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A MODA POR MIM

Por:   •  5/6/2017  •  Projeto de pesquisa  •  1.715 Palavras (7 Páginas)  •  221 Visualizações

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(Cap. 1) O que é a Moda, afinal?

O conceito de moda apareceu no final da Idade Média (século 15) e princípio da Renascença, na corte de Borgonha (atualmente parte da França), com o desenvolvimento das cidades e a organização da vida das cortes. A aproximação das pessoas na área urbana levou ao desejo de imitar: enriquecidos pelo comércio, os burgueses passaram a copiar as roupas dos nobres. - Naquela época, não havia sequer sombra de conceito de estilista ou costureiro. Somente no final do século 18 uma pessoa seria responsável por mudanças “assinadas”, quando Rose Bertin ficou famosa por cuidar das toilettes da rainha Maria Antonieta (1755-93) — célebre pela vaidade, extravagância e gosto por grandes festas. / A partir de então, entramos numa fase mais sofisticada de leitura da moda. A aceleração e o espectro das mudanças instalam verdadeiros desafios. Especialmente porque as modificações mais significativas na moda acontecem enquanto pessoas se vestem de modo absolutamente comum — o que só reforça uma idéia de que a moda seja alienada, fútil e dispensável. / Há uma corrente de pensamento, liderada pela historiadora Anne Hollander, que chama de não-moda o dia-a-dia do vestuário, essa roupa que se usa para trabalhar, ir à faculdade, passear². / Ainda segundo Hollander, o significado social da moda está confinado ao fato de quem usa o que em determinado momento, e não por que usa. / Seu look é o modo com que você se apresenta para o mundo e diz: este sou eu; eu sou assim. / A “ditadura da moda” é um conceito que alcançou seu ápice nos anos 50 e lá se cristalizou. Dois grandes terremotos jovens, nos anos 60 e nos anos 90, pulverizaram essa idéia, mas ela ainda não se dissipou do pensamento do cidadão ocidental médio. Há uma corrente que pensa que, no século 21, a moda perderá sua força — que de fato os estilistas e suas criações não influenciam mais tanto assim e que a moda deixou de ter seu caráter ditatorial. Hoje, quando uma moda é lançada, usa-se ou não.

(Cap. 2) O planeta fashion: Como a moda é praticada no mundo.

A alta-costura é considerada o território de sonho da moda. Sua origem, claro, é Paris. Em 1858, o inglês Charles Worth (1825-95) acabara de abrir sua própria maison, onde criava roupas para novos-ricos e pequenos-burgueses. Ao ver uma de suas peças, a imperatriz Eugênia, mulher de Napoleão III, indica-o para o cargo de “estilista imperial”. Nascia o conceito de alta-costura (haute couture), e o estilista tinha agora um status de criador supremo, diferentemente das costureiras e alfaiates. Depois de adotada pela alta sociedade, a moda da alta-costura era reproduzida nas máquinas caseiras. / Outros nomes memoráveis da alta-costura foram Madeleine Vionnet (1876-1975) e Cristobal Balenciaga (1895-1972), até hoje referências na área. / O início da revalorização da alta-costura aconteceu em janeiro de 1996, quando John Galliano apresentou sua primeira coleção para a maison Gibenchy. Duas temporadas mais tarde, ele estava na Dior, e outro jovem, Alexander McQueen, foi apontado seu sucessor. / A alta-costura é comandada pela Chambre Syndicale de la Couture Parisienne, um conselho que hoje reconhece 13 casas, entre elas Balmain, Dior, Lacroix, Ungaro, Givenchy, Valentino e Versace. Como “cereja” da alta-costura atual, estava Yves Saint Laurent, considerado o maior estilista vivo. / Os desfiles da alta-costura acontecem em Paris em janeiro (os de inverno) e julho (os de verão). Algumas marcas italianas desfilam em Milão, mas, quando falamos de alta-costura mesmo, é só Paris. Até no Brasil, não acredite quando algum estilista disser alto e bom som que faz “alta-costura”. Ele pode tentar, no máximo, um prêt-à-porter de luxo ou uma moda inspirada na couture. É que a alta-costura atende a pré-requisitos complexos em termos operacionais (número de empregados no ateliê, por exemplo) e de excelência (como a qualidade do artesanato, a nobreza de materiais, a mão-de-obra apurada). Tem técnicas complexas e específicas de construção e modelagem. / Prêt-à-porter é o nome francês para “pronto para usar” — que em inglês é o ready-to-wear. Em linhas gerais, pode-se dizer que o ready-to-wear significa a produção em série e em tamanhos predefinidos — o nosso velho e bom P-M-G. / O conceito de ready-to-wear teve suas origens no período entre-guerras. Depois da crise de 1929, os EUA passaram a cobrar um imposto de 90% sobre as roupas importadas da França (as americanas adoravam trazer de Paris seus vestidos de Elsa Schiaparelli, Madeleine Vionnet, Coco Chanel ou Jean Patou). Após a Depressão, só era permitido importar para o país telas e moldes. Essa restrição levou ao desenvolvimento de uma técnica de reprodução que se baseasse nessas telas e moldes. Os modelos, com estrutura simplificada¹, podiam finalmente ser fabricados em diferentes tamanhos, e os progressos dos materiais sintéticos permitiam que aquelas roupas fossem executadas a custos mais baixos do que as feitas com os tecidos nobres da alta-costura, liberando para uso materiais menos exclusivos. / Entretanto, foi mesmo Saint Laurent o principal artífice da novidade, ao criar, em 1966, uma coleção realmente feita em função das orientações industriais do prêt-à-porter, sem adaptar modelos vindos da alta-costura². Hoje, quando se ouve a palavra prêt-à-porter, logo se pensa nos sofisticados e exclusivos desfiles do prêt-à-porter parisiense, em que desfilam Jean-Paul Gaultier, Comme des Garçons, Chloé. / Como Funciona o Prêt-à-Porter Internacional: Os desfiles internacionais do prêt-à-porter acontecem duas vezes ao ano, no hemisfério norte. Os desfiles para o verão europeu ocorrem em setembro e outubro, e os para o inverno, em fevereiro e março. Essas roupas vão chegar às lojas de seis a sete meses depois, diferentemente do que ocorre aqui no Brasil, onde os eventos lançadores são mais colados com o varejo. / As Segundas Linhas: Dentro do processo de difusão da moda, muitas marcas do prêt-à-porter dispõem de segundas linhas, o que possibilita que consumidores mais jovens tenham acesso à grife. As peças são menos caras, mas se engana quem acha que essas roupas chegam a ser “baratas”, especialmente para padrões brasileiros. Elas estão dentro daquele segmento de luxo e funcionam principalmente no diversificado mercado italiano. Entre as mais conhecidas, estão a Versus (Versace), a Miu Miu (Prada) e a segunda linha de Donna Karan, e a Marc, a de Marc Jacobs. /

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