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CIÊNCIA POLÍTICA

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Por:   •  29/3/2015  •  987 Palavras (4 Páginas)  •  144 Visualizações

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Caso Concreto 1:

Tema: Espaço social da palavra e complexidade do campo político

Leia, atentamente, a palestra “O papel da universidade na sociedade brasileira: educação

e pesquisa no ensino superior” de Sidnei Ferreira de Vares, e responda:

1) Qual o espaço social da palavra política ele se refere?

r: Política de melhoria, avanço e organização nas instituições.

2) A qual tipo de discurso político ele se refere? Justifique as suas respostas.

Inicialmente, bom dia a todos. Gostaria de agradecer imensamente a presença de vocês e

agradecer também ao convite que me foi feito pelo CIEE. Acredito que esse tipo de

encontro, que, aliás, o Centro de Integração Empresa Escola sempre se esforça para

realizar, contribua no sentido de uma discussão séria acerca dos problemas sociais e

educativos que marcam a sociedade brasileira. Este esforço, portanto, não pode passar em

claro. Bem, o objetivo do encontro desta manhã é discutir o papel da universidade na

sociedade brasileira, como o próprio título da palestra apresenta sem muitos rodeios. Esse

não é, efetivamente, um tema simples, pelo menos não para alguém que há alguns anos

vivencia o dilema das universidades brasileiras de perto, sobretudo no que se refere ao

Ensino Superior Privado. Sou professor universitário há 10 anos e muito cedo iniciei na

profissão. Disso, certamente, decorrem algumas observações críticas em relação à

maneira como o ensino superior se desenvolveu no Brasil, e também à maneira como

atualmente está estruturado.

Minha proposta aqui é discutir o papel da universidade a partir de uma suspeita, reforçada

ao longo de minha atuação como docente, a saber, a de que a universidade brasileira não

cumpre o objetivo que deveria cumprir. Os motivos para essa “falta” são variados, mas,

apontarei pelo menos três deles, a saber, (a) o desenvolvimento histórico e social da

universidade no Brasil; (b) certa tendência antropofágica inerente à cultura brasileira

(para me utilizar da expressão modernista), que geralmente retraduz elementos

importados a sua maneira, mas que nunca são totalmente incorporados; (c) por fim,

gostaria de ressaltar certa visão mercadológica, que invadiu o espaço universitário nas

últimas décadas, e que acarretou uma série de problemas de ordem prática e ética.

Comecemos, portanto, com a análise histórica do desenvolvimento da universidade

brasileira. Antes, porém, gostaria de me deter um pouco no surgimento da universidade,

para depois falar de seu amadurecimento no Brasil. As primeiras universidades que se

têm notícia surgiram no continente europeu entre os séculos XI e XII. Alguns estudiosos

apontam a universidade de Bolonha como a primeira, e outros a de Paris. Esse é uma

discussão vazia. O importante é saber que datam desse período. A maneira como surgem

também não deixa de ser interessante. Algumas resultam de editos reais, outras de editos

papais e há ainda aquelas derivam da reunião de professores, geralmente de escolas

catedráticas, e que decidem fundar uma universidade.

Naquela ocasião a universidade atende um número muito restrito de alunos, quase sempre

derivados da elite da época, isto é, da nobreza ou da burguesia que começava a se

constituir. Ademais, sua estrutura física tinha pouco a ver com as universidades atuais. As

aulas não eram realizadas necessariamente numa sala e a relação entre professor e alunos

era certamente mais orgânica. O papel da universidade era o de exatamente integrar o

conhecimento total. O método, embora rígido, estava calcado no trivium e quadrivium,

que desde a antiguidade marcara a educação. Mas, há algo importante e que merece ser

ressaltado: a universidade aparece com um espaço de produção de conhecimento.

Claro, alguns poderão objetar, essa produção tinha limites. Limites técnicos e mesmo

culturais, haja vista a influência da religiosidade naquele período. De certo, essa

influência atravancou o desenvolvimento da universidade, pelo menos até a modernidade.

Mas, a partir do século XVII, a Europa passa de fato a ter uma produção científica de

maior qualidade. Bem, no Brasil o chamado ensino superior é bem mais

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