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Cultura Caju- Fruticultura

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Por:   •  9/1/2015  •  4.413 Palavras (18 Páginas)  •  341 Visualizações

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Introdução:

Segundo estudiosos a origem brasileira do cajueiro é um fato; o litoral nordestino é tido como centro de origem e dispersão do cajueiro comum, e Amazônia do cajueiro precoce. A planta está difundida pela América do Sul, América Central, África, Ásia; a partir de 1985 destacaram-se a Índia, Brasil, Moçambique, Tanzânia e Quênia como principais produtores de castanhas no mundo.

O cajueiro (Anacardium occidentale L.) pertence ao gênero Anacardium da família Anacardiaceae, sendo a única espécie do gênero cultivada comercialmente. Diversas outras espécies foram descritas, sendo possível, no entanto, a existência de espécies ainda desconhecidas, como também uma superposição entre as conhecidas, necessitando, portanto, demais estudos na área de sistemática para melhor classificação taxonômica do gênero. A quase totalidade das espécies encontra-se no Planalto Central e na Amazônia, tanto nos cerrados como na mata (floresta). Sendo uma das principais plantas frutíferas tropicais, pois na comercialização de seus principais produtos estão envolvidos um grande número de atividades, movimentando considerável volume de recursos.

Somente o mercado de amêndoas, seu principal produto, movimenta anualmente 500 milhões de dólares. Além da amêndoa o cajueiro produz outros produtos com grande procura no mercado, tais como, o líquido da casca da castanha, do qual se extraem resinas fenólicas e pós de fricção para a indústria automobilística; o suco, polpa, doces, entre outros derivados. O Brasil é o segundo produtor mundial de castanha de cajú, com cerca de 126.425 toneladas e 1.011.400 toneladas de pedúnculo em 2001 (IBGE, 2002).

1.1 Clima

As principais regiões produtoras de caju no mundo apresentam clima caracterizado por ser tropical quente e úmido, com chuvas de novembro a abril e seca, ou pouca intensidade pluviométrica, nos demais meses, segundo classificação de KOEPPEN. Pode-se considerar como regime pluviométrico mais adequado para a exploração racional do cajueiro a faixa entre 800 a 1.600 mm anuais, distribuídos de cinco a sete meses, apesar de a planta tolerar valores situados tanto abaixo como acima deste intervalo. A diferenciação floral ocorre, quase sempre, no final da estação chuvosa e o florescimento e frutificação se processam durante os meses secos. Em regiões com precipitações intensas e distribuídas durante todo o ano, a frutificação fica muito comprometida pela ocorrência de pragas e doenças e pela queda de flores e frutos jovens. O produtor deve evitar as regiões onde as chuvas não cheguem aos 600 mm. Também são inapropriadas as terras em que as chuvas sejam superiores a 3.000 mm por ano e onde não existe uma estação seca bem definida. Nestes dois casos, a exploração da área somente poderá ser feita, mesmo com restrições, se existirem cajueiros com bom comportamento, indicando boa adaptabilidade na região. A faixa de umidade relativa do ar mais apropriada para a cultura situa-se entre 70% e 80%. Em regiões de grande concentração de plantios, valores superiores a 80%, notadamente no período de florescimento, são bastante prejudiciais às plantas por favorecerem às doenças fúngicas, especialmente a antracnose. Devem ser evitados locais com umidade relativa do ar abaixo de 40%, principalmente no período de florescimento e frutificação, em razão das perdas por secamento e queda de flores e frutos jovens.

Por ser o cajueiro uma planta de clima tropical, exige para seu desenvolvimento regime de altas temperaturas, sendo a média de 27 0 C a mais apropriada para o cultivo. Suporta, no entanto, temperaturas médias mais elevadas (33°a 35°C), sendo porém sensível a períodos prolongados sob temperaturas abaixo de 22°C, uma vez que as plantas jovens são prejudicadas pelo frio. As adultas, apesar de suportarem melhor as temperaturas baixas, têm a produção afetada quando estas ocorrem no período defloração/frutificação.

Deve-se evitar o cultivo em regiões com ventos demasiadamente fortes,pois provocam a queda de flores e jovens, assim como o tombamento de plantas novas. Neste caso, é aconselhável o emprego de quebra-ventos, além da manutenção constante de cobertura da terra, ou seja, redução das gradagens para o controle do mato. De modo geral, as regiões onde registram-se ventos freqüentes, com velocidade superior a 7m/seg, não são apropriadas para o cultivo racional do cajueiro.

1.2 - Cultivares:

O cajueiro comum, que é o mais difundido, possui porte elevado, com altura que varia de 8 m a 15 m e envergadura da copa que chega a atingir 20 m. Apresenta grande variação na distribuição dos ramos e no formato da copa, que vai desde ereta e compacta até espraiada (Barros, 1988). A capacidade produtiva individual do cajueiro comum é muito variável, com plantas que produzem menos de 1 kg até cerca de 180 kg de castanha por safra. Apresenta grande variabilidade no peso do fruto, que vai de 3 g a 33 g, com peso do pedúnculo variando de 20g a 500g. A idade mínima de estabilização da produção das plantas é superior a 8 anos, sendo normal também ocorrer entre 12 e 14 anos. Em todos os plantios efetuados a partir de sementes, foi utilizado esse tipo varietal.

O cajueiro tipo anão precoce, também conhecido por cajueiro de seis meses, caracteriza-se pelo porte baixo, altura abaixo de 4 m, copa homogênea com variação no tamanho de 5,0m a 6,5m, diâmetro do caule e envergadura bem inferiores ao do tipo comum e inicia o florescimento aos 6-18 meses. O peso do fruto nas populações naturais varia de 3g a 19g e o do pedúnculo de 20g a 160g, o que significa dizer que são características com menor variabilidade em relação ao tipo comum. A capacidade produtiva individual também é menor, até o momento com a máxima produção registrada de 43 kg de castanhas/safra/planta (Barros, 1988).

Apesar de classificado como A. occidentale V. nanum, o cajueiro-anão-precoce, também conhecido por cajueiro-precoce e cajueiro-de-seis-meses, parece ser um ecótipo ou forma botânica do cajueiro-comum

1.2 Propagação

A propagação do cajueiro quando é feita por meio de castanhas (via sexuada) obtém-se plantas denominadas de "pé-franco". A propagação pode, também, ser feita por meio de plantas enxertadas (via assexuada) que são denominadas de "clones".

O conhecimento existente faz com que não se recomende a utilização de mudas de pé-franco (plantio direto da semente) na formação de pomares

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