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Bases de dados: a metáfora da memória científica. Ciência da Informação

Por:   •  7/6/2015  •  Resenha  •  576 Palavras (3 Páginas)  •  184 Visualizações

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SAYÃO, Fernando. Bases de dados: a metáfora da memória científica. Ciência da Informação, Brasília, v.25, n.3, p.314-318, set.-dez.1996.

O texto analisa as bases de dados, seus esquemas de representação e recuperação, sua seletividade e as barreiras impostas à ciência produzida no Terceiro Mundo, pelas linguagens de indexação.

Quando buscamos informação em uma base de dados, estamos mergulhando na memória coletiva cientifica de um determinado grupo de nosso interesse, para solucionar nossas dúvidas ou para procurar informações que definam e completem o nosso trabalho de pesquisa.

No decorrer do texto, o autor discute a relação entre bases de dados, que diz serem simulacros da memória coletiva científica, com os aspectos cumulativo, social e institucional da ciência e sua contribuição da memória virtual ao controle e enquadramento da produção científica, que vão, desde os limites impostos pelos mecanismos de representação do conhecimento, até os desvios ideológicos, que conduzem à marginalização de autores, conhecimentos, fatos não identificados com os padrões da ciência oficial.

Segundo o autor, sobre a formação da memória eletrônica, as bases de dados são uma metáfora da informação original, um conhecimento virtual, que só existe em função do seu referente, da sua vinculação remota com algum conhecimento real.

A representação do conhecimento é feito muitas vezes através de uma linguagem documentária derivada da linguagem artificial, feita através da linguagem natural.

Essa linguagem documentária, exposta no texto, é pela sua própria artificialidade, extremamente redutora de significado, e só pode cobrir conceitos uniformizados e controladores de linguagem, garantindo assim, aos países de Primeiro Mundo, a detenção da produção cientifica, representando a maior parte dessa produção mundial.

Comenta, inclusive, que apenas 5% (cinco por cento) da produção científica dos países periféricos está presente nas grandes bases de dados internacionais, onde está essencialmente representada a ciência dos países desenvolvidos.

Entende-se que ao tentar buscar resultados de assuntos relacionados a países em desenvolvimento, estes serão dificilmente recuperados, e que a própria base de dados fará com que sejam preservados a uniformidade e o caráter dos países desenvolvidos, ou melhor, se essa linguagem não for padronizada acontecerá a extinção dos textos dos países em desenvolvimento, que estavam armazenados, como por exemplo em um idioma diferente do inglês.

Observa que o acesso às informações dos países desenvolvidos são de extrema importância, mas as bases nos deixam a mercê da importação da produção cientifica destes países.

Assim, o autor sugere que as bases de dados nacionais poderiam reunir os testemunhos das atividades de pesquisa de países ou de regiões, o que possibilitaria que tais trabalhos fossem mais facilmente recuperados, como faz a base de dados Lilacs de forma a reconstruir, para quem as consulta, conhecimentos, cenários, ambientes, fatos e dados pertinentes a um universo próprio.

Outra questão que o autor entende como possível é a criação de bases de dados bem estruturadas, com um nível de padronização satisfatória , de forma a tornar visíveis para a comunidade científica

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