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Currículo Oculto

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Por:   •  19/2/2015  •  826 Palavras (4 Páginas)  •  1.205 Visualizações

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CURRÍCULO OCULTO

O currículo foca no ensinamento de saberes fundamentais para atender a sociedade e o professor precisa criar estratégias que permitam a aquisição desses saberes pelos alunos. Nesse momento, o Coordenador Pedagógico ampara seu corpo docente, orientando-o, motivando-o e, coletivamente, buscando ações que facilitem a assimilação do conhecimento.

O currículo é um planejamento que apresenta conteúdos específicos que atendem a um determinado ano escolar, respeitando o tipo de clientela que pertence a comunidade escolar. Dessa forma, podemos dizer que ele é flexível, podendo passar por modificações diante do cotidiano escolar – problemas, dificuldades e evolução. Através do currículo é possível definir o que ensinar, em que período do ano letivo, como e quando avaliar.

No entanto, além do currículo formal, temos um currículo implícito que aborda as relações sociais dentro da escola. O que Giroux (1986) chama de “currículo oculto” consiste em interligar normas, crenças e transmiti-los aos alunos através de regras que estão submissas a rotina e as relações sociais na escola e na vida da sala de aula.

Segundo Silva, Moreira e Grando (1996):

O primeiro emprego da expressão ‘currículo oculto’ é atribuído a Philip Jackson, um educador americano que dela fez uso em seu livro Life in Classrrooms (...). Entretanto, a origem da noção de currículo oculto é anterior. John Dewey, por exemplo, já que em 1938, em seu livro Experience and Education, referia-se a uma ‘aprendizagem cultural’ de atitudes que ocorre de modo simultâneo ao currículo escolar explícito...

Todos os indivíduos possuem valores intrínsecos influenciados pelo meio em que vivem – meio familiar, tecnológico, social, mídia e o escolar. Cabe à família e à escola, definir esses valores que vão levar para vida toda. Caso não receba valores e os interiorize, o indivíduo não consegue de adequar às regras e normas extrínsecas. Preparar o aluno para viver em sociedade é torná-lo autossuficiente, forte. É pertinente aos educadores estimular o desenvolvimento desses valores em todos os momentos oportunos.

De acordo com Apple, o currículo oculto “são normas e valores transmitidos de forma implícitas, porém efetiva, e que aparecem como fins e objetivos”

Apple mostra que são formações que não estão no currículo escolar, mas são relevantes, pois trata de rotinas e relações interpessoais que tem repercussões diretas a sociedade, a qual o aluno está inserido. São os responsáveis pela formação do cidadão, no se trata de valores e boa convivência social e inserção na sociedade.

O coordenador pedagógico deve estar atento, ter a observação como uma importante arma, e frequentemente estabelecer diálogo com seu grupo de trabalho, criando espaços para discussões, assim, possibilitará que haja formação crítica e contextualizada. Cabe, ao coordenador, auxiliar - criando, revendo, modificando estratégias pedagógicas voltadas para este fim. Faz parte do papel do coordenador pedagógico administrar o currículo oculto da melhor maneira possível.

O currículo oculto permite que haja uma relação interpessoal baseada no diálogo entre professores e alunos, que consequentemente interferirá no comportamento com os colegas, com os próprios professores e funcionários e no espaço coletivo.

Coletivamente, tem-se elaborado e avaliado a eficiência do currículo escolar, abordando conteúdos que devem ser ensinados e aprendidos. Atualmente, se tem dado grande importância, muitas vezes, através de projetos, a formação do cidadão. Há preocupação não só com o conhecimento de conteúdos, mas em construir valores contextualizados e práticos na sociedade. A escola funciona como administrador de socialização do corpo discente dentro do espaço escolar, dessa forma, não se pode negar a existência de um currículo formal e explícito e um currículo informal e implícito.

O objetivo, com relação aos alunos, na escola, é aprender conhecimentos conteudistas e dominar esse conhecimento. Cabe à escola usar instrumentos que permita que a real aprendizagem aconteça. Que possam de domínio desse conhecimento desenvolver-se pessoal e coletivamente. Esse conhecimento deve ser usado para o bem comum da escola e para sobreviver o mundo externo e competir com outros.

O currículo oculto vai mais além do que condutas sociais:

“a própria forma como a instituição escolar e o ensino propriamente dito estão estruturados veicula certas mensagens que constituem, em seu conjunto, uma espécie de currículo paralelo, ‘não-oficial’, mas, igualmente, ou até mesmo mais eficaz na ‘transmissão’ de certos ‘conteúdos’. E esses ‘conteúdos’, ainda que não sejam normalmente considerados como tais,integram, juntamente com os conteúdos ‘normais’ das disciplinas, a totalidade da mensagem pedagógica”. (SILVA, MOREIRA E GRANDO, 1996)

A escola é responsável por transmitir saberes e assegurar que esse saber seja adquirido, contudo, todas as práticas escolares devem objetivar preparar o aluno para viver em sociedade. A escola deve reconhecer as diferenças culturais e promover situações que essas diferenças sejam contextualizadas na atual história do país. Relacionar os processos socioculturais com o ensino-aprendizagem permitirá um dinamismo e com bons resultados.

A associação de conteúdos com a cultura em que o aluno está inserido e vive, é outro fator importante, respeitando e garantindo o pleno desenvolvimento humano. Pensar em currículo, principalmente, o oculto, é pensar na diversidade cultural existente e como trabalhar com essa diversidade de forma que possa preparar o corpo discente para viver numa sociedade com tratamento igualitário.

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