Colonização Do Brasil -relatório

RELATÓRIO

Colonização no Brasil

O presente relatório tem como objetivo desfazer alguns mitos imbuídos na nossa cultura desfazendo preconceitos a respeito da formação do Brasil em relação aos povos autóctones que contribuíram para o desenvolvimento econômico e cultural desde o inicio da colonização no século XIV e suas lutas em busca dos seus direitos arrebatados por uma colonização imposta por interesses econômicos, fazendo com que esses povos perdessem suas identidades e suas culturas em nome dessa colonização,onde se tornaram escravos e foram dizimados.

Logo com a chegada dos Portugueses ao Brasil além da devastação do ambiente ainda escravizaram os povos que aqui se encontravam A escravidão foi adotada pelos colonos em larga escala, usando em larga escala terras da cultura canavieira e os “negros da terra” (os índios) para a produção comercial e de subsistência. Como a produção açucareira precisava de grande força de trabalho, um dos artifícios para conseguir essa mão-de-obra era a “guerra justa”, permitida contra índios inimigos, eles assim denominavam para justificar a matança e escravização. Entre 1540 e 1570, em São Vicente, no sul, e Pernambuco, no nordeste, foram instalados cerca de 30 engenhos movimentados por milhares de escravos indígenas. Nesse contexto, intensificaram-se as rebeliões e os massacres de indígenas.

Aos poucos foram dizimados milhares de índios tanto nas rebeliões como com doenças contraídas dos brancos que aqui aportaram,

Foi essa força de trabalho escrava que estabeleceu os engenhos no nordeste e sustentou as empresas que exploravam as drogas do sertão na Amazônia após o fim das relações de escambo das primeiras décadas do séc. XVI. Na história desse contato, as iniciativas de inúmeras lideranças indígenas em defesa dos interesses de seus povos foram registradas em documentos oficiais e relatos de cronistas, como a aliança Tupinambá

de Cunhambebe e Aimberê contra os Temiminó de Araribóia na guerra dos Tamoios (Almeida, 2003).

Com a ação missionária implementada pelos Jesuitas com a função de converter os povos ao cristianismo ,veio o combate, conquista e dominação dos “bárbaros infiéis” (Neves, 1978). O zelo missionário no ataque às religiões indígenas e aos seus representantes, os pajés, além da conversão dos “principais”, não se dava apenas através

da pregação do evangelho. Havia mecanismos compensatórios para os índios, como conquista de sesmarias, pagamentos de salários etc.

Paulatinamente, os militares portugueses, com o apoio dos jesuítas, retomaram a bacia do Solimões e rio Negro expulsando os jesuítas espanhóis capitaneados pelo missionário Samuel Fritz. A cada ano aconteciam descimentos e resgates, além de “guerras justas” contra os povos que se opunham à catequese.

Depois de várias revoltas com ajuda de alguns jesuítas opositores ao regime escravocrata , e depois da dizimação de várias aldeias indígenas pelos portugueses e a expansão do comércio os índios passaram a viver sob a tutela do estado,tendo sido criada legislações especificas de apoio aos indígenas que ainda hoje vivem em regime de escravidão pois não se libertaram ainda da tutela do estado. Com a Constituição Federal de 1988 rompeu-se a perspectiva integracionista estabelecida desde o SPI órgão criado para proteção dos territórios indígenas e que depois se tornou FUNAI , as terras indígenas seriam definidas desde então como aquelas que possibilitam a reprodução dos índios, isto é, aquelas “necessárias a sua preservação física e cultural, segundo seus

usos, costumes e tradições”.

Apesar de várias tentativas de inserção pelo governo federal desses povos na sociedade com a criação da educação