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Contextualização E Contexto

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Por:   •  14/9/2014  •  1.017 Palavras (5 Páginas)  •  161 Visualizações

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• Contextualização e contexto:

Antes de qualquer coisa, é necessário conhecermos o que significa a palavra contexto e como surgiu. Segundo o dicionário online de português contexto é: “a relação de dependência entre as situações que estão ligadas a um fato ou circunstância. Ex: O contexto social da ditadura. O que compõe o texto na sua totalidade; a reunião dos elementos do texto que estão relacionados com uma palavra ou frase e contribuem para a modificação ou esclarecimento de seus significados.”

Bronislaw Kasper Malinowski, antropólogo polaca, um dos fundadores da antropologia social e da escola de funcionalistas. Bronislaw foi uma figura que argumentou em defesa do contexto de uso. Esse contexto é um método com utilização de questionários, utilizado para captura de informações sobre qual o contexto em que um serviço ou sistema está/estará inserido. Pode ser utilizado durante a fase de definição dos requerimentos ou na parte da avaliação da usabilidade.

Malinowski precisou de um outro contexto para absorver aspectos culturais que estivessem envolvidos, o contexto cultural. Este diz respeito a todos os fatores culturais ou históricos envolvidos em um determinado episódio.

Existem ainda outros tipos de contexto, como o social, político, esportivo, educacional e histórico. A identificação é fundamental para que possamos entender o porquê de algumas situações ocorrerem, a importância disso e etc.

Existem modelos que servem para analisar o contexto durante a análise de uma implantação. Para discutir sobre isso se faz necessário apresentar 5 modelos que podem-se analisar o contexto durante a análise de implantação de um projeto.

O primeiro modelo é o racional, é uma percepção tradicional da mudança planejada em uma organização. Ênfase no controle e hierarquia. Ele é frequentemente utilizado como ideal a ser atingido na gestão de intervenções, mesmo que só leve em conta parcialmente os fatores explicativos da implantação.

Contexto favorável desse modelo depende de quatro fatores: processo de planejamento de qualidade, exercício de um controle hierárquico suficiente sobre os indivíduos responsáveis em implantar a intervenção (Harrison, 1985; Kirkpatrick, 1986), de um grau de coerência elevado entre as expectivas dos gestionários em posição de autoridade e os comportamentos esperados pela introdução da intervenção (Elmore, 1978); de uma comunicação adequada dos planos aos agentes de implantação e de uma elevada conformidade entre seus comportamentos e as diretrizes que são emitidas (Harrison, 1985).

Pode sofrer influência do contexto segundo o efeito e o grau de implantação. Ex: O conteúdo da intervenção é transmitida de maneira clara e correta aos agentes de implantação? (Influência na implantação); Os agentes de implantação adotam comportamentos necessários para o alcance dos objetivos da implantação? (Influência no efeito).

O segundo modelo é o de desenvolvimento organizacional, segundo este modelo o sucesso depende da capacidade da organização de gerar consenso em torno dos objetivos que querem alcançar. É um modelo muito mais normativo que analítico, visando muito à adaptação, o consenso e a participação.

O contexto favorável à implantação se caracteriza pela presença de um estilo participativo de gestão, de uma descentralização dos processos de decisão nos programas de enriquecimento das tarefas e de mecanismos que favorecem uma boa comunicação na organização (Fullan, 1972; Berman, 1980; Geis , 1985; Herman-Taylor, 1985; Goodma n & Kurke, 1982)

Este modelo também pode sofrer influência do contexto segundo o efeito e o grau de implantação. Ex: Há consenso entre os agentes de implantação sobre os diferentes componentes da intervenção? (Influência na implantação); Há consenso entre os agentes de implantação sobre os objetivos visados pela intervenção? (Influência no efeito).

O terceiro modelo é o psicológico, defende que existe uma relação entre as crenças, atitudes, comportamentos e intervenções. De acordo com esse modelo, os indivíduos aceitam a intervenção em um primeiro momento, porém criam resistência a ela depois. A capacidade da organização conseguir implantar uma intervenção está relacionada a modificações nas dinâmicas do funcionamento da organização e das emoções dessa ação organizacional.

O contexto favorável à implantação de um a intervenção e à sua eficácia dependerá essencialmente de três fatores, ou seja: a ausência de um intervalo entre os modos habituais de ação dos indivíduos e as exigências da intervenção; a implantação de um processo de troca entre os membros envolvidos na organização sobre as dificuldades encontradas na implantação da intervenção; e a instauração de mecanismos de reforço das novas normas buscadas para a intervenção . (Staw, 1982; Argyris 1985a, 1985b; Argyris, Putnam & McLain-Smith, 1985; Norman, 1985).

Este modelo, assim como os outros também pode sofrer influência do contexto segundo o efeito e o grau de implantação. Ex: Há resistência por parte dos indivíduos ou dos grupos à implantação das Intervenções? (Influência na implantação); O comportamento dos indivíduos ou dos grupos na organização é favorável ao alcance dos objetivos da intervenção? (Influência no efeito).

O quarto modelo é o estrutural, são essencialmente analíticos, porém apresentam resultados mais abstratos. O contexto favorável desse modelo é representado por uma série de características: características do ambiente, contexto organizacional e atributos dos gestionários.

Sofre influência do contexto segundo efeito e grau de implantação. Ex: As características dos gestionários, do ambiente e da organização favorecem a implantação da intervenção? (Influência na implantação); As características dos gestionários, do ambiente e da organização favorecem o alcance dos objetivos visados pela intervenção? (Influência no efeito)

O último modelo é o político, a adoção e a implantação de intervenções são consideradas com o jogos de poder organizacional, cujo resultado constitui um ajuste às pressões internas e externas (Harrison, 1985; Wilson, 1966; Elmore, 1978; Majone & Wildavsky, 1978; Hansenfeld, 1980; Dye r & Page, 1987).

Este modelo está vinculado a atores, conflitos, poder e estratégia. O contexto favorável depende de três fatores: de um auxílio dados pelos agentes à intervenção, do exercício para aumento do controle na organização e de coerência entre os motivos e o suporte que eles prestam a intervenção, gerando o objetivo.

Este último modelo também pode ser influenciado pelo contexto segundo o efeito e o grau da implantação. Ex: As relações entre atores são modificadas pela Implantação da Intervenção? (Influência na implantação); Em que as estratégias dos atores favorecem ou se opõem ao alcance dos objetivos visados pela Intervenção? (Influência do efeito).

- Nota: Exemplos retirados do texto de referência fornecido para disciplina (Análise da implantação - Jean-Louis Denis e François Champagne).

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