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Cultura Do Coco

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Por:   •  3/9/2013  •  2.488 Palavras (10 Páginas)  •  469 Visualizações

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Aspectos Gerais:

Originário do sudeste da Ásia o coqueiro foi introduzido no Brasil através da Bahia (daí côco-da-Baia) donde disseminou-se pelo litoral nordestino que é responsável por 90% da produção nacional; Bahia, Sergipe, Rio Grande do Norte, são os maiores produtores. Na Bahia as regiões econômicas Litoral Norte, Extremo Sul da Bahia, Região Metropolitana de Salvador são as maiores fornecedoras de coco.

O Brasil, participando com menos de 15% na produção mundial, não satisfaz às suas necessidades; a produtividade é baixíssima - 25 cocos pé/ano - (material cultivado, manejo inadequado). Os continentes Ásia e Oceania são responsáveis por 90% da produção mundial (Filipinas, Indonésia, Índia, Papua, Nova Guiné).

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Botânica/Descrição da Planta/ Variedades:

O coqueiro é uma planta monocotiledonea, da família Palmae, conhecido como Cocus nucífera, L.

Planta arbórea, altura em torno de 25m. (coqueiro gigante) copa densa e elegante. Raiz fasciculada (vai a 1,8m. para lados e até 0,6m. para baixo), caule indiviso chamado estipe ou espique, com tufo de folhas (30-35) bem verdes na extremidade. Folha constituída de pecíolo curto e por vários pseudo - folíolos, com 6m. de comprimento e 1-2 anos de vida; inflorescencia axilar em forma cacho com flores femininas globosas. A planta é monóica (órgãos masculinos e femininos na mesma planta). Fruto é drupa com casca (epiderme) lisa, camada fibrosa (mesocarpo) e parte dura (endocarpo). Na sua parte interna encontra-se a amêndoa e a "água-de-coco". O fruto também é conhecido como noz-semente, semente. As variedades de coqueiro são: gigante - também chamado de típico, é predominante, tem grande altura, polinização cruzada, fruto verde, cocos destinados à industrialização; anão - representado por tipos com frutos verdes, vermelhos e amarelos, tem autofecundação e frutos destinados ao consumo da água-de-coco e híbrido - proveniente do cruzamento natural ou artificial gigante x anão, não tem informações conclusivas sobre seu material.

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Importância / Uso do coqueiro:

Cultivado em mais de 80 países tropicais o coqueiro oferece mais de 360 modalidades diferentes de aproveitamento com 200 deles constituindo-se em alimentos (água-de-coco, coco ralado, leite de coco, doce, sorvete, outros). População, indústrias e fabricas são atendidas pelas modalidades. Dentre os usos do coqueiro destacam-se segundo o órgão: raízes: fabricação de balaios; caule: lenho de indivíduos idosos para marcenaria e ornamentação, esteios, pisos de pontes, jangada mourões, palmito (broto terminal comestível); folha: como forragem (folhas novas), matéria para balaios, esteiras, peneiras, chapéus; fruto: fibras para cordas, tapetes, escovas, amêndoa para copra, para alimentos, para sabões, óleos, farinhas, leite de coco e água de coco. Em alguns países bebe-se a seiva da inflorescencia (toddy).

O coco gigante seco é adquirido por intermediários para consumo como coco seco para culinária ou para indústrias; o coco verde (anão) é levado para consumo in natura. Cidades grandes e de porte médio da Bahia (Feira de Santana, Juazeiro, Itabuna, Vitória da Conquista) e agroindústrias (Sergipe, Alagoas, outras) de transformação (grande mercado) são destino do produto.

O albumen do coco, tem seguinte composição: água (46%), substâncias albuminoides (5,41%), óleos (35,9%), substâncias azotadas (8,06%), celulose (2,9%), cinzas (0,97%).

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Clima:

O coqueiro é típico de regiões quentes, úmidas e ensolaradas; a água é o fator mais importante para o coqueiro e depois temperatura e radiação solar.

Chuvas: precipitação média anual superior a 1.600mm. ( ótimo entre 1.700 e 2.200mm.) com mínimo de 130 mm./mensais (ótimo em 150mm.). Em locais com chuvas abaixo de 1.000mm./ano lançar mão da irrigação.

Temperatura: o coqueiro requer temperatura média anual acima de 22ºC. Ótimo em 27-28ºC; temperatura elevada com baixa umidade é condição danosa para a planta.

Luminosidade: a radiação solar ou insolação acima de 2.000 horas/ano é ideal para o coqueiro; 1.800 horas/ano já é nível critico.

Umidade relativa do ar: o coqueiro exige saturação do ar igual ou superior a 80% sem ultrapassar 90% as mínimas mensais não devem cair abaixo de 60%.

Ventos: se excessivos podem tombar a planta; além de influenciar na evapo-transpiração o vento desempenha papel importante na polinização do coqueiro.

Obs: em relação a altitude a planta encontra seus limites (comercialmente) aos 600 metros.

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Solos:

O coqueiro exige solos profundos (profundidade efetiva entre 1 e 2m.), é tolerante a solos arenosos, argilosos e silico-argilosos, requer solos bem drenados, com lençol freático entre 1 a 4m. de profundidade, com fertilidade média a alta, ricos em matéria orgânica, potássio, fósforo, cálcio e magnésio e com pH entre 6,0 e 6,5.

A planta é tolerante, ligeiramente, à presença de sais solúveis e de sódio no solo.

Os terrenos para coqueirais devem ser planos a ligeiramente ondulados (até 3%).

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Produção de mudas:

Planta matriz: fornece a noz semente. Deve ser vigorosa, ereta, com copa verde intenso, idade entre 15 e 30 anos, com bom número de folhas e sem pragas. A semente deve ter 11 a 12 meses de idade, pesada, arredondada, casca sem indícios de pragas, deve descansar de 10 a 21 dias após colhida.

Germinador: canteiro com 15cm. profundidade, 1 a 2m. de largura por comprimento variável (irrigação). As nozes devem receber entalhe na protuberância mais alta do lado que se prende à infloescencia; entalhadas as nozes são colocadas lado a lado, com entalhe para cima e para a mesma direção. Cada m2 de canteiro recebe 22 a 24 nozes. A irrigação deve proporcionar 6 a 7mm./dia ( 6 a 7l/m2 /dia).

Viveiro:

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