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A Ética em Ambientes Privados

Por:   •  2/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  4.074 Palavras (17 Páginas)  •  104 Visualizações

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Desvios de condutas de empregados de companhias privadas

Casos práticos sob o olhar da ética empresarial

Salvador

2018

  1. Introdução

1.1- Antecedentes da corrupção

A corrupção existe desde os primórdios da humanidade, mas cresceu exponencialmente durante a Roma Antiga, de tal modo que obrigou os imperadores romanos a criarem formas e mecanismos que permitissem o fim de seus efeitos.

Um exemplo claro disto foi a implementação dos livros contábeis, além da obrigação dos governos de prestarem contas sobre seus gastos e também sobre as suas receitas. Contudo, mesmo com essas medidas, o fato é que a corrupção ainda assim aparecia com constante presença em todos os níveis da esfera social romana, gerando prejuízos grandiosos para a sociedade.

Um exemplo do que ocorria: militares de Roma costumavam cobrar de camponeses uma determinada quantia para lhes garantir “proteção” que no caso é uma coisa que já deveria estar garantida pelo exercito Romano, esta é a famigerada propina e é este tipo de corrupção que muitos historiadores consideram o começo do fim do Império.

1.2-Entendendo o conceito de corrupção

Para se ter noção exata quanto aos riscos da corrupção para o uma empresa, o primeiro passo é compreender as suas características. Seguindo o “Business Anti-Corruption Portal” a página da União Europeia dedicada a combater a corrupção empresarial, a corrupção pode ser entendida de forma genérica como o “abuso de poder para ganhos pessoais”. O órgão ainda divide a corrupção em duas categorias:

–Corrupção intencional: quando há o desejo de obter vantagens ilícitas, como o suborno.

–Corrupção “necessária”: quando alguém recorre à corrupção para agilizar processos e obter um serviço autorizado pela lei.

Evitar a corrupção e afastar esta pratica da empresa pode ser um processo cansativo e bastante desafiador. Nesse trabalho em especifico viremos a analisar a típica situação de empregados praticando o ato de corrupção intencional contra sua própria empresa, apresentaremos não só casos práticos como também conclusões sobre os ocorridos.

  1. Desvio de conduta e código de ética

2.1-Desvio de conduta em empresas privadas

De acordo com Turner (1999), desvio é o comportamento que viola normas bastante arraigadas na sociedade. Na medida em que as sociedades se tornam maiores, mais complexas e diversificadas, aumenta a frequência com que ocorrem os desvios, pois, tanto as forças formais quanto as informais de controle social, tornam-se inadequadas.

Focar neste assunto de acordo com o universo das empresas privadas é uma tarefa complicada, pois são situações influenciadas por muitos fatores internos e externos.

Quando há um desvio de conduta por parte de um colega, isso gera nas pessoas que ficam sabendo do ocorrido (mas não fazem parte do processo) uma angústia e um dilema moral: “Falo ou não falo?” e caso as situações não são resolvidas imediatamenteelas provocam uma sensação de impotência e um clima de injustiça.

A natureza dos casos varia bastante, desde pequenos desvios de materiais e da aceitação de presentes até a manipulação de relatórios, depredação da natureza, pagamento de subornos a fiscalização, ordens para se adotar procedimentos ilegais, graves conflitos de interesse e subtração de recursos significativos da organização. Às vezes o agente está nos escalões mais baixos da hierarquia e o prejuízo restringe-se a sua esfera de ação individual, sendo visível para poucas pessoas. Porém quando a ação ocorre em níveis hierárquicos mais elevados, seus impactos são muito mais amplos e frequentemente se tornam de conhecimento generalizado, embora não sejam abertamente comentados. Ou seja quanto mais elevado o nível do agente, maior o potencial de desgaste para o clima organizacional.

Neste caso especifico, é comum os funcionários temerem retaliaçõese se calarem. De fato se o agente ocupar um alto nível hierárquico, o negócio estiver indo bem e o agente for importante para os bons resultadosé possível até que a matriz ou o proprietário prefiram “olhar para o outro lado” por um tempo até que tenham condições de corrigir a situação com o prejuízo menorpara os negócios.

Precisa ser considerado também que nesse caso as ações corretivas costumam levar algum tempo já que uma investigação discreta e lenta é quase que indispensável. É importante averiguar tudo, evitar injustiças e também o risco de retaliações legais contra a empresa. No final a frase “A justiça tarda, mas não falta” acaba sendo verdadeira na maioria das vezes já que em geral os responsáveis pelos desvios são descobertos e seus responsáveis são punidos ou afastados com maior ou menor alarde; isto é uma das grandes diferenças entre o setor privado e o publico.

Ao fim, do mesmo modo que é impossível assegurar-se um ambiente totalmente à prova de desvios de conduta, é preciso também levar em conta que é muito mais difícil não ser ético numa empresa que é ética. A rápida solução de um desvio reforça os valores da organização e leva conforto, segurança para toda a comunidade dos funcionários bem como fortalece o código de ética da empresa.

2.2- Códigos de Ética

Existe uma tendência de a ética ser vista como um conjunto de regulamentos para manter a ordem.  

Como estratégia, donos de negócios adotam guias para sustentar a harmonia em suas empresas com o intuito de manter direitos e deveres através de declaração formal e, esse documento pode ser chamado de códigos de conduta, guia de convivência, códigos de ética, dentre outros.

Segundo Lázaro Lisboa (2012, p.58) um código de ética pode ser entendido como uma relação das práticas de comportamento que se esperam ser observadas no exercício da profissão. As normas do código de ética visam ao bem-estar da sociedade, de forma a assegurar a lisura de procedimentos de seus membros dentro e fora da instituição. De acordo com que foi mencionado pelo autor, o documento é um sistema de valores que tem o propósito de orientar a condução de empregados de forma direta ou indireta com o objetivo final sendo o bom desempenho da empresa. Para conduzir esse desempenho é necessário se observar questões específicas, por saber, que no contexto empresarial existe uma cadeia de valores, ou seja, vários integrantes como: empregados, clientes, fornecedores, acionistas, concorrentes, governantes e membros da comunidade em que a empresa está inserida.

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