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Antropologia da saúde

Por:   •  1/7/2015  •  Resenha  •  444 Palavras (2 Páginas)  •  202 Visualizações

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A medida da gordura. O interno e o íntimo na academia de ginástica

A gordura aparece no mundo contemporâneo de diversas formas, como “fardo excessivo”, “sobrepeso”, também pode aparecer como “peso na consciência”. Também é considerado um “fardo econômico”, segundo o manual da obesidade, da OMS.

Médicos, farmacêuticos, professores de educação física e nutricionistas, se põe como alternativa contra a gordura e combatem contra as dietas, massagens e métodos caseiros para perder a gordura. Existem os cirurgiões bariátricos, que fazem a redução e estômago e os cirurgiões plásticos, que tiram a gordura com ajuda do bisturi. A clientela é definida pelo status socioeconômico ou pelo  montante de gordura.

Nas academias de ginástica a avaliação física é usada para medir o quantitativo de massa magra (músculos) e massa gorda (gordura). O compasso, que mede as dobras cutâneas, é utilizado para definir onde a maior parte da gordura está localizada, influenciando, assim, na forma corporal e na transformação que se seguirá.

As academias oferecem “redução de gordura corporal” e “hipertrofia muscular”, que é quando o músculo aumenta de tamanho.

Quantidade de gordura não está relacionada com perda de peso, afinal, perda de gordura e aumento de massa muscular podem acarretar em ganho de peso, visto o aumento da massa magra, que é mais densa que a gordura. Vemos isso nas pessoas magras que vão a academia em busca de aumento de músculos.

A “definição”, como é chamado o modelo ideal estético de hoje em dia consiste em mais músculos e menos gorduras, como apontam as revistas. Na lógica das academias o “seco” deve predominar sobre o “úmido”, ou seja, os músculos devem predominar sobre a gordura.

A “definição corporal” acarreta modificações modestas e drásticas, das pessoas que querem apenas “ficar mais definidas” aos fisiculturistas, que levam a malhação a sérios graus.  A beleza está na sobreposição dos músculos a gordura, a “beleza interior”.

Os adeptos do fisiculturismo apresentam uma dupla condição. Eles cultivam o “belo”, porém negligenciam a saúde,  não há balanço entre saúde e beleza.

No caso das academias de ginástica, o conceito de saúde não está ligado a doença, mas sim,  ao bem estar, qualidade de vida e higiene fisiológica. Não se refere ao sofrimento, se refere a ansiedade com o bem estar. A quantidade de gordura do corpo é vista como um marcador do nível de preocupação do indivíduo com a sua saúde.

Nesse mundo os conceitos de saúde e estéticas podem se confundir, decaindo para a corpolatria, que é voltada para a materialidade do corpo e prejudicial a saúde.

Segundo um professor de ginástica de uma academia, saúde corporal proporciona saúde mental, o resultado é uma saúde global, integrada entre o interior do corpo e a intimidade.

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