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A história do gesso

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Por:   •  1/2/2014  •  Artigo  •  1.020 Palavras (5 Páginas)  •  464 Visualizações

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A história do gesso

O gesso é conhecido desde há muito tempo e, entre os materiais de construção cuja obtenção exige uma determinada transformação obrigando à intervenção do homem, ele é geralmente considerado como um dos mais antigos, a par da cal e do barro.

É obtido, na verdade, aquecendo-se a uma temperatura que não é muito elevado, reduzindo-se depois a pó um mineral relativamente abundante na natureza: a pedra de gipso ou gipsita.

Assim, segundo se crê, o homem descobriu o gesso, juntamente com a sua reação característica com a água, no dia em que, tentando fazer um forno, escavou o solo destinado a receber o próprio combustível numa área sobre a qual aflorava a gipsita.

É, aliás, empregando uma técnica análoga que o gesso é ainda fabricado nos nossos dias de forma artesanal para usos locais em certos paises do Oriente Médio (Síria, Iraque, etc.).

Recentes descobertas arqueológicas revelaram que o emprego do gesso remonta a oito mil anos antes de Cristo (segundo escavações feitas na Síria e Turquia). Os rebocos em gesso e cal serviram de apoio para os frescos decorativos, na preparação do solo e mesmo na fabricação de recipientes.

Também se descobriram nas escavações de Jericó (6 mil anos antes de Cristo) vestígios do emprego de gesso em moldagem.

É do conhecimento geral que a grande Pirâmide, atribuída a Quéops, faraó do Egito durante a 4ª Dinastia por volta do ano 2800 antes da nossa era, preserva um dos vestígios mais antigos do uso do gesso na construção: para a execução de acordo com uma técnica ainda não totalmente compreendida, juntas de montagem com uma precisão fantástica entre os blocos, alguns dos quais com 16 toneladas que constituem o monumento.

Contudo, foi o filósofo Teófrasto que viveu entre os séculos IV e III antes de Cristo e foi discípulo de Platão e de Aristóteles, com o seu “Tratado da Pedra” que parece ser o mais antigo e o mais documentado dos autores que se interessaram pelo gesso. Ele cita a existência de pólos de gesso em Chipre, na Fenícia e na Síria. Também indica que o gesso era utilizado como reboco, para ornamentação, em frescos e em baixo-relevos, assim como na estatuária. Ele sublinha que são as qualidades e o poder dos aglutinantes que permitem obter um material assim, denotando a possibilidade de “recuperar” os rebocos ou as obras antigas em gesso para as submeter a uma nova cozedura, reutilizando o gesso assim obtido.

Mais perto de nós, (no tempo dos Romanos – N.T.) Catão e Columela mencionaram diferentes utilizações para o gesso, tendo Plínio o Antigo lhe consagrado desenvolvimentos importantes.

Menos conhecidas e possivelmente menos evoluídas que aquelas que nos foram transmitidas por Gregos e Romanos, as aplicações do gesso existem igualmente desde há bastante tempo em outras partes do globo. Assim, em África, foi com um gesso bastante resistente que os Berberes construíram as barragens e os canais, graças aos quais asseguram desde há séculos a irrigação dos palmeirais de Mzab, sendo também com o gesso que eles montam blocos de adobe com os quais constroem as suas habitações.

Entre nós, foi com a invasão romana que os nossos antepassados tomaram conhecimento dos processos de construção, usando os recursos da alvenaria e do gesso. Daí em diante, estes tipos de construção e com eles o uso do gesso vão beneficiar a construção de madeira que os Francos trouxeram com eles e que prevaleceu durante a época Carolíngia e Merovíngia (fig. I.1).

Apesar de tudo, nessas épocas o gesso foi utilizado de forma corrente na região parisiense para a fabricação de sarcófagos decorados, tendo vários exemplares sido encontrados e que chegaram quase intactos até aos nossos dias.

Mas, a partir do século XII e durante toda a Idade Média, a construção em alvenaria e rebocos utilizando o gesso ganha então um outro

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