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CRÍTICA E ANÁLISE DO PROJETO METROPOL PARASOL NA CIDADE DE SEVILHA

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Por:   •  24/9/2014  •  2.408 Palavras (10 Páginas)  •  983 Visualizações

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CRÍTICA E ANÁLISE DO PROJETO METROPOL PARASOL NA CIDADE DE SEVILHA

INTRODUÇÃO:

A Praça da Encarnação está localizada no centro histórico de Sevilha, que atualmente ocupa uma superfície vazia e desestruturada. A praça é cortada por uma via de importante fluxo de carros e pedestres, que nesse presente momento está de difícil acesso pelas obras do Metropol Parasol. Esse projeto foi proposto em 2005, com um concurso de idéias promovido pela Gerencia de Urbanismo de Sevilha, no qual ganhou o alemão Jürgen Mayer para revitalização da praça julgada como um relevante papel estrutural na ordenação do centro histórico.

Zona histórica da Praça da Encarnação

HISTÓRIA:

A informação desse espaço livre no núcleo na zona histórica da cidade é o resultado de distintas operações urbanas que se prolongaram desde o século XVI até os dias de hoje.

Nos finais do século XVI a Prefeitura procedeu à aquisição e derrubou uma casa em um dos extremos, entre a Praça de Dom Pedro Ponce e a atual Laraña, com a intenção de que “todas as pessoas a pé e a cavalo que passarem por ali, por ser como é a caminho de maior movimento e passagem que existe na cidade, possam ter maior comodidade...” (08-06-1587).

A construção de um convento de religiosas Agustinas no ano de 1591 deu o nome a esse espaço muito heterogêneo. Em 1810 houve a demolição da quadra do convento da Encarnação e ficaram integrados nesta praça distintos espaços até então diferenciados; Praça de Regina, Rua do Correo, Rua del Aire e Praça Dom Pedro Ponce. Em 1820 foi construído um mercado que não só ocupou os terrenos da quadra demolida, senão incluso se estendeu a parte das antigas praças da Encarnação e Regina.

Dessa maneira o espaço livre entre o mercado e a entrada de Puente e Pellón ficou reduzido a uma rua larga. O interior do mercado se organizava em três ruas amplas, com galerias cobertas, em ambos os lados das quais se situavam os postos ordenados segundo os artículos de venda: pão, frutas e hortaliças, carne fresca e açougue, peixe. No seu centro situava uma fonte de mármore ( a que está atualmente na praça) rodeada de quatro árvores.

Em 1848, dentro do projeto de criação de um grande eixo de comunicação Osario-La Campana derrubaram o terço meridional do mercado, e os terrenos resultantes se utilizaram para colocar em comunicação direta Laraña e Imagen e urbanizaram a Praça com a disposição e elementos que estão até hoje. A praça está disposta com um embasamento circular ordenado em torno a histórica fonte de mármore instalada originalmente na Praça da Encarnação em 1720, colocada no interior do mercado quando este foi construído um século depois, e de novo recuperada como elemento central da praça que se constroem entre 1848 e 1950.

Em 1971, o mercado se encontrava em estado degradante, e em 1973 se procedeu sua demolição. Utilizada como estacionamento de carros e veículos da empresa de transportes TUSSAM, atualmente está sendo objeto de estudo arqueológico. A principal função da Praça da Encarnação é ser um dos principais pontos de serviço de transportes públicos da cidade.

Antigo mercado da Praça da Encarnação.

La Encarnación del Siglo XXI (Fonte: ABC de Sevilla)

PROJETO:

Segundo as estratégias para ordenação do centro histórico desenvolvidas pela Gerência de Urbanismo de Sevilha o projeto faz parte de um novo modelo territorial urbano, com o argumento de estar a favor de uma autentica recuperação deste âmbito fundamental não em uma proteção defensiva do patrimônio histórico e sim apostando por um desenvolvimento de atuações que expõem a integração positiva e ativa de suas estruturas de maneira que se produza uma autêntica revitalização da zona histórica. Mayer considera a proteção e conservação do patrimônio e funcionaliza e define seu entorno de forma contemporânea, seguindo esses conceitos.

Nos projetos de Jürgen Mayer pode se observar a união entre arquitetura, comunicação e novas tecnologias, como novas ferramentas de trabalho proporcionadas pela revolução digital, gerando propostas com estruturas geométricas e superfícies inspiradas no orgânico.

O projeto é tido como um exemplo dessa revolução digital pela manipulação do digital como ferramenta de desenho por sua integração de todas as informações do espaço, e estabelecer uma comunicação visual e funcional entre elas. Essas camadas de informações presentes na Praça da Encarnação são um complexo de planos que vão desde o subsolo, onde se descobriram restos arqueológicos até a superfície onde atualmente se encontra localizado um mercado de tradição.

A grande inspiração para as estruturas dos Parasois foi uma referencia local segundo o arquiteto, as grandes figueiras milenares da Praça de Cristo de Burgos, situada perto da Praça da Encarnação, nas quais suas copas formam uma estrutura de cobertura que produzem uma sombra, um clima agradável e uma expressão. Mayer afirma de outras referências diretas, a iconografia natural e típica da cidade: as abóbodas da catedral, as pérgulas nos jardins, e as linhas das janelas andaluzas.

Uma idéia de constituir em um marco visual, com a função de unificar os diferentes níveis do espaço e o programa de uso da praça. Uma estrutura de cobertura metálica leve de trinta metros de atura com uma vegetação que tem a finalidade de oferecer uma sombra diurna e modelar a entrada de luz do por do sol, gerando um micro clima.

O Museu Arqueológico Antiquarium está localizado debaixo do mercado. O projeto propõe a ligação com o mercado por meio de uma borda periférica aberta e por janelas horizontais, permitindo que as atividades da praça sejam percebidas no museu. Desenvolverão duas passagens que atravessarão o mundo subterrâneo do museu com um acesso pelas escadas destacadas, que partem das quatro esquinas da praça. Este mundo subterrâneo estará bem iluminado oferecendo uma leitura compreensiva da evolução urbana. A passagem pública partindo do lado leste da praça forma um passeio suspenso em cima dos restos arqueológicos em uma profundidade de 4,50 metros.

As duas passagens se unem na zona norte e sul do sitio arqueológico formando duas zonas comerciais

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