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A Metodologia

Por:   •  12/11/2025  •  Abstract  •  1.527 Palavras (7 Páginas)  •  15 Visualizações

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UNIVERSIDADE DE RIO VERDE - (UniRV) FACULDADE DE PEDAGOGIA

AILTON QUEIROZ DE SOUZA

TÍTULO DO TRABALHO

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - PIVIC.

RIO VERDE 2024

AILTON QUEIROZ DE SOUZA

TÍTULO DO TRABALHO

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA – PIVIC

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia, da Universidade de Rio Verde, como requisito parcial para aprovação na disciplina Metodologia Científica para obtenção do título de Pedagogo, previsto em 2027

ORIENTADOR: Prof. PhD. Dr. José Reinaldo de Araújo Quinteiro

RIO VERDE, G0 2024

INTRODUÇÃO

A história da educação no Brasil atravessa diferentes fases, cada uma moldada por contextos políticos, sociais e culturais específicos. Desde a chegada dos jesuítas em 1549 até o período Joanino em 1821, a educação no Brasil passou por significativas transformações que ajudaram a moldar as bases do sistema educacional atual. Cada um desses períodos trouxe características distintas e mudanças que refletiram as necessidades e prioridades de suas respectivas épocas, influenciando o desenvolvimento da educação no país.

O período Jesuítico (1549-1759) foi inicialmente marcado pela catequese e formação moral, enquanto o período Pombalino (1759-1777) rompeu com essa tradição, introduzindo uma abordagem mais secular e pragmática. Já o período Joanino (1808- 1821) contribuiu para a criação de instituições de ensino superior e a expansão do sistema educacional, alinhando-o às demandas de uma nação em processo de modernização. Este estudo tem como objetivo analisar as características e as mudanças ocorridas em cada um desses períodos, destacando como cada fase contribuiu para o desenvolvimento da educação no Brasil.

1.O PERÍODO JESUÍTICO (1549-1759)

  1. Características do Período Jesuítico

O período Jesuítico marca o início da educação formal no Brasil, iniciado com a chegada dos jesuítas em 1549. Os jesuítas, com a missão de catequizar os povos indígenas, estabeleceram as primeiras escolas no Brasil, onde a educação era centrada na doutrina religiosa e moral. Essas escolas desempenharam um papel fundamental na formação cultural e religiosa da população, refletindo a visão de mundo e os objetivos da Companhia de Jesus.

A metodologia de ensino dos jesuítas combinava a instrução religiosa com a formação cultural, abordando também aspectos linguísticos e literários. Leite¹ destaca que "os jesuítas criaram um sistema educacional que visava não só a instrução religiosa, mas também a formação moral e cultural dos indígenas e dos colonos". A influência dos jesuítas foi tão significativa que moldou a identidade cultural do Brasil durante mais de dois séculos.

Os colégios jesuítas tornaram-se centros de difusão cultural e científica, atraindo estudantes de várias partes da colônia. Essa formação abrangente permitiu o desenvolvimento de uma elite intelectual que desempenharia papéis-chave na administração colonial. O currículo jesuítico, embora rígido e centrado na fé católica, proporcionava uma educação sólida que perduraria mesmo após a expulsão dos jesuítas.

  1. Mudanças e Impactos Sociais

O sistema educacional jesuítico começou a enfrentar oposição à medida que os interesses econômicos e políticos do Estado se intensificavam. A centralização da educação nas mãos dos jesuítas gerou tensões, principalmente entre os grupos que viam na educação um meio para promover a administração colonial. Essas tensões culminaram com a expulsão dos jesuítas em 1759, marcando o fim de uma era e o início de profundas mudanças na educação brasileira.

A expulsão dos jesuítas, ordenada por Marquês de Pombal, abriu caminho para o período Pombalino, que trouxe uma nova abordagem para a educação. O sistema de ensino, até então dominado pelos jesuítas, foi substituído por um modelo mais secular, controlado diretamente pelo Estado. Como Andrade (2003, p.13) aponta:

a transição para um sistema mais secular e pragmático marcou uma ruptura significativa com o passado, pois a educação passou a ser vista como uma ferramenta para a modernização e a administração colonial.

Apesar da expulsão dos jesuítas, o legado educacional que eles deixaram foi duradouro. Muitas das instituições e práticas estabelecidas pelos jesuítas continuaram a influenciar a educação no Brasil, mesmo após a sua partida.

  1. O PERÍODO POMBALINO (1759-1777)

  1. Características do Período Pombalino

O período Pombalino inicia-se com a expulsão dos jesuítas em 1759, um marco na história da educação brasileira. A decisão de Marquês de Pombal foi motivada por razões políticas e econômicas, visando reduzir o poder da Igreja Católica e aumentar o controle do Estado sobre a educação. Pombal introduziu reformas que visavam secularizar a educação, eliminando a influência religiosa das escolas.

A reforma pombalina focou na criação de escolas que atendessem às necessidades da administração colonial, com ênfase em disciplinas práticas como matemática, ciências naturais e línguas modernas. Segundo Andrade (2013, p.32), "a reforma pombalina tinha como objetivo modernizar a educação e adaptá-la às necessidades da administração colonial, introduzindo uma abordagem mais racional e utilitária". Essas mudanças refletiam as novas diretrizes do Estado, que buscava alinhar a educação às demandas da economia e da sociedade colonial.

As reformas de Pombal também incluíram a criação de novas instituições de ensino e a reformulação do currículo escolar. As disciplinas religiosas foram gradualmente substituídas por matérias mais voltadas para o desenvolvimento econômico e a formação de uma elite administrativa. Este período marcou uma tentativa significativa de modernizar a educação brasileira, mesmo enfrentando desafios substanciais.

  1. Mudanças Curriculares e Metodológicas

Uma das principais mudanças durante o período Pombalino foi a reformulação do currículo escolar. O novo currículo focava em disciplinas práticas e científicas, refletindo a necessidade de formar administradores capacitados para o controle colonial. As mudanças metodológicas também foram significativas, com um enfoque maior na memorização e na repetição, contrastando com os métodos interativos dos jesuítas. As reformas educacionais pombalinas enfrentaram vários desafios, incluindo a resistência de setores da sociedade e a falta de infraestrutura adequada para implementar as novas diretrizes. Mesmo assim, essas reformas pavimentaram o caminho para um sistema educacional mais alinhado às necessidades econômicas e políticas do período.

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