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ATPS: Concepção de Leitura

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Por:   •  23/4/2014  •  Seminário  •  2.264 Palavras (10 Páginas)  •  243 Visualizações

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Concepção de Leitura

Diariamente ouvimos falar- e também falamos- sobre a importância da leitura na nossa vida, sobre a necessidade de ler e ter o hábito de leitura entre crianças e jovens, sobre qual é o papel da escola na formação de leitores.

Mas no auge dessa discussão, surgem questões como: Oque é ler? Para que ler? Como ler?

As questões serão respondidas de diferentes maneiras, os quais revelarão uma concepção de leitura decorrente da concepção de sujeito, de língua, de texto e de sentido que se adote.

Sobre tais questões o mestre Koch afirma que à concepção de língua como representação do pensamento corresponde à de sujeito psicológico, individual, dono de sua vontade e de suas ações. Trata-se de um individuo que constrói uma representação mental e deseja que o interlocutor capte de maneira como foi mentalizada. Essa concepção de língua pé uma representação do pensamento e do sujeito como o dono absoluto de suas ações e de seu dizer.

O texto é visto como um produto lógico do pensamento (representação mental), nada mais cabe ao leitor se não “captar” essa representação mental junto com as intenções (psicológicas) do produtor, exercendo, um papel passivo.

A leitura, assim é entendida como a atividade de concepção das ideias do autor, sem levar em conta as experiências e os conhecimentos do leitor, a interação autor-texto-leitor com propósitos constituídos sociocognitivo interacionalmente. À concepção de língua como estrutura corresponde a de sujeito determinado, “assujeitado” pelo sistema, caracterizado por uma espécie de “não consciência”. Nessa concepção de língua como código, como mero instrumento de comunicação e de sujeito como (pre) determinado pelo sistema, o texto é visto como um produto da codificação de um emissor a ser decodificado pelo leitor/ouvinte, bastando ao mesmo, tanto, o conhecimento do código utilizado. Consequentemente, a leitura é uma atividade que exige do leitor o foco no texto, em sua linearidade.

O leitor precisa ter foco na interação autor-texto-leitor, nessa concepção interacional (dialógica) da língua, os sujeitos são visto como autores, construtores sociais, sujeitos ativos que dialogicamente se constroem e são construídos no texto, considerando o próprio lugar da interação e da constituição dos interlocutores. Nessa perspectiva, o sentido de um texto é construído na interação texto-sujeito. A leitura é uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos que se realiza com base nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na sua forma de organização.

A interação: autor-texto-leitor é uma concepção de leitura como uma atividade de produção de sentido. A leitura é o processo no qual o leitor realiza ativo de compreensão e interpretação do texto. Isso se dá através dos objetivos, do conhecimento sobre o assunto, sobre o autor e de tudo que se sabe sobre a linguagem.

Leitura não é extrair informações ou decodificar letra por letra, palavra ou frases. É uma atividade que implica estratégias de solução, antecipação, interferência e verificação. Nessa atividade de leitura, o papel do leitor enquanto construtor de sentido é utilizar-se de estratégias como seleção, antecipação, inferência e verificação.

O leitor precisa ter estratégias de leitura que é o processo de crítica, contradição, avaliação das informações que tem diante de si, que desfrute ou dê sentido e significado ao que lê. A concepção de leitura é que põe em foco o leitor e seus conhecimentos em interação com o autor e o texto para a construção de sentido.

Estudamos anteriormente a concepção de leitura como uma atividade na interação autor-texto-leitor. Agora iremos nos aprofundar sobre Leitura e Produção de Sentido, que é a leitura e ativação de conhecimentos, um sentido para o texto como um todo. Nesta concepção vamos ver que na atividade leitura, ativamos: lugar social, vivências, relações com o outro, valores da comunidade, conhecimentos textuais, etc. Existe a pluralidade de leituras e sentidos que é quando o leitor é considerado e também seus conhecimentos que este por sua vez é diferente dos outros leitores, isto implica em uma pluralidade de leituras e de sentidos em relação a um mesmo texto.

Se observarmos vemos que a leitura é uma atividade de construção de sentido que faz a interação autor-texto-leitor.

Gêneros Textuais

Gêneros textuais são os fenômenos históricos profundamente vinculados à vida social e cultural. Os gêneros contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a-dia. Eles estão diretamente ligados às situações cotidianas de comunicação, fortalecendo os relacionamentos interpessoais por meio de troca de informações. Alguns gêneros textuais como o jornalístico, cuja finalidade é a informação. Como é o caso da notícia, da entrevista, do artigo de opinião, do editorial, entre outros. Ainda existem outros, por exemplo, que tem a finalidade de instruir as pessoas como o manual de instrução, a bula do remédio... Também existem gêneros maiores como monografia, tese de doutorado que estão ligados à prática acadêmica.

A lista de gêneros textuais é numerosa, existem diversos textos: como histórias em quadrinhos, tirinha, charge, artigo de opinião, piada, horóscopo, dentre outros.

No processo de leitura e construção de sentido dos textos, levamos em conta que a escrita/fala baseiam-se em formas padrão e relativamente estáveis de estruturação.

No dia-a-dia nos deparamos com vários textos, em revistas e jornais são utilizados diferentes gêneros textuais, os jornalistas usam vários gêneros para dá maior credibilidade ao jornal ou a notícia. Revistas de grande circulação e porte como: Veja, Isto é, Época entre as mais diversas utilizam uma lista numerosa de gêneros textuais como: publicidade, notícia, reportagem, entrevista, receita culinária, entre outros.

Já no processo Ensino e Aprendizagem os educadores e educandos trabalham gêneros como: folhetos, avisos, anúncios, bilhetes, cartas, convites, listas de compras, histórias em quadrinhos, receitas culinárias, fábulas, histórias tradicionais, entre outros, por conterem um conteúdo mais simples, claro e objetivo, que mais se adequada à realidade dos alunos, os tipos mais conhecidos por eles e pela sociedade. Entre tanto trabalham outros gêneros como:

• Notícia- Tem o objetivo de relatar fatos importantes e atuais e tem a linguagem formal, clara e precisa e muitas vezes vêm acompanhadas de fotos,

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