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Cartona

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Por:   •  11/10/2013  •  4.001 Palavras (17 Páginas)  •  533 Visualizações

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A história da Cartona

A história da empresa Cartona Cartão Photo Nacional Ltda. se confunde com a própria

história da fotografia no Brasil.

Inventada na segunda metade do século 19, a pequena caixa de madeira, ca-

paz de registrar e reproduzir imagens, permitiu que o homem conquistasse um novo

passo rumo à eternidade, registrando de forma indelével e permanente tudo o que

parecia ser importante no mundo: retrato de pessoas, paisagens, monumentos, sítios

urbanos e acontecimentos, impondo uma nova visão de mundo, cujo conteúdo elevado

de informações precisas e realistas possibilitou uma democratização do saber.

Foi em 19 de agosto de 1839 que o físico Arago deu a conhecer oficialmente,

na Academia das Ciências, em Paris, a invenção da fotografia, creditada aos franceses

Nicéphore Niepce (1765-1844) e Louis Mande Daguerre (1781-1851). Vale destacar que

alguns anos antes, em 1832, o francês radicado no Brasil, Hércules Romuald Florence

| Central de Cases

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(1804-1879) descobriu, no interior de São Paulo, um processo de gravação através

da luz, que batizou de Photografie, mas que só foi oficialmente reconhecido 140 anos

depois, a partir da publicação do livro do jornalista e professor Boris Kossoy, “1833: a

Descoberta Isolada da Fotografia no Brasil”.

Independentemente das controvérsias sobre a verdadeira autoria da invenção

da máquina fotográfica, o fato é que ela foi oficialmente apresentada no Brasil em 1840,

no Rio de Janeiro. Nessa época, o Brasil, afastado geograficamente das grandes me-

trópoles europeias, que passavam por profundas revoluções culturais e intelectuais,

recebia as novidades de forma muito aberta, e a fotografia tornou-se moda num prazo

bem curto de tempo. A sociedade brasileira do período do Império tratou de usufruir a

nova técnica, passando a fotografar e registrar todas as imagens possíveis. Em espe-

cial, D Pedro II se interessou profundamente pela fotografia e tornou-se praticante e co-

lecionador da nova arte, em função do que, trouxe para o Brasil os melhores fotógrafos

da Europa, patrocinou grandes exposições, promovendo a arte fotográfica brasileira e

difundindo a nova técnica por todo o Brasil.

Os profissionais liberais da época, grandes comerciantes e outras pessoas de

uma situação financeira abastada, passaram a se dedicar à fotografia em suas horas

vagas. Para essa nova classe urbana em ascensão, carente de símbolos que a identi-

ficassem socialmente, a fotografia veio bem a calhar criando-lhe uma forte identidade

cultural.

O sucesso da fotografia no Brasil foi tão grande que, em menos de um século

depois, em outubro de 1920, a Kodak instalou seu primeiro escritório no Brasil.

Apenas sete anos após a fundação da Kodak no Brasil, em 1927, foi fundada

a empresa Cartona Cartão Photo Nacional Ltda. por João José Monegaglia, filho de

imigrantes italianos. No início, aproveitando a grande demanda gerada pela abertura da

Kodak e a facilitação do comércio de papéis fotográficos no Brasil, a empresa iniciou

a produção de capas de cartão para fotografias de formaturas e casamentos. Com o

decorrer do tempo e com a popularização da fotografia, as capas se transformaram em

álbuns fotográficos.

Os primeiros modelos eram conhecidos como álbuns de cantoneira, onde as

fotos eram fixadas com cantoneiras que permitiam a fixação de fotos de qualquer tama-

nho. A partir da década de 50, os fotógrafos profissionais, em grande maioria da colônia

japonesa, começaram a migrar para o varejo dando origem aos antigos “fotinhos”.

Percebendo o crescimento do mercado, em 1954 a Kodak iniciou a fabricação

nacional de papéis fotográficos preto-e-branco e em 1958, a Fujifilm chegou ao Brasil,

país escolhido para abrigar sua primeira filial fora do Japão. Com duas unidades fabris

instaladas – uma em Caçapava (SP) e outra em Manaus (AM) – a empresa aqueceu o

mercado de produtos fotográficos no Brasil e, com isso, houve um grande crescimento

da demanda por álbuns para amadores, o que fez com que a Cartona aproveitasse esse

momento iniciando um processo de expansão.

Durante a década de 70, a Cartona lançou no Brasil os Álbuns de Folhas Au-

tocolantes que apresentam o mesmo conceito dos álbuns de cantoneira – armazenar

fotos de qualquer tamanho em qualquer posição sem a necessidade de serem fixadas

com as cantoneiras, trazendo, portanto, uma inovação para os consumidores.

Ao final da década de 80 com o advento dos Minilabs, as máquinas de revela-

ção em 1 hora, criou-se um padrão de tamanho para as fotografias (10 x 15 cm) e, mais

uma vez, a Cartona saiu na frente e lançou os Álbuns de Encaixe (Pocket). Nesse

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