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Bmw Vermelha

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Por:   •  9/9/2013  •  1.426 Palavras (6 Páginas)  •  364 Visualizações

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Introdução

O vídeo relata impactos causados pela recém-chegada de uma BMW vermelha, zero kilometro, em uma comunidade carente, onde membros da família premiada vivem em condições mínimas de sobrevivência, não tendo condições de assumir mais gastos, e além do mais ninguém da família tinha carteira de habilitação e nem sabiam dirigir.

Desenvolvimento

Sem saber da importância de um simples papel entregue com muita dificuldade pelo correio, o senhor Odilon e sua família humilde toma conhecimento através da mídia, que tinham sido os ganhadores de uma BMW vermelha zero quilometro, num sorteio de ano novo.

A situação atípica em que a família do senhor Odilon se encontrava era de vulnerabilidade total. Eram semi-analfabetos, moravam em uma comunidade carente na cidade de São Paulo, o patriarca e sua esposa desempregados. Tinham três filhos e a única renda da família era um bico que a esposa fazia de manicura, renda essa que não dava se quer para prover o necessário.

A chegada do BMW na comunidade causa um bum, em toda vizinhança, que ao negociar com o sr.Odilon. que organizou a participação da comunidade com moedas para abastecer o carro e ouvir o ronco de seu motor. e assim formavam fila entre as pessoas; senhoras, famílias, crianças e todos, apreciando alguns minutos dentro do carro, ainda que este não saísse do lugar.

O automóvel acaba servindo para outras utilidades meio inusitadas, tal como lugar de proteção contra chuva e enchente. A bateria serviu para acender luz, e o radiador quente deu para fazer churrasco.

Depois de um tempo, por necessidade, seu Odilon vender o barraco e resolveram para morar no carro. O BMW vermelho virou casa. Ao final de dois anos, estava muito danificado, enferrujado, pichado, quebrado.O futuro do Bmw seria ferro velho, pois quem compraria algo assim?

O ganhador de tal premio então, antes de vender o seu veiculo por um valor insignificante faz um ultimo pedido ao comprador do BMW vermelho que realizasse um sonho dele e de sua família que nunca antes havia andado no carro.Queriam dar uma volta, pelas avenidas da grande São Paulo, como uma forma de vivenciar a tão sonhada viagem no BMW. Com o vento no rosto, segurando o volante com força nas mãos, lá se foram, Odilon e sua família, finalmente, passear no seu carro. puxado por um reboque.Enfim, lá se foi o BMW vermelho “cumprindo sua função essencial: a de ser finalmente, transporte”.

Problemática

Nossa realidade não é tão diferente nos dias atuais, contraditória muitas vezes. Uma sociedade capitalista, onde estão presentes, inúmeros exemplos de desigualdades sociais, tais como, educação de péssima qualidade, saúde precária, falta de emprego, moradia, alimentação adequada.

Aqui na Região Metropolitana de Campinas, interior de São Paulo onde estão instaladas algumas indústrias Nacionais e Multinacionais, na base da renúncia fiscal; instalações de gigantes da indústria Tecnológica , Farmacêutica, Automobilística, e de Petróleo. Também instalado o maior shoping da América Latina, cidades voltadas ao turismo de negocio, com grandes redes hoteleiras.

Esta mesma região é também conhecida por ter sido implantado o maior presídio do Estado (complexo penitenciário que foi batizado de "Carandiru caipira", por sua dimensão semelhante e por albergar 8.000 detentos transferidos da célebre Casa de Detenção desativada em 2002 da Cidade de São Paulo.) e a Fundação casa (antiga Febem) com média de 100 menores provocando assim uma desigualdade social gritante.

Fora das cercas prisionais, as pessoas estão realmente desprotegidas: bairros surgem, sem nenhuma infra-estrutura, com população que mistura parentes de presos, agentes penitenciários e pessoas que vivem da economia em torno da cadeia. (Rodrigo Bertolotto)

Mas na realidade de um mundo capitalista,as cidades desta região próximas ao presídio não atrai só as empresas e seus seguimentos, mas atraem também, migrantes de outras regiões do País; os presos, suas facções, suas famílias, alguns ex –presidiários que já cumpriram com sua pena,mas não tem para onde ir sendo que seus familiares muitas vezes os abandonaram a própria sorte. A maioria das famílias destes encarcerados, tem renda média per capta muito baixa, os chefes de família são mulheres e a maioria está no mercado informal ou desempregadas.

Essa região se tornou uma região mesclada, onde grande parte da população economicamente ativa recebe menos de cinco salários mínimos, tendo de lidar com esse contraste em sua realidade.

Favelas, e bairros periféricos foram se formando ao entorno dos presídios e nas cidades vizinhas.

Com isso aumentam os problemas sociais como mendigança, moradores de rua, homicídios, tráfego, roubo, uso de drogas que se tornou um mal social de grande proporção na região, que é grande motivo de preocupação.

De acordo com o especialista, o preconceito faz com que o morador em situação de rua não queira permanecer muito tempo em um mesmo local. “O imaginário coletivo identifica o morador de rua com o crime. Quem está na rua não é interpretada tendo em vista sua biografia, inserção social e no mercado de trabalho”, disse.

Juliano Andermann - 18/03/2013

Em contraposto “os moradores de rua não têm biografia, não votam, não têm documentos nem presença estatística. Assim, eles também não têm representação política, e essa, infelizmente, é a realidade”, afirmou o sociólogo Otávio Miro BOHAN, (doutor em políticas públicas - Unicamp).

Após essa analise constata se que nossa realidade não é tão diferente que a da família do senhor Odilon; o dono do BMW vermelho.

Solução

Existem sim, muitos projetos criados para diminuir esses problemas, mas até hoje, ninguém conseguiu reverter tais situações. É preciso vontade política e da

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