A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO

Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF[pic 1]

Faculdade de Direito

Disciplina: Português X – Profº Amitza Torres Vieira

Acadêmico: Guilherme Pinto Silva de Andrade – Matrícula: 201734027

LEGALIZAÇÃO DO ABORTO

Ao contrário do que muitos pensam, a discussão sobre a legalização do aborto ainda traz muitas controvérsias para a sociedade brasileira. Mas apesar de ainda ser um "tabu", é um tema muito importante de se discutir, que nos leva ter uma enorme reflexão sobre a bárbara condição que as mulheres brasileiras são submetidas em "hospitais clandestinos" de norte a sul do nosso vasto território.

Como a maioria dos abortos são realizados por mulheres jovens, de baixa condição financeira, residentes nas periferias, podemos perceber que o artigo 5° da Constituição Federal ("Todos somos iguais perante a lei"), não é válido para esses casos. Isso porque há uma enorme diferença na qualidade da saúde pública para a saúde privada no Brasil, pois quem não possui capital fica a mercê de clínicas abortivas ilegais, que não possuem nenhum suporte de segurança, correndo inúmeros riscos. Segundo pesquisas feitas pela ONU, cerca de setenta mil mulheres perdem a vida todos os anos por recorrer ao método abortivo, e mesmo quando não entram em óbito, saem com sequelas muitas vezes irreversíveis como infecções, cancro na mama, além de graves problemas psicológicos (síndrome pós-abortiva) que podem acarretar sintomas de depressão, ansiedade, distúrbios alimentares, entre outros inúmeros casos.

Portanto, a permanência da criminalização do aborto é um fato totalmente retrógrado na sociedade, principalmente em relação a mulher, além disso a prática abortiva aumenta exponencialmente todos os anos, acarretando um problema ainda maior para a saúde pública que já se encontra em situação deplorável, assim, deve-se realizar a descriminalização do aborto.

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