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Curriculo Escolar

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Por:   •  24/9/2013  •  1.480 Palavras (6 Páginas)  •  2.871 Visualizações

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INTRODUÇÃO

“O que se entende por currículo” verá que esta não é uma discussão simples, pois devido à diversidade de argumentos e crenças existentes sobre currículo, a tarefa de defini-lo torna-se algo bastante complexo e que necessita de uma historização.

Mas as leituras irão direcionar para o entendimento que ao falarmos sobre currículo estamos falando sobre um olhar concreto que se deve direcionar ao processo de aquisição de conhecimento e aprendizagem, ou seja, falar sobre currículo é falar sobre projetos educacionais e perspectivas de ensino-aprendizagem e formação social construídas num contexto determinado. Assim, entender o que é currículo é compreender as práticas pedagógicas que resultam das interações e confluências de várias estruturas (políticas, administrativas, econômicas, culturais, sociais e escolares) na base das quais existem interesses concretos e responsabilidades compartilhadas.

Outro dado importante na discussão apresentada por Pacheco (2005) é entendermos qual a definição que a palavra currículo ganhou ao ser dicionarizado pela primeira vez no ano de 1663 (currículo: sentido de um curso/ um curso regular de estudos) e como, ao longo da história, a palavra incorpora novas definições.

Qual a origem da palavra currículo?

Do ponto de vista etimológico, por sua vez, o termo currículo vem da palavra latina “Scurrere” que corresponde a correr, e refere-se a curso, à carreira, a um percurso que deve ser realizado.

Na teoria do currículo, assim como ocorre na teoria social mais geral, a teoria pós-crítica deve se combinar com a teoria crítica para nos ajudar a compreender os processos pelos quais, através de relações de poder e controle, nos tornamos aquilo que somos. Nesse sentido, considerando as teorias críticas, é incorreto afirmar que o currículo é centrado na eficiência e no controle.

A palavra que define politicamente a realidade atual é globalização. Diante do novo rearranjo nas estruturas de poder mundial, os desafios colocados para a educação, e em especial, para o campo do currículo, são consideráveis. Nesse sentido, a Nova Ordem Mundial se caracteriza por uma sofisticação tecnológica e fundamentos éticos na perspectiva de aprofundamento democrático.

Em 1918, Bobbitt escreveu o livro The curriculum, suas propostas eram claramente conservadoras entre elas propunham que a escola funcionasse mediante o mesmo processo presente em empresas comerciais ou industriais, acreditava também que o sistema educacional deveria ser capaz de especificar precisamente que resultados queria obter e que a educação deveria funcionar de acordo com os princípios da administração científica proposto por Taylor. Com isso acreditava que o sistema educacional deveria estabelecer de forma precisa seus objetivos. Deveria ser tão eficiente quanto qualquer outra empresa econômica, com isso ele está inserido nas teorias tradicionais.

Já Tomaz Tadeu da Silva (2000) coloca que a emergência do currículo como campo de estudos está estreitamente ligada a processos, tais como a diferenciação da especulação e da medida científica na literatura especializada européia e a formação de disciplinas e departamentos universitários sobre currículo.

O termo curriculum, afirma Silva, no sentido que hoje lhe é atribuído, só passou a ser utilizado em países europeus como a França e Portugal, muito recentemente, sob a influência da literatura educacional americana. Ainda afirma que depois das teorias críticas e pós-críticas não podemos mais olhar para o currículo com a mesma inocência de antes , pois ele passou a ter significados que vão muito além daqueles presentes nas teorias tradicionais. Nesse sentido é correto afirmar que o currículo é lugar, espaço, território, texto, discurso e documento. Ou seja, currículo é relação de poder.

Silva em seus estudos sobre a teoria do currículo ao abordar a questão do currículo oculto o caracteriza como tudo aquilo que sem fazer parte do currículo explicito estabelece atitudes, comportamentos, valores e orientações. Segundo Silva, no livro Documentos de identidade: Uma introdução às teorias do currículo, o termo curriculum, no sentido que hoje damos, só passou a ser utilizado em países europeus por influência: da literatura científica alemã, o currículo oculto é constituído por todos aqueles aspectos do ambiente escolar que apesar de não comporem o currículo oficial explícito contribuem de forma implícita para aprendizagens sociais relevantes. Nesse sentido, podemos ainda afirmar que as análises mais recentes mostram que o currículo oculto transmite valores de identidade como ( por exemplo) se deve agir sendo homem ou mulher, heterossexual ou homossexual e etc. e que pode-se considerar que o que se apreende no currículo oculto são fundamentalmente atitudes, comportamentos e valores.

O autor estabelece uma relação entre o que denomina de o crescente processo industrial e o surgimento das teorias de currículo. Diante desse processo, pode-se considerar as teorias de currículo procuram estabelecer as finalidades da escolarização dos trabalhadores da indústria e que a indústria cria um campo de liberdade na escolha e seleção dos conteúdos curriculares.

Ainda coloca que na teoria dos currículos a tendência tecnicista da educação impõe objetivos bem explícitos, bem como valores que devem ser alcançados. Nesse sentido podemos afirmar que essa tendência está associada a uma visão: fundamentalmente tradicional.

Silva observa que tanto os modelos mais tecnocráticos como os de Bobbitt e Tyler, quanto os modelos mais progressistas de currículo, como o de Dewey, que emergiram no início do século XX, nos estados Unidos, constituía de certa forma, uma reação ao currículo clássico humanista. E propõe a divisão das teorias curriculares em três grandes áreas:

• Teorias tradicionais: ensino, aprendizagem, avaliação, metodologia, didática, organização, planejamento, eficiência, objetivos

• Teorias críticas: ideologia, reprodução cultural e social, poder, classe social, capitalismo, relações sociais de produção, conscientização, emancipação e libertação, currículo oculto, resistência;

• Teorias pós-críticas: identidade, alteridade, diferença, subjetividade, significação e discurso, saber-poder, representação, cultura, gênero, raça,

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