TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

As Organizações Vistas Como Cultura

Exames: As Organizações Vistas Como Cultura. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  7/10/2014  •  888 Palavras (4 Páginas)  •  345 Visualizações

Página 1 de 4

O autor inicia fazendo um paradoxo entre a cultura organizacional americana que detinha a liderança nos anos 60 e se vê, a partir dos anos 70, ameaçada com a hegemonia do Japão (que ressurge das cinzas após a 2ª Guerra Mundial). O estilo de transformar o difícil no possível fez com que os japoneses pudessem dar um passo gigantesco na qualidade e confiabilidade dos seus produtos. A cultura e a forma de vida japonesa foram fatores preponderantes para essa ressurreição, tornando-se uma potência mundial, não inferior a qualquer outra.

A partir desse período os teóricos e administradores dão maior ênfase a diversos estudos sobre cultura e organizações, cremos que para entender esse fenômeno chamado Japão. Metaforicamente a palavra cultura vem de cultivo, de plantar, no entanto refere-se ao padrão de ideologias, crenças, leis e ritos quotidianos, hoje em dia, cultura nos faz ver que diferentes grupos de pessoas têm diferentes estilos de vida.

Morgan cita o cientista político Robert Presthus que nos fala da “Sociedade Organizacional”, onde grandes organizações podem interferir no dia-a-dia das pessoas de forma peculiar e bem diferentes, levando-se em conta o meio onde estão inseridas. Essas organizações têm rotinas e rituais que as identificam como uma vida cultural distinta quando comparada com aquela em sociedades mais tradicionais. Trabalhadores do Século XVIII têm culturas e rotinas diferentes dos trabalhadores do Século XIX, e assim por diante. Mudam-se os contextos, mudam-se as culturas.

O sociólogo francês Emile Durkheim diz que o desenvolvimento das sociedades organizacionais é acompanhado por uma desintegração dos padrões tradicionais de ordem social, em termos de ideais comuns, crenças e valores, dando lugar a padrões fragmentados e diferenciados de crença e prática baseada na estrutura ocupacional da nossa sociedade. O sistema paternalista está enraizado nas organizações japonesas cujo conceito é de coletividade, ou seja, seus membros atuam como colaboradores do processo e desempenham suas funções com essa visão. Existe um total comprometimento entre as organizações e seus trabalhadores.

Morgan cita vários teóricos, tais como Murray Soyle, um especialista australiano em Japão que acredita haver uma ligação entre os valores culturais dos campos de arroz com o espírito servil dos samurais; o escritor Charles Hondy que nos fala do antagonismo que ocorre frequentemente nas situações de trabalhadores britânicos onde predomina a ética protestante do trabalho (paternalista e condescendentes), e dos americanos cuja ética é a do individualismo competitivo.

Já o especialista americano a respeito do Japão, Ezra Vogel, nos demonstra que as orientações são para jogar o jogo pra valer: com objetivos, responsabilidade, punindo ou premiando aqueles que o fizerem por merecer. E, ainda, o antropologista Gregory Bateson nos fala sobre as diferenças nas relações entre pais e filhos. Para os americanos as crianças são incentivadas a “ser o número 1” já os ingleses orientam para que sejam “vistos, mas não ouvidos”. No primeiro caso estimula-se a independência e a força, no segundo, a serem expectadores e submissos.

Thomas Peterns e Robert Waterman enfatizam o uso do reforço positivo (Skinner) nas organizações como forma de moldar o comportamento dos seus empregados, tal teoria que por nós já foi estuda é válida em momentos que requerem resultados rápidos, porém existem críticas a respeito dessa técnica uma vez que trabalha o empregado como se estivesse adestrando, o que levou a ser

...

Baixar como (para membros premium)  txt (5.9 Kb)  
Continuar por mais 3 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com