor.

 Um ano antes de morrer, o compositor foi convidado para dirigir o Conservatório do Pará. Mesmo doente, aceitou o convite. Após três meses no cargo, Carlos Gomes morreu em Belém, no dia 16 de setembro de 1896, aos 60 anos.

COMPOSIÇÕES DE CARLOS GOMES

Por Mauricio Machado de Oliveira

OBRAS 

Colombo 
Poema vocal sinfônico em quatro partes, dedicado ao povo americano. Libreto de Albino Falanca. Estréia em 1892 no Rio de Janeiro. 

Condor 
Ópera lírica em três atos, dedicada ao comendador Theodoro Teixeira Gomes. Libreto de Mario Canti. Estreia em Milão, Itália. 

Fosca 
Ópera em 4 atos, dedicada a José Pedro de Sant'Anna Gomes. Libreto de Antônio Ghislanzoni, baseado no romance La Feste delle Marie, de Luis Capranica. Estreia em 1873, em Milão, Itália. 

O Guarani 
Opera-balé em quatro atos. Libreto de Antônio Scalvini, baseado no romance do mesmo título de José de Alencar. Estreia em 1870 em Milão, Itália. 

Joanna de Flandres 
Ópera em quatro atos. Libreto de Salvador de Mendonça, baseado num argumento do próprio libretista e dedicado à S. M. Imperial D. Pedro II. Estreia em 1863 no Rio de Janeiro. 

Maria Tudor 
Ópera em quatro atos. Libreto de Emilio Praga extraído do drama de mesmo título de Victor Hugo. Estreia em 1879 em Milão, Itália. 

A Noite do Castelo 
Ópera em três atos. Libreto de José Fernandes dos Reis, calcado na novela homônima de Antônio Feliciano de Castilho. Estréia em 1861 no Rio de Janeiro. Salvador Rosa 
Ópera em quatro atos, dedicada a André Rebouças. Libreto de Antônio Ghislanzoni extraído do romance Mansaniello de E. de Mericourt. Estreia em 1874 em Gênova, Itália. 

O Escravo 
Ópera em quatro atos. Libreto de Rodolfo Paravicini, baseado num entrecho de Visconde de Taunay. Estreia em 1889 no Rio de Janeiro. 

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