Cocaína

Introdução

Cocaína

A cocaína é um alcalóide extraído das folhas de uma planta encontrada

exclusivamente na América do Sul, a Erythroxylum coca. É um potente anestésico local e

potente estimulante do SNC, razão pela qual é utilizada como droga de abuso. A cocaína

pode chegar ao consumidor sob a forma de um sal, o cloridrato de cocaína, que é solúvel

em água e utilizado para ser aspirado ou dissolvido em água para uso intravenoso, ou sob a

forma de base, o crack, que é pouco solúvel em água, mas que é volatilizado quando

aquecido.

O abuso de cocaína e outras drogas continua sendo um dos grandes problemas de saúde pública, social, econômico e legal significativo. A auto-administração dessas drogas tem se constituído como uma forma das pessoas buscarem efeitos prazerosos, mas também está associada a grandes danos para a sociedade.

De acordo com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODOC), a cocaína é a segunda droga mais problemática em termos de violência relacionada com o narcotráfico. Estimativas sugerem que 440 t de cocaína pura foram consumidas no mundo em 2009, o que seria, de acordo com uma estimativa total de produção de 1.111 t, atacado convulsões ajustado pureza de 615 t, e as perdas globais de 55 t. O valor do mercado global de cocaína é estimado como 85 milhões de dólares. Embora o Brasil tenha uma taxa relativamente baixa, a prevalência é de 0,7% da população entre 15-64 anos por causa de sua grande população, nós temos o maior número de usuários de cocaína (900.000) na América do Sul. Além disso, O Brasil é considerado um dos países de distribuição secundários mais importantes do mercado cocaína e o país de trânsito mais proeminente para a Europa nas Américas. Nos últimos nos, as apreseenções de cocaína têm aumentado significativamente no Brasil, indo de 8 t em 2004 para 24 t em 2009 apenas apreendido pela PF, o que corresponde a 3% do total do mundo.

Já em um levantamento sobre o uso de drogas entre estudantes de 1º e 2º graus em 10 capitais brasileiras, realizados pelo CEBRID em 1997, observou-se aumento do uso na vida de cocaína em oito capitais e do uso freqüente em seis. As estatísticas indicam que 2% da amostra brasileira de estudantes já fez uso de cocaína em algum momento da vida e 0,8% faz uso freqüente desta droga. Estes dados não são muito grandes (várias vezes menor do que ocorre nos Estados Unidos) mas chega a preocupar. Em termos de crack, é difícil detectar sua presença numa população escolar visto que aqueles que começam a usar este tipo de droga perdem qualquer vínculo escolar, já que a dependência do! crack é muito severa. Mas a análise da população de meninos de rua em seis capitais brasileiras, em 1997, revelou que o crack mostra-se extremamente significativo em São Paulo, onde 47% dos entrevistados já fizeram uso pelo menos uma vez de tal substância.

Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo mostrar os artifícios utilizados pelos traficantes para transportar a cocaína e as análises químicas realizadas para desmascarar