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ANTROPOLOGIA: As Teorias do Desenvolvimento: Do Evolucionismo à Hermenêutica

Por:   •  8/6/2015  •  Resenha  •  1.314 Palavras (6 Páginas)  •  3.035 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Após o estabelecimento das relações capitalistas internacionais, houve o aparecimento de uma burguesia comercial com objetivo voltado ao lucro. Houve também um estado que foi reconhecido pelas nações, cujas leis e burocracias foram criadas a partir de países industrializados, perdendo com isso seus status de “primitivas” ou “selvagens”.

Neste período, a produção agrícola mostrou importantes diferenças, que para explicá-las houve a necessidade da criação de um capo da sociologia denominado de Desenvolvimentista. As comparações feitas por tais sociólogos tinham por objetivo incentivar a racionalidade voltada para um plano capitalista, ou seja, explicar a “origem” do comportamento voltado para o lucro.

As nações que se levantavam como centros econômicos e políticos, passaram a constituir modelos superiores, aos quais nenhuma outra sociedade ou povo pudesse chegar. Estas nações comumente eram classificadas como “desenvolvidas”, “semi desenvolvidas” e “pré capitalistas”.

O DESENVOLVIMENTO SEGUNDO ETAPAS DE CRESCIMENTO ECONÔMICO

As etapas do desenvolvimento, são classificadas segundo William Wilber Rostow como:

1. Sociedade Tradicional: Caracteriza-se por produção limitada, pouca tecnologia, à base de um alto nível de subordinação do homem ao ambiente.

2. Sociedade em Processo de Transição: Aparecimento de atitudes racionais adequadas ao controle e a exploração da natureza.

3. Sociedade em Inicio de Desenvolvimento: Percebe-se investimento de capital na área produtiva, crescem as manufaturas, é considerado por Rostow como uma sociedade que já esta a base de uma sociedade moderna.

4. Sociedade em Maturação: Forças de expansão econômicas passam a predominar na sociedade.

5. Sociedade de produção em Massa: Desenvolvimento efetivo da produção em bases industriais e investimento efetivo produtivo de capital.

A história de cada nação é um processo que também apresenta recuos, que vai ao encontro de qualquer teoria que proponha um movimento sutil e suave em direção ao desenvolvimento. Deve-se lembrar que uma sociedade não deve ser vista com um todo, pois um região pode se desenvolver e outra ir a decadência.

Cada estágio econômico representaria o grau de avanço de uma sociedade em relação a meta almejada.

ENTRAVES AO DESENVOLVIMENTO: O TRADICIONALISMO E A QUESTÃO RACIAL

Como as nações visam o mesmo objetivo, à teoria atribui aos “erros” deste processo como sendo: Tradicionalismo, que pode ser considerado como clientelismo.

Clientelismo, é um tipo de relação onde são valorizados os vínculos pessoais, às relações de parentesco e amizade em detrimento ao nível de competência de cada individuo. Esta também é capaz de gerar lucro.

Para as sociedades desenvolvidas, existiam as sub-desenvolvidas, ou seja, civilizações que segundo os detentores do poder, seriam incapazes de atingir a “civilização”, como por exemplo os índios e negros, desta forma contribuíram também para a difusão de preconceitos raciais.

É notável que, todas teorias que estabeleceram estágios do desenvolvimento, não consideraram as relações que foram instauradas através do capitalismo, tampouco a história particular de cada povo.

A história através deste principio, retoma a ideia evolucionista, propostas anteriormente pelos positivistas.

DUALISMO

Surgiu também na tentativa de explicar o subdesenvolvimento, que com suas ideias entendiam que em certos países, sempre haveriam duas regiões muito distintas: a) as desenvolvidas, que apresentam crescimento industrial, urbanização sistema de comunicações amplo, alta produtividade a avanço tecnológico, e b) as atrasadas, das quais não encontramos os itens descritos anteriormente.

Pode se manifestar entre regiões de um mesmo país, ou entre setores de uma mesma economia nacional, tendo como exemplo no Brasil, as regiões Nordeste e Sudeste.

Podemos encontrar o dualismo, ainda, quando uma mesma população se dedica ao trabalho assalariado e ao trabalho autônomo de subsistência.

Os dualistas veem as sociedades como estruturas em transição, isto é, fases de um processo, no qual, setores, regiões ou grupos vão de pouco a pouco influenciando os “atrasados”, incorporando-os ao desenvolvimento, e para eles, o problema do subdesenvolvimento não está na constituição étnica, cultural ou racial, mas sim, na condução de políticas administrativas e econômicas e na má orientação do governo.

Vemos neste também, como objetivo do desenvolvimento, o capitalismo, industrial e tecnológico.

PERIFERIA E MARGINALIDADE

O conceito de periferia, reflete, o que é “atrasado” em uma sociedade, ao que é também, irrelevante e até anormal em relação ao que é central. Através deste, surgiu um outro conceito que estariam ambos “relacionados”, o de Marginalidade. Com este conceito são colocados “Tarjas” em quem encontra-se em periferias, que são classificados como, bandidos, marginais e vagabundos.

A DESIGUALDADE COMO PRINCÍPIO

Estudando tais princípios, fica claro que, as populações e regiões que um dia foram identificadas como subdesenvolvidas, caminham hoje para a transforação para as formas sociais e econômicas mais “evoluídas”, estas regiões são as mais exploradas no processo de desenvolvimento de outra sociedade, estes também tendem a permanecer como tais, desde que, mostrem efetivamente como seguradoras do desenvolvimento do setor dominante.

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