A Logística Empresarial No Brasil
Por: Sthefany Rubim e-mail acadêmico • 31/7/2025 • Resenha • 6.101 Palavras (25 Páginas) • 20 Visualizações
LOGÍSTICA EMPRESARIAL NO BRASIL
Palavras-Chaves: logística; empresarial; exército;
INTRODUÇÃO
Este artigo tratará um pouco sobre a logística empresarial no Brasil, focados principalmente nos conceitos, atividades e sua importância. Historicamente a Logística surgiu e foi se aperfeiçoando ao longo do tempo devido as operações militares. Atualmente, a iniciativa privada é referência no assunto. A ideia é analisar como a iniciativa privada trabalha para que possamos comparar, aprender e se possível em até aprimorar a logística praticada no Exército Brasileiro. Inicialmente, vou falar um pouco sobre o papel do sistema logístico e sua evolução.
Somente no início dos anos de 1990, no Brasil as organizações começaram a compreender que o adequado gerenciamento logístico pode apresentar um impacto vital para a obtenção de vantagens competitivas duradouras (Christopher,1997). Apesar de existir diferentes conceitos para a expressão gerenciamento logístico, existe a concordância de que o objetivo da logística é a disponibilidade de produtos na data e local necessários. Com isso pode se perceber que o papel dos sistemas logísticos é tornar produtos e serviços disponíveis, criando assim, as utilidades de espaço (local) e de tempo (momento). Observe a definição de Razzolini Filho (2006, p.30):
A logística pode ser definida como parte do processo de gestão de cadeia de suprimentos que objetiva planejar, implementar e controlar, de maneira eficiente e eficaz, o fluxo bidirecional físico e de informações, bem como o armazenamento de bens e serviços, da origem ao ponto de consumo, sempre tende em mente os objetivos da empresa e dos clientes.
Portanto, para definirmos logística, é necessário compreender que os sistemas logísticos são mais abrangentes e extrapolam os intramuros das organizações. Isto é, inicia no fornecimento de matéria-prima e passa por todas as etapas produtivas dentro da organização, percorrendo os canais de marketing (ou de distribuição) até chegar ao cliente, sendo que, modernamente, continuam até o retorno do produto para o reinício do processo produtivo ou sua destruição final pela organização, a chamada logística reversa (Leite, 2003). Atentar para o fato de que esse ambiente, no qual a logística atua, exige uma profunda integração entre todos os elos da cadeia de suprimentos, com intuito de se obter um adequado nível de serviços a ser oferecido aos clientes da organização.
Ao longo das últimas décadas, com surgimento de novas tecnologias e filosofias de produção, o mercado consumidor tem se apresentado dinâmico, caracterizado por constantes transformações, devido a fatores econômicos e sociais. Por este motivo, as empresas necessitam modificar suas estratégias e planejamento, de forma a adequar- se às novas exigências da sociedade. Com a concorrência cada vez mais globalizada, as empresas estão buscando vantagens competitivas para permanecerem atuantes no mercado. A vantagem competitiva refere-se à alguma característica nos produtos ou serviços de uma empresa que a diferencie de seus concorrentes. Portanto, a estratégia competitiva deve surgir através de uma análise das regras da concorrência, buscando negociar e modificar estas regras em favor a empresa. Atualmente, a logística é uma
das atividades que vem evoluindo e oferecendo grande vantagem competitiva, pois tem como principal objetivo prover o cliente com os níveis de serviços desejados. Sistemas logísticos eficientes e eficazes, buscam diminuir o intervalo entre a produção e a demanda, facilitando a administração e aquisição de materiais, do ponto de origem de um produto até seu destinatário, o consumidor. Assim, a finalidade da logística está em entregar o produto certo, na hora certa, nas condições físicas desejadas ao menor custo possível. Com isso, pode se concluir que o correto gerenciamento dos sistemas logísticos pode determinar, inclusive o sucesso ou fracasso organizacional a respeito do atingimento de seus objetivos globais, e não apenas em relação aos aspectos logísticos. Além disso, a realidade empresarial brasileira nos permite observar que, principalmente nas pequenas e nas médias indústrias, não existe familiaridade com as mais modernas técnicas desenvolvidas pela logística como importante e fundamental instrumento gerencial que permite obter maior competitividade. Diante da constatação dessa realidade empresarial brasileira, é preciso aprender as melhores práticas logísticas modernas como um fator diferenciador e com forte ênfase na competitividade daí resultante.
As empresas estão reconhecendo que logística é um atributo de controle de custos ainda não muito explorado. A administração das empresas em geral, no passado, não se preocupava em gerenciar e controlar as atividades relacionadas com a área da logística. Somente nos últimos anos, na busca pela sobrevivência, frente a um mercado globalizado e concorrido, as empresas passaram a procurar na logística uma crescente dinamização de seus processos. Neste sentido, a logística vem sendo reconhecida como fator relevante na vida econômica e social das empresas e em decorrência das exigências do mercado competitivo, passa a ser uma atividade de caráter estratégico. Pelo exposto, considera se de suma importância o estudo de fatores que possam representar vantagens competitivas às empresas nacionais diante das profundas transformações que ocorrem no ambiente logístico e, sobretudo, no ambiente empresarial globalizado. Segundo pesquisa elaborada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que mostra os dados do triênio 2000 a 2002, depois de 2 anos de vida, 49,4% das empresas fecham a portas. Esta taxa sobe para 55,64% para empresas com até 3 anos de vida e, para 59,9% para empresas com até
4 anos de existência (Sebrae, 2007). Esses dados mostram que essa parcela de empreendedores que sonhavam com o sucesso empresarial saiu dessa “experiência carregando dívidas e cicatrizes na alma” (Breitinger, 1998).
Existe ainda um sério problema cultural do povo brasileiro a ser considerado, que é a famosa “Lei de Gerson”, em que impera a cultura do ganha-perde. Via de regra, todo empresário brasileiro é imediatista e, portanto, somente consegue planejar para um horizonte de curto prazo, querendo resultados imediatos e sem se preocupar com o estabelecimento de parcerias, o que acaba dificultando ainda mais a existência de práticas logísticas modernas dentro do planejamento estratégico. Destacamos ainda instituições que utilizam um adequado planejamento estratégico, sobretudo com forte ênfase competitiva apoiada pelos seus sistemas logísticos, que tendem a sobreviver ao longo do tempo, gerando empregos, renda e, em última análise, contribuindo para o desenvolvimento econômico de um país.
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