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Brasil de critérios frouxos para coibir abusos

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Por:   •  21/10/2013  •  Artigo  •  413 Palavras (2 Páginas)  •  164 Visualizações

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o Brasil de critérios frouxos para coibir abusos, a velha máxima de levar vantagem em tudo ganha proporções desmedidas quando se trata de mercados controlados por poucos e poderosos grupos. Tome-se, por exemplo, agora o caso das companhias aéreas que resolveram cobrar além da conta – de qualquer conta razoável ou aceitável – por passagens durante o perío­do da Copa do Mundo que se aproxima. Em um simples trajeto de ida e volta na ponte aérea Rio-São Paulo, o preço do bilhete nessa temporada chega a inacreditáveis R$ 2.393 pela bandeira líder do setor, TAM, praticamente dez vezes mais que o cobrado regularmente. A alegação surrada de oferta-procura não encontra qualquer parâmetro com a realidade, dado que mesmo um ano antes do evento, em junho passado, quem se dispusesse a antecipar seus planos nesse sentido encontraria tarifas indecentes até para resgates com pontos no difundido programa de milhagem. Passageiro de qualquer parte do planeta com rotas cobertas por companhias brasileiras, e que escolha uma delas para viajar com destino à Copa aqui, perceberá a discrepância absurda do preço entre as bandeiras nacionais e estrangeiras. E por que isso ocorre? Não tem a ver com o custo. Muito menos com o tamanho da disputa por seus assentos. É uma postura cultural, nativa, de explorar sem limites uma clientela cativa por falta de opções. A Embratur, preocupada com as consequências negativas para o País dessa prática gananciosa, está avaliando propor à Anac um teto tarifário e a abertura da aviação doméstica para companhias estrangeiras, ao menos durante a Copa. Seria uma alternativa, mas paliativa, caso não se pense em uma solução de longo prazo que reformule o mercado e intensifique a vigilância sobre as deliberações dessas empresas. Durante os Jogos Pan-Americanos e a Copa das Confederações, as autoridades também tiveram de intervir em outro braço de atividade do turismo, quando hotéis majoraram em mais de 600% suas diárias. Em períodos como Natal e Ano-Novo, essa política da esperteza alcança níveis estratosféricos no Brasil. É normal esperar que na chamada alta temporada o preço pedido por esses serviços aumente. Isso ocorre em qualquer parte do mundo. Mas jamais nos patamares encontrados por aqui – algo que não apenas macula a imagem do País como desestimula de maneira perene a ainda incipiente demanda turística interna. Abdicar do potencial dessa indústria devido à sanha de faturar alto em curto espaço de tempo é lamentável e nada inteligente. Perdem todos, inclusive os responsáveis pela prática, que afugentam potenciais clientes.

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