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Cooperativismo, Economia Solidaria

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Por:   •  17/9/2014  •  2.872 Palavras (12 Páginas)  •  542 Visualizações

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EM PAULO FREIRE COMO CHAVE PARA A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

Josiane Borges da Silva 1

Carla Barcelos 2

Lidiane Tavares Corrêa 3

Resumo: A proposta do presente artigo tem por finalidade apresentar o cooperativismo como

alternativa de enfrentamento das desigualdades sociais causadas pelo sistema capitalista,

partindo do pressuposto que a educação é base para toda mudança, buscando ressaltar a

importância da educação popular de Paulo Freire no processo cooperativista.

Palavras-Chaves: Cooperativismo, Educação, Capitalismo, Trabalho

O presente artigo tem por objetivo apresentar o cooperativismo como uma alternativa

de enfrentamento da sociedade civil organizada na luta para garantir a sobrevivência de suas

famílias frente à excludente estrutura societária em que vivemos.

Atualmente contemplamos características especificas de uma longa onda de recessiva

do sistema capitalista, no qual o estado minimizado em suas funções frente ao mercado não

consegue proporcionar a todos os cidadãos o bem estar e qualidade de vida necessária para a

subsistência com o mínimo de dignidade. Por último, pretende-se enfatizar a importância da

educação, sendo base do cooperativismo e para a construção de um espírito e uma altura

cooperativista e daí poder pensar uma sociedade sustentável.

1 Acadêmica do curso de Serviço Social da Universidade Católica de Pelotas/ RS. Rua Félix da

Cunha, 412, CEP 96010-000, E-mail: joaneborges@yahoo.com.br

2 Acadêmica do curso de Serviço Social da Universidade Católica de Pelotas/ RS. Rua Félix da

Cunha, 412, CEP 96010-000. Email: carlagraziela8121@yahoo.com.br

3 Acadêmica do curso de Serviço Social da Universidade Católica de Pelotas/ RS. Rua Félix da

Cunha, 412, CEP 96010-000. E-mail: lidisvp@yahoo.com.br

Cenário atual

Estamos diante de uma conjuntura societária cada vez mais complexa, vivemos no

século XXI, em tempos neoliberais, na chamada sociedade pós-moderna, que é resultado de

várias mudanças paradigmáticas nos hábitos sociais, culturais e políticos da sociedade,

ocasionadas pelos avanços científicos e tecnológicos ocorrido nesse período. (ANTUNES,

2005; BEHRING; BOSCHETTI, 2006). Assim, Neto (2007:235) analisa: “o mundo em que

vivemos na entrada do século XXI, é muito diferente daquele que desponta na segunda

metade do século XX [...], do ponto de vista sociológico a impressão que e tem é que

experimentamos um novo mundo”.

Tem-se hoje uma realidade em que, as relações são cada vez mais individualizadas,

constrói-se a cada instante uma sociedade sem referências, os tradicionais valores éticos

norteadores da conduta humana foram superados por parâmetros mais liberais, como sugerem

os ideários neoliberais.

O mundo do trabalho nesse período transitou do paradigma industrial de produção em

massa, Fordista/Taylorista, para o de Produção flexível, Toytismo, que significou uma

enorme transformação no processo de correlação de forças na estrutura societária

(ANTUNES, 2005). Esse processo e suas conseqüências podem ser constatados também pela

citação abaixo:

As medidas implementadas, contudo, tiveram efeitos destrutivos para as condições

de vida da classe trabalhadora, pois provocaram aumento do desemprego, destruição

dos postos de trabalho não-qualificados, redução dos salários devido ao aumento da

mão-de-obra e redução de gastos com políticas sociais, portanto, [...] As

desigualdades sociais resultantes do aumento do desemprego foram agudizados [...]

(Bering e Bochetti, 2006: 127-129).

Analisando este contexto, podemos concluir que, esta política produziu no campo

social, um elevado número de desempregos e assim, a fragilização dos trabalhadores.

Conseqüentemente, o aumento das desigualdades sociais e da pobreza, pois, uma pequena

minoria dominante concentra a riqueza e os meios de produção, enquanto a outra parcela da

população não detém nem mesmo o mínimo para garantir sua subsistência com dignidade.

Mongin refere que:

Tais medidas agravam as desigualdades sociais e a concentração da riqueza

socialmente produzida: os 20% mais ricos do mundo ficam com mais de 80% do

PIB mundial, enquanto o número de pobres cresce ao ritmo do crescimento da

população_ 2% ao ano; atualmente, 1 bilhão e meio de seres humanos vivem com

rendimentos suficientes apenas para sobreviver. (Mongin apud Bering e Bochetti,

2006, p.132).

Iamamoto, também analisa o contexto das transformações da sociedade neoliberal, e

inclusive, a minimização do Estado e expõe que o neoliberalismo manifesta-se:

[...] na naturalização do ordenamento capitalista e das desigualdades sociais a ele

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