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A Realidade de quem sofre Alzheimer no Brasil

Por:   •  11/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  861 Palavras (4 Páginas)  •  175 Visualizações

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A realidade de quem sofre alzheimer no Brasil.

O alzheimer é uma doença neuro-degenerativa que provoca declínio das funções cerebrais, o que acaba interferindo no comportamento e na personalidade da pessoa, como perda da memória, da linguagem, da razão e a habilidade cuidarem de si próprios.

Ainda não se sabe ao certo a causa da doença. Parece haver uma predisposição genética para seu aparecimento. Seus sintomas são desde alterações de memória, sintoma que é o primeiro em sua forma mais leve, até o paciente não conseguir mais realizar nenhuma de suas atividades cotidianos e fisiológicas sozinhas, que é um dos últimos sintomas em sua fase terminal.

No Brasil 6% da população acima dos 60 anos sofre com Alzheimer, cerca de 1,2 milhões de pessoas, mas apenas metade delas se trata e cada ano surgem mais 100 mil casos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Alzheimer. E é aí que os familiares e cuidadores entram, eles são partes principais para o diagnóstico da doença. O paciente não tem capacidade sozinho de se avaliar, então é preciso que os familiares e cuidadores estejam sempre atentos ao comportamento do Idoso, e caso ache algo incomum o encaminhe a um médico, para que seja feito o diagnóstico e comece o tratamento. A doença não tem cura, mas podem ser utilizados medicamentos que retardem o seu desenvolvimento. Mas nem sempre isso acontece no Brasil. Os remédios que podem ser usados, ainda são muito escassos na rede pública de saúde e segundo dados do IBGE as famílias que tem casos de alazheimer são de classe média e baixa. O que dificulta e muito no tratamento desses pacientes.

Maria Cristina, 53, mora em Mendes, Sul do Estado do Rio de Janeiro, ela é filha de Odete Romão, 87, portadora da doença a mais de 06 anos. Maria Cristina conta que teve que abdicar de sua carreira profissional para se dedicar aos cuidados de sua mãe, que já não tem condições de cuidar de si sozinha. Hoje elas vivem apenas com a aposentadoria de Odete, para sustentar a casa e cuidar de sua saúde. Ela contou que Odete começou a apresentar pequenas falhas de memória, como esquecer se fechou a janela de seu quarto ou se trancou a porta, até os esquecimentos e distúrbios de personalidade serem ainda mais frequentes, e ela precisar de ajuda até na hora de realizar sua higiene pessoal. Assim que foi diagnosticada com a doença, foi receitado a ela um medicamento para que amenizasse os sintomas, mas ao levar a receita a farmácia básica (lugar onde podem ser adquiridos remédios gratuitos pelo SUS) foi dito que não havia daquele remédio neste mês, e então com medo de o que a doença poderia fazer a sua mãe Maria Cristina teve que comprar por R$ 56 reais uma caixa que só duraria 15 dias.

“O tratamento em alguns momentos fica inviável pra gente que não tem muito dinheiro, porque só temos o salário da minha mãe, pois eu não posso trabalhar para cuidar dela e nem teria condições de pagar um cuidador. Ás vezes eu peço para conhecidos, que acabam conseguindo algumas caixas do remédio, mas é sempre muito difícil, porque ela tem outras doenças, como diabetes e hipertensão que também precisam de cuidados” Comenta Maria Cristina.

A realidade é que o Brasil não está preparado socialmente e nem economicamente para amparar os portadores da doença e nem os familiares dessas pessoas. Os custos dos cuidados

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