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A Hiperatividade Na Educação Infantil E No Ensino Fundamental

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Por:   •  21/11/2014  •  3.358 Palavras (14 Páginas)  •  433 Visualizações

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RESUMO

O artigo que ora se apresenta busca refletir junto à comunidade escolar, a importância da compreensão das questões concernentes a Hiperatividade, nesse sentido, ao processo de desenvolvimento e da aprendizagem que, estão diretamente relacionadas a comportamentos e condições inerentes a certos indivíduos. A compreensão, a detecção da Hiperatividade, o que implica na reflexão e na tomada de atitudes que corroborem para a solução e/ou a minimização do problema passa ser uma questão de suma importância no fenômeno educativo, haja vista, não se tratar tão somente do processo de ensino e aprendizagem, mas essencialmente do indivíduo enquanto pessoa, enquanto ator de sua própria história. Para tanto, a perspectiva é de conhecer, intervir e incluir esses sujeitos ao processo em questão na sua singularidade, diferença e particularidades. A partir dessa premissa, realizou-se uma pesquisa literária acerca da historicidade ao longo do tempo sobre TDAH, suas causas, sintomas, tratamento e as teorias de aprendizagem que sustentam uma prática educativa comprometida com a singularidade desses educandos, A Hiperatividade na Educação Infantil e nas Séries Iniciais do Ensino Fundamental e algumas Orientações Gerais e Estratégias em Sala de Aula com Alunos TDAH. Para realização deste estudo foi utilizado autores como: Goldstein Sam, Michael Sam, Irineu Dias, Bianca Bibiano e Russel Barkley. Este trabalho é apresentado em três capítulos, em função da relevância destes na compreensão do fenômeno em questão e de suas implicações no processo de ensino-aprendizagem. Espera-se que, ao final desta reflexão, educadores e escola possam compartilhar de uma visão similar quanto à importância de se compreender e buscar práticas educativas que incidam sobre essa questão, e que enfim, o processo de ensino e aprendizagem possa ocorrer pra todos, se não igualmente, mas sempre com a mesma perspectiva.

Palavras-chave: Hiperatividade; Prática Educativa; Educação Infantil e Ensino Fundamental.

1 INTRODUÇÃO

Entende-se como Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDHA) um distúrbio de saúde mental, comum entre crianças e adultos, com predominância sobre o sexo masculino. Ignorado ou confundido com outras patologias ou desvios de comportamentos a Hiperatividade tem como características principais, a dificuldade de atenção, de concentração e a impulsividade.

Sabe-que, as crianças hiperativas, embora com dificuldade, o que não quer dizer incapacidade, exatamente por isso, as práticas metodológicas e a presença de uma equipe interdisciplinar (psicólogos, psicopedagogos, professores de Educação Física, etc.) com vistas para essas especificidades são tão importantes no processo educativo, conseguem realizar as atividades escolares.

Enfatiza-se que, outras questões (afetivas, sociais e culturais) que não tão somente de hiperatividade, também são elementos que contribuem para a ocorrência ou não, do processo de ensino e aprendizagem na sua totalidade, além das questões próprias do fenômeno educativo e das especificidades inerentes a cada indivíduo.

Tal distúrbio ou ainda como é chamado de TDHA, pode comprometer o desenvolvimento de expressão linguística, a memória e as habilidades motoras, com incidência de 3 à 6 %das crianças na faixa etária de 4-5 anos, momento de inserção desses indivíduos no espaço escolar, e que em função do trabalho desenvolvido, das metodologias utilizadas, do profissional que se atenta a certas particularidades, tem sido mais comum a detecção e a constatação de comportamentos atípicos que, podem significar ou não uma TDHA.

Ressalta-se que, tal diagnóstico só pode ser dado mediante a coleta de dados, acompanhamento individual e realização de atividades e/ou testes que venham confirmar ou negar tais suspeitas, visto que, estudos tem comprovado que situações adversas envolvendo outros aspectos da vida humana, podem gerar sim, um comportamento semelhante a de um indivíduo com TDHA, o que exige maior cuidado nas práticas utilizadas e na afirmação de tal diagnóstico.

1 DEFINIÇÃO DE HIPERATIVIDADE

Para uma melhor compreensão no que se refere ao TDHA e a Hiperatividade, faz-se necessário conhecer algumas definições acerca desta temática que, erroneamente tem sido a explicação ou a justificativa para qualquer comportamento que se diga, inadequado por parte de algumas crianças. Para Barkley (2002, p. 35) o TDHA “é um transtorno do desenvolvimento do autocontrole que consiste em problemas, com o período de atenção, com o controle do impulso e com nível de atividade”.

Enfatiza-se que, o Transtorno de Déficit de Atenção não significa que, o indivíduo seja hiperativo. Sabe-se que, os primeiros sinais da Hiperatividade são perceptíveis a partir dos primeiros anos da criança. Pouco notado por seus pais ou negligenciado, o comportamento atípico da criança pode se confundir com a reprodução do comportamento de seus pares ou de situações vivenciadas pela mesma.

Conforme Bibiano (2010, p.80) de 3 a 6% das crianças em idade escolar sofrem com o Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade (TDAH), que a grande maioria conhece somente como hiperatividade. Este distúrbio prejudica a capacidade da criança em responder às demandas solicitadas para sua idade; não é facilmente explicado por causas ambientais ou sociais e relaciona-se a anormalidade no funcionamento ou desenvolvimento cerebral, que podem estar associadas a fatores biológicos.

Conforme estudiosos, sua manifestação persiste durante o desenvolvimento da criança; Ressalta-se que, os sinais, o comportamento atípico se dá em diversas situações, mesmo que sejam situações de lazer e diversão, já que, o TDAH e/ou a Hiperatividade não é um distúrbio que esteja diretamente ligado a situações de pressão ou stress como citado acima.

O TDAH, quando não reconhecido, diagnosticado precocemente e corretamente tratado, causa grave consequências representando o transtorno mais frequente da infância, que acomete aproximadamente 5% das crianças e adolescentes do mundo. É um transtorno que se manifesta na infância, antes dos sete anos de idade (DIAS, 2011, p.14).

Segundo Mauro Muszkat apud Bibiano (2010, p.80) especialista em Neuropsicologia Infantil da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), geralmente a inquietação costuma estar mais relacionada com a dinâmica da escola do que com o transtorno. Se o comportamento da criança estiver associado à bagunça ou desatenção, cabe analisar se a causa não está na metodologia

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