TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Conceituação Da Empresa Sobre Os Quatro Eixos De Análise Do Cenário Econômico

Trabalho Escolar: Conceituação Da Empresa Sobre Os Quatro Eixos De Análise Do Cenário Econômico. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  14/9/2014  •  4.316 Palavras (18 Páginas)  •  595 Visualizações

Página 1 de 18

ESTUDO DE CASO: MARISOL S.A.

Conceituação da Empresa sobre os Quatro Eixos de Análise do Cenário Econômico

Carin Lais H. Gaedke

Cheila K. Utech

Cláudia Vanessa da Silva

Cristian Braga Ferreira

Juliana Salvador

Orientador: Prof. ThiagoVizine da Cruz

Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI

Faculdade Metropolitana de Guaramirim - FAMEG

Pós-Graduação em Engenharia de Produção – EPR-30

29/05/14

Resumo

Tema de grande preocupação dos gestores, o futuro incerto e imprevisível prejudica a tomada de decisão. Será que essas decisões estratégicas escolhidas e decididas agora direcionam a empresa para o rumo desejado no futuro? Em um ambiente de constantes transformações econômicas e políticas e com o avanço tecnológico, as empresas devem ser ágeis para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que aparecem. Dentro desse contexto, surge a teoria de cenários econômicos, que procura auxiliar nessas decisões do administrador. Considerando a tendência na área têxtil cada vez mais crescente dos produtos asiáticos, com preços mais baixos que os brasileiros, este estudo busca analisar os quatro eixos de analises de mercado, fazendo uma aplicação na empresa a ser estudada, Marisol S.A. Depois de um estudo aprofundado desde que a empresa iniciou suas atividades a 50 anos atrás, conclui-se que a saída para se destacar nesse mercado competitivo foi passar de uma empresa apenas de produção e revenda para lojistas, para uma empresa com franquias, valorizando as marcas. Se destacando no mercado e nacional e internacional.

Palavras-chave: Introdução a economia, políticas macroeconômicas, estrutura de mercado e análise da concorrência e princípios da economia internacional.

SUMÁRIO

1. OBJETIVO 3

2. INTRODUÇÃO 3

3. A ECONOMIA COMO CIÊNCIA 3

4. POLÍTICAS MACROECONÔMICAS 4

5. ESTRUTURA DE MECADO E ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA 4

6. PRINCÍPIOS DA ECONOMIA INTERNACIONAL 6

7. ANÁLISE DOS CENÁRIOS ECONÔMICOS NA MARISOL S.A. 6

8. OS ELEMENTOS QUE INTERFERIRAM NOS ÚLTIMOS ANOS 7

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS 9

10. REFERÊNCIAS 10

1. OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo estudar a empresa Marisol S.A. aplicando aos conteúdos abordados na disciplina de análise de cenários em relação aos quatro eixos como: introdução a economia, políticas macroeconômicas, estruturas de mercado e análise da concorrência e os princípios da economia internacional, para tanto, será estruturado um projeto de forma abrangente visando demonstrar a importância da economia na área de gestão e os cenários em que a mesma esta inserida.

2. INTRODUÇÃO

Na visão de Kotler e Keller (2006), o estudo do cenário econômico de uma empresa é em síntese, um processo de análise de possíveis eventos futuros onde consideram-se as alternativas para possíveis resultados, ou seja, cenários. Sendo assim, a análise de cenários que é um dos principais métodos de projeção, busca desenvolver vários estudos de possíveis ambientes em relação ao meio em que determinada empresa está inserida com o intuito de projetar situações que poderão ocorrer e assim estruturar prováveis soluções. Vale ressaltar que esta análise não tenta mostrar uma imagem exata do futuro.

De acordo com Mendes (2002), é necessário que as empresas conheçam os seus mercados de forma que seja possível desenvolver estratégias que as mantenham vivas e possibilite o seu crescimento, analisando a demanda e a oferta dos seus produtos assim como, os fatores que a determinam capacitando a mesma de forma rápida em desenvolver adaptações e/ou alterações e assim criar melhores condições para seu crescimento. Diante disto é necessário entender a ciência da economia assim como as suas características para melhor entendimento sobre os assuntos a serem abordados.

3. A ECONOMIA COMO CIÊNCIA

Segundo Pinho e De Vasconcelos (2004), a economia é um campo de conhecimentos especializados cujo interesse é a análise e previsão das atividades sociais relacionadas à produção e distribuição de produtos e serviços. Um fator que exerce influência significativa nos estudos econômicos é a complexidade, isto é a interdependência entre os diferentes elementos que estruturam a sociedade: concepções culturais e políticas das pessoas, a divisão do trabalho, as ações governamentais, os mercados internacionais etc.

Em vista disto para Mendes (2007), conhecer a formação da economia moderna analisando suas origens é uma viagem que se inicia na antiguidade grega e se estende até os dias de hoje, passando pelas maiores escolas de pensamentos econômicos e pela discussão das múltiplas tendências do pensamento econômico atual. As noções de desenvolvimento econômico permitem conhecer a economia dos principais países em desenvolvimento, suas principais diferenças, características comuns e as conclusões possíveis após um processo concreto de discussões permite uma serie de fenômenos culturais que marcam nossa evolução.

Conforme a opinião de Kupfer e Hasenclever (2002), a visão geral dos mecanismos de governo analisa as funções econômicas do setor público, a estrutura tributária, o déficit público, suas formas de financiamentos e os princípios orçamentários, já a economia do meio ambiente aborda aspectos de poluição, bens comuns e recursos não renováveis. A economia regional e urbana enquadra a discussão atual sobre a localização das indústrias no território Brasileiro. Com o intuito de visualizar a economia de forma abrangente faz-se necessário conhecer a síntese das políticas macroeconômicas e as suas peculiaridades.

4. POLÍTICAS MACROECONOMICAS

Na visão de Sachs e Larrain (2000), as políticas econômicas têm como objetivo influenciar a economia como um todo, e é por isso que sua análise está no campo da macroeconomia. A incorporação dos novos resultados, métodos e teorias aos manuais de economia costumam dar-se de forma lenta e desta forma, a apresentação dos desenvolvimentos em macroeconomia aparece de forma clara e objetiva onde abrangem três características distintas:

1. Empregando quando possível a metodologia macroeconômica moderna que procura consistência nos fundamentos microeconômicos;

2. Enfatizando a importância dos fluxos internacionais de recursos, reais e financeiros na determinação dos valores dos variáveis macros na economia doméstica;

3. Oferecendo farta e atualizada evidencia empírica.

Devido à importância, para Pinho e De Vasconcelos (2004), a macroeconomia estuda as variáveis agregadas como o nível geral de preços, produto, emprego, taxas de salários, juros, quantidade de moedas, títulos e preço dos títulos e assim, gera-se o intuito de utilizar de forma eficiente todos os recursos disponíveis, ou seja, produzir em nível de pleno emprego desses recursos.

5. ESTRUTURA DE MERCADO E ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA

Para Kupfer e Hansenclever (2002), os princípios da microeconomia neoclássica mostram de que forma esses conceitos analíticos são tratados na visão tradicional, sendo assim, a análise estrutural dos mercados aborda o modelo estrutura-conduta-desempenho de forma que a interação estratégica tem como identidade o recurso à teoria de jogos como ferramenta analítica. Essa teoria é um conjunto de técnicas de análise de situações de interdependência estratégica, na medida em que uma das características das estruturas oligopolistas é que a decisão de cada organização tem conseqüências sobre as demais, ao mesmo tempo em que as decisões das demais determinam a forma de atuação da organização. No entanto, a grande empresa contemporânea tem como foco a análise institucional da empresa e introduz o conceito dos custos de transação, as estratégias empresariais apresentam a teoria da concorrência em contraste com a corrente tradicional. Políticas e regulação dos mercados tratam da política econômica sobre os princípios que devem nortear a intervenção do estado dos mercados e especifica da economia brasileira.

Segundo Paiva e Cunha (2008), a escolha do melhor nível de produção de uma empresa depende além da análise de sua situação de lucro, da estrutura de mercado em que ela está inserida. O objetivo desta parte é caracterizar as estruturas básicas de mercado como suporte de análise para o melhor posicionamento da empresa face ao mercado. A estrutura de mercado denominada concorrência perfeita é um modelo teórico desenvolvido por economistas para auxiliar análises mais complexas ou imperfeitas do funcionamento do mercado. O modelo pode ser aplicado em mercados que se aproximam desta estrutura como o de certos produtos agropecuários sendo assim, abaixo destaca-se as hipóteses do modelo de concorrência perfeita:

a) Grande número de compradores e vendedores de tal forma que nenhum deles tem poder individual de determinar preços. Sendo estes determinados pelo próprio mercado;

b) Os produtos são homogêneos, ou seja, são substitutos perfeitos entre si. Os compradores são indiferentes quanto à escolha da empresa que produz o produto que pretendem adquirir;

c) Transparência de mercado - existe perfeito conhecimento e informação sobre o mercado por parte dos compradores e vendedores quanto à qualidade, preços e concorrência. Logo, tanto compradores e vendedores não serão influenciados por especuladores, principalmente quanto ao preço dos produtos;

d) Livre mobilidade de empresas no mercado – Não há barreiras legais (patentes, direitos de propriedade, condições legais, etc.) e econômicas (capacidade de investimento, etc.) para entrada ou saída de empresas no mercado. Assim, uma empresa pode entrar ou sair do mercado dependendo da situação de lucro que ele propicia;

e) Maximização de lucro- Dada a concorrência perfeita do mercado as empresas têm que buscar na eficiência sua permanência no mercado. Portanto, há uma tendência das empresas buscarem minimizar os custos e equilibrar os lucros entre elas.

Conforme descreve Kupfer e Hasenclever (2002), o monopólio é uma estrutura de mercado em que há apenas um produtor de determinado bem ou serviço, podendo assim, influenciar o preço do produto no mercado. Hipóteses do monopólio:

a) Há apenas uma empresa produtora do produto;

b) Não há substitutos próximos para o produto;

c) Existência de obstáculos à entrada de outras empresas no setor (o setor é a própria empresa) como:

- economias de escala da empresa monopolista tornam seu preço imbatível.

- existência de patentes protegendo o monopolista de eventuais concorrentes.

- proteção por meio de leis governamentais.

- controle exclusivo do fornecimento de matérias-primas essenciais para a produção de um produto, ou seja, é a única fornecedora da matéria-prima.

Por estas e outras razões para Kupfer e Hasenclever (2002), o monopólio pode auferir lucros maiores que em outros mercados. A concorrência monopolística é a estrutura de mercado com características da concorrência perfeita e do monopólio onde estas apresentam-se da seguinte forma:

a) Grande número de empresas.

b) Não há barreiras para a entrada ou saída de empresas.

c) O produto é diferenciado (propaganda, qualidade, marca, atendimento, etc.).

d) Os produtos são substitutos próximos entre si;

e) As empresas têm certo grau de poder para determinar seu preço no mercado.

O oligopólio conforme Kupfer e Hasenclever (2002), é uma estrutura de mercado constituída por um pequeno grupo de empresas que detém o controle da oferta de determinado produto, o mesmo pode ser puro onde os produtos são homogêneos (substitutos perfeitos) como, por exemplo: indústria de cimento, alumínio, aço entre outros e diferenciado onde os produtos são diferenciados como, por exemplo: indústria automobilística, de cigarros, informática, etc.A sua característica fundamental é a existência da interdependência entre as empresas. Dado a importância de cada empresa no setor, as decisões de uma quanto a preços, qualidade, propaganda, etc., afeta o comportamento das demais. Uma forma bastante conhecida de organização oligopolista são os Cartéis, onde podem ser descritos como uma organização de produtores com o objetivo de maximizar os lucros em determinado setor. São baseados, principalmente em acordos quanto à determinação de preços.

Ainda faz-se necessário verificar o Monopsônio e o Oligopsônio onde de acordo com Kupfer e Hasenclever (2002), o primeiro é caracterizado pela existência de muitos vendedores e um único comprador. É comum no mercado de trabalho, de matérias-primas e no governo, e o segundo caracteriza-se pela existência de poucos compradores que dominam o mercado. É comum no mercado de indústrias alimentícias e seus fornecedores.

Conforme a base teórica sobre a estrutura de mercado e a concorrência analisada neste capítulo, verifica-se a importância de se obter conhecimento referente ao comportamento da economia internacional bem como suas características, de forma a obter fundamentação para discorrer sobre o assunto, em relação ao cenário que a empresa estudada está inserida.

6. PRINCÍPIOS DA ECONOMIA INTERNACIONAL

Segundo Maia (2011), a economia Internacional é o nome dado ao fenômeno que estrutura a cooperação entre países, num sistema de interdependência entre as várias áreas onde a Economia Mundial influencia a política, o comércio, a saúde, as populações, a sociedade e o meio ambiente, dentre outros fatores fundamental para o ser humano contemporâneo. Desse modo, tal assunto ultrapassa as fronteiras da Economia convencional, com suas tradicionais ligações com o Comércio e Finanças Internacionais. Didaticamente, é enquadrada como parte dos estudos de Política e Relações Internacionais. Seu principal objetivo será o estudo da estruturação das relações econômicas globais, enfatizando a importância do conceito de cooperação entre nações, surgido com a constituição do Estado Nacional Moderno e seus conflitos por definição de fronteiras, despertando assim, o fenômeno do interesse nas trocas comerciais.

De acordo com Mendes (2002), o processo de atuação dos países no sistema econômico internacional vincula-se às relações de compra e venda de mercadorias, não se tratando necessariamente de excedentes, onde põe-se a necessidade, para todas as nações, de obter divisas, garantindo desse modo os bens de primeira necessidade, indispensáveis ao abastecimento interno. Ao mesmo tempo, temos a indústria local buscando a venda de suas mercadorias.

Para Maia (2011), o comércio internacional tem como principais atores os indivíduos e empresas assim como os respectivos governos de diversas nações que fazem negócios entre si onde ambos são sujeitos a legislações diferentes devidos as políticas internas de cada país. A comercialização de produtos e/ou serviços entre as empresas brasileiras são feitas com a moeda do próprio país, ou seja, neste caso o real, para negociações entre países faz-se necessário a conversão cambial onde geralmente é feita pela empresa que está adquirindo o produto e/ou serviço (comprador) à empresa fabricante ou prestadora de serviço (vendedora). A economia internacional engloba o comércio internacional e mais um conjunto de atividades tais como, exportações e importações, prestação de serviços, transferências unilaterais e movimento de capitais.

Desta forma, ao buscar subsídio teórico sobre os quatro eixos de análise do cenário econômico conforme apresentado acima e demais informações sobre a empresa mencionada, abaixo segue de forma resumida o estudo desenvolvido.

7. ANÁLISE DOS CENÁRIOS ECONÔMICOS NA MARISOL S.A.

Fundada em 1964 a empresa Marisol S.A. inicialmente chamada Belmiro Lonta & Cia Ltda. tinha como ramo de produção chapéus de praia em fibra natural e sintética. Após alguns anos passou a produzir malha e tricô, mudando seu nome para Marisol SA, inspirada em Mar e Sol. O desenvolvimento foi acontecendo no passar dos anos, a empresa aumentou seu parque fabril, abriu filiais e em 1991 lançou a marca feminina infantil Lilica Ripilica, voltada para a inovação, autenticidade e delicadeza. Após dois anos observando seu público e mercado, lançou a marca Tigor T. Tigre, onde estilo, atitude despojada e esportiva se destacam. A primeira megastore foi inaugurada em Jaraguá do Sul, hoje denominada Outlet Marisol. Em 1999, inaugurou mais uma filial em Pacatuba, região metropolitana de Fortaleza. (Site da Marisol S.A.)

Com o objetivo de ter em sua marca diversificação, adquiriu as empresas de calçados Frasul e Babysul, de Novo Hamburgo, o que levou à criação da Marisol - RS. Com isto, aumentou seus negócios também fabricando meias. Em abril de 2006, a empresa fez parceria com a Rosa Chá Studio, marca de luxo de moda praia. A Marisol passou a deter o controle majoritário da empresa. Em março de 2008, Giuliano Donini foi o escolhido para a sucessão do cargo depois de um processo sucessório que durou cinco anos. Este assumiu o comando com a missão de transformar a Marisol na maior gestora de marcas do país, tentando deixar a dependência da competitividade de custos, especialmente com relação à concorrência chinesa.Também em 2008 a Marisol começou a investir em um novo segmento de negócios, o da puericultura, oferecendo enxovais, móveis e acessórios para bebês, moda infantil e artigos de puericultura em geral.No final de 2009 foram lançadas as lojas Pakalolo. Onde a buscou-se a modernidade do estilo jovem e autêntico, com elementos orgânicos e urbanos. (Site da Marisol S.A.)

Hoje a Marisol S.A. é uma das grandes empresas de destaque no setor do vestuário brasileiro. Possui atualmente três unidades industriais nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Ceará. A empresa se renova constantemente, sempre valorizando as pessoas, em busca de um crescimento com marcas fortes e relevantes. Com conhecimento de mercado presente no DNA, as a empresa faz de seus negócios um grande canal de distribuição. (Site da Marisol S.A.)

No ano de 2013 foi marcado para e empresa Marisol SA por ter ocorrido várias implantações, desde a substituição do sistema operacional à modificação da planta industrial de determinadas unidades onde tornou a Marisol como uma das maiores empresas nacional do vestuário podendo competir mundialmente. A meta da empresa em 2013 era crescer 19%. A empresa tem foco no mercado nacional, porém a exportação responde hoje por 0,7% do faturamento Como citado anteriormente, a mesma vem buscando padrão mundial, para isto, montou uma matriz de sourcing, ou seja, cada unidade se especializou em um segmento, com isto otimizou a competitividade e reduziu o custo total e estoques obsoletos.(Site da Marisol S.A.)

Mais uma estratégia para aperfeiçoar a competitividade e ter mais lucratividade foi comercializar parte da produção de malha, ou seja, é fabricado malha e vendida para terceiros, com a mão de obra especializada e capacidade operacional onde este segmentou trouxe a Marisol uma grande rentabilidade. A empresa possui quatro canais de distribuição para atender os consumidores do país e exterior com maior agilidade. Desta forma, o público que prefere comodidade e disponibilidade de produtos no ambiente virtual, a empresa mantém um canal exclusivo para compra pela internet onde, também comercializa os produtos de suas marcas por meio dos sites de clientes parceiros. (DONINI ET AL, 2014)

A Marisol investe altamente em divulgação dos seus produtos para chegar a toda classe de consumidor. Isto só é possível, pois é uma empresa com versatilidade. A antecipação das tendências de moda para os clientes e consumidores dos produtos das marcas Marisol, Mineral, Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre faz com que a empresa ser destaque no mercado. Todas as transformações realizadas na empresa, fez com que esta tornasse uma empresa com padrão de competitividade mundial e esta alcançasse um desempenho no mercado superior à média do PIB brasileiro de 2,3%. Em 2013 a receita cresceu 23% em relação a 2012. (DONINI ET AL, 2014)

Em consideração aos elementos econômicos observados acima em relação à empresa Marisol S.A., no próximo tópico, leva-se em consideração os quatro eixos de análise do cenário econômico e as ações da gestão estratégica desta conceituada organização com o intuito de estudar quais os caminhos traçados em meio às constantes mudanças.

8. OS ELEMENTOS QUE INTERFERIRAM NOS ÚLTIMOS ANOS

Não bastando somente à concorrência interna como também a externa impulsionada pelos produtos fabricados na China, onde a mesma consegue colocar uma camisa de algodão em qualquer parte do mundo por US$ 1,00 em quanto às melhores empresas do Brasil não conseguem colocar no mercado interno por US$ 1,30. Este fato é devido à utilização de teares circulares e retilíneos que possibilitam a facilidade de fabricação, menor necessidade de investimento e assim, menores custos de produção onde com a crescente aceitação do tecido de malha no mundo teve a sua produção deslocada para os países asiáticos e que poucas regiões fora deste continente conseguem ser competitivos. (ROMERO ET AL, 2014)

Nos últimos anos devido aos percentuais de dissídios coletivos e a dificuldade de se encontrar qualificação profissional ocasionou-se o aumento dos custos fixos que refletiram no custo dos produtos e assim, empresas do ramo investiram na automação dos seus processos que, aliados com o incentivo do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) através de financiamento da modernização dos parques fabris resultaram em maior competitividade e na redução da mão-de-obra direta. (DA COSTA E DA ROCHA, 2014)

Desde 2011, Dilma Rousseff e sua equipe econômica declararam que o Brasil iria adotar uma "Nova Matriz Econômica” na realidade se baseava em: política fiscal expansionista, juros baixos, crédito subsidiado, câmbio desvalorizado e aumento das tarifas de importação para "estimular" a indústria nacional, que já era um plano antigo. O efeito com mais relevância foi o fato de que a inflação de preços chegou a níveis não vividos desde 2003. O governo nada fez contra isso, como ainda seguiu com a idéia de que "mais inflação gera mais crescimento", o que fez com que ele passasse a ser corretamente acusado de leniência para com a inflação. (PORTAL MERCADO ABERTO, 2014)

Observa-se que no primeiro pilar econômico, a Macroeconomia da empresa Marisol S/A, investiu grande parte de seu capital na compra de marcas, com intuito de agregar mais valor aos produtos, porém com grande parte de população com altos níveis de endividamento e com a facilidade criada para os demais países de importação, como no caso do têxtil foram os países Asiáticos que causaram grande impacto econômico na empresa, que resultou no fechamento de suas filiais. Outro fator que também não foi favorável foi a brecada por parte do governo na liberação de recursos aos empresários. (PORTAL MERCADO ABERTO, 2014)

Avalia-se que a estrutura de mercado concebida pela empresa em relação à capacidade e possibilidade de operar foi equivocada, fazendo com que a empresa reavaliasse e tomasse uma série de decisões e ações como: vendas e encerramentos de algumas marcas, preços mais homogêneos, fechamento de filiais com redução de custos com a terceirização de mão-de-obra e uma série de questões tomadas internamente, estas ações foram à base que lhe deu condições de estar novamente com poder de mercado interno. Porém tem sofrido com a invasão de importados, principalmente da China, tem prejudicado e muito a indústria têxtil e confecção no Brasil, que está perdendo mercado para esses produtos. Ainda que houvesse um aumento de 3,4% nas vendas do segmento de vestuários em 2012, houve uma queda de 4,5% na produção têxtil no país e 10,5% na de confecções. (PORTAL MERCADO ABERTO, 2014)

A diferença entre o aumento das vendas e a diminuição na produção foi preenchida por produtos importados. Segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecções (Abit), as importações no setor em 2011 foram de 6,17 bilhões de dólares. Em 2012, o valor subiu para 6,59 bilhões de dólares. (PORTAL MERCADO ABERTO, 2014)

A perspectiva é preocupante, uma vez que o setor é o segundo maior empregador da indústria de transformação no país. Em 2011 o Ministério da Fazenda decidiu criar um grupo de trabalho para estudar a adoção de medidas de incentivo ao setor têxtil, mas até onde se sabe não se teve resultados e mercado nacional gradativamente vai sendo devorado pelo mercado internacional. O déficit na balança comercial de têxteis e confecções eram de 235 milhões de dólares em 2006. Em 2012, ele fechou em 5,3 bilhões de dólares, tem-se um aumento de 1.800%. (PORTAL MERCADO ABERTO, 2014)

Identifica-se que a indústria têxtil atua entre duas forças com grande poder de influência nas negociações, de um lado um mercado altamente disputado, abastecidos de produtos com ciclo de vida muito pequeno, alguns de apenas dois meses e do outro um conjunto de fornecedores que exerce pressão não menos elevada. Assim como em qualquer produto é fundamental o abastecimento de matérias primas e de insumos para a produção. Pode-se afirmar que para sobreviver na economia devido às questões circunstanciais da microeconomia, a indústria têxtil dependerá de sua capacidade de inovação para desenvolver processos mais avançados, flexíveis e mais eficientes e ter sua estrutura voltada para evoluções de negócios que seja constante atendendo as necessidades de seus consumidores. (PORTAL MERCADO ABERTO, 2014)

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise abrange todo o universo de relações econômicas, incluindo desde informações empresariais (custo, produtividade, orçamentos, processos, etc.) até os agregados macroeconômicos (renda, consumo, gasto público, exportações, importações, balanço de pagamentos, endividamento, dentre outros). Com base nestas informações buscou-se analisar o panorama da empresa Marisol S.A. em relação ao cenário que a mesma transitou até os dias atuais e quais as ações tomadas para contornar as mais variadas condições que influenciam direta e indiretamente em seus negócios.

Os dois grandes objetivos integrados na análise econômica são a de facilitar e/ou organizar a compreensão dos movimentos conjunturais e estruturais da economia e reunir informações e conhecimentos para a tomada de decisões estratégicas, nas áreas públicas e privada, voltadas à avaliação do desempenho de políticas e à intervenção na trajetória das principais variáveis. De acordo com os elementos que interferiram nos últimos anos do cenário político econômico brasileiro e mundial, utilizou-se estes dados e demais previsões para auxiliar o mapeamento das tendências deste em que a organização esta inserida e assim, possibilitando amenizar e/ou anular turbulências como o mercado chinês e a nova matriz econômica, e também, visualizar quais ações devem ser tomadas para agregar valor aos negócios da organização como a compra de marcas e a venda de parte de sua produção de malha a terceiros, ou seja, devido a sua constante análise, possibilita traçar estratégias de forma ágil contornando as intempéries contínuas do mercado globalizado.

Conforme verificado neste estudo, para a realização da análise do cenário econômico faz-se necessário estar atento aos dados, as informações e os indicadores que, em inúmeros casos, se superpõe, dificultando sua rotulagem conceitual.

Ainda assim, é possível entendê-los como sendo matéria-prima para prover as informações (dados); dados processados (informações); e informações sinalizadoras e/ou explicativas do comportamento de determinado fenômeno econômico (indicadores). O êxito da análise econômica requer a conciliação entre amplo aprendizado e domínio da teoria econômica e acesso sistemático e contínuo às bases de dados e informações.

10. REFERÊNCIAS

DA COSTA, Ana C.; DA ORCHA, Érico R. Panorama da Cadeia Produtiva Têxtil e de Confecções e a Questão da Inovação. Disponível em: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/bnset/Set2905.pdf . Acessado em 20 de maio de 2014.

DONINI, Giuliano; BORRINELI, Salezia; CASAS, Gilberto L.; VIEIRA, Milene C.Marisol - Relatório Anual 2013. Disponível em: www.marisolsa.com.br/relacao_investidores/Relatorio_Marisol_2013.pdf. Acessado em 17 de maio de 2014.

KOTLER, Philip; KELLER, Kevin Lane. Administração de Marketing – A Bíblia do Marketing. 12.ed. São Paulo; Pearson Prentice Hall, 2006.

KUPFER, David; HASENCLEVER, Lia. ECONOMIA INDUSTRIAL – Fundamentos Teóricos e Práticas no Brasil. Brasília: Campus, 2002.

MAIA, Jaime M. Economia Internacional e Comércio Exterior. 14 ed. São Paulo; Atlas, 2011.

MENDES, Carlos M. Economia. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração, 2007.

MENDES, Judas T. Economia Empresarial. Curitiba: FAE Business School, 2002.

PAIVA, Carlos A.; CUNHA, André M. Noções de Economia. Brasília: Fundação Alexandre de Gusmão, 2008.

PINHO, Diva B.; DE VASCONCELOS, Marco A. Manual de Economia. São Paulo: 2 ed. Saraiva, 2004.

Portal Mercado Aberto, ABIT discute influenciada China no setor têxtil brasileiro: Disponível em: http://www.portalmercadoaberto.com.br/noticias-det?noticia=6108, Acessado em 17de maio de 2014.

ROMERO, Luiz L.; VIEIRA, Jaime O.; MARTINS, Renato F.; MEDEIROS, Luis A. Malharias. Disponível em: http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/relato/malha.pdf .Acessado em 19 de maio de 2014.

SACHS, J.; LARRAIN, B.Macroeconomia. São Paulo: Makron Books. 2000.

Site Marisol S.A. Disponível em: http://www.marisolsa.com.br , Acessado em 17de maio de 2014.

...

Baixar como  txt (29.9 Kb)  
Continuar por mais 17 páginas »