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Dança Na Escola: Uma Visão Possível Na Educação Física

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Por:   •  6/7/2013  •  926 Palavras (4 Páginas)  •  761 Visualizações

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Dança na escola: uma visão

possível na Educação Física

Ao analisar a vida de qualquer civilização desde as mais remotas até os dias atuais, verificam-se como expressões culturais, atividades como: jogos, desportos e dança. Para manifestar suas emoções e exteriorizá-las, o homem recorreu ao movimento, ao gesto, que de acordo com BRASIL, (1998, p.73) “é por meio da dança que o homem pode conhecer as qualidades do movimento expressivo com leve/pesado, forte/fraco, rápido/lento, fluido/interrompido. Podem perceber sua intensidade, duração/direção e analisá-lo a partir desses referenciais”.

A dança e a sociedade estão sempre unidas. Não há como falar da dança sem percorrer a grandeza de sua trajetória ao longo dos anos, nem deixar de falar do homem, da sua corporeidade e necessidades. Essa compreensão do movimento através da dança pode estar associada ao universo pedagógico da Educação Física, pois a dança além de atividade física é, de acordo com Ferrari (2003, p.1), “indispensável para que o indivíduo entenda o que e porquê fazer o movimento, pois o movimento expressivo antes de tudo deve ser consciente”.

A dança habita o sensível, contém a potencialidade de todos os sentidos, entrelaçando-os. Assim como as artes de um modo geral , a dança embeleza o viver colorindo o nosso existir ao possibilitar uma apreensão sensível da realidade, que transfigura esse real.

Buscar uma prática pedagógica através da dança mais coerente consiste em possibilitar ao indivíduo expressar-se criativamente, sem exclusões, tornando esta linguagem corporal transformadora e não reprodutora. A dança então pode ser uma ferramenta preciosa para o indivíduo lidar com suas necessidades, desejos, expectativas e também servir como instrumento para o seu desenvolvimento individual e social.

2. O ensino da dança na escola.

No Brasil e no mundo a dança vem ganhando cada vez mais espaço pelos benefícios comprovados que vão desde a melhora da auto-estima, passando pelo combate ao estresse, depressão, até o enriquecimento das relações interpessoais. É importante, contudo, que a prática da dança com objetivos educacionais tenha início na escola, como pode se verificar em STEINHILBER, 2000 : "Uma criança que participa tem um melhor desenvolvimento afetivo, social e cognitivo.

Os conteúdos trabalhados na dança podem ser: os aspectos e estruturas do aprendizado do movimento (aspectos da coreologia, educação através do ritmo e técnica), disciplinas que se associam a dança (história, estética, apreciação e crítica, sociologia, antropologia, música, assim como saberes de anatomia, fisiologia e cinesiologia) e possibilidades de vivenciar a dança em si (repertório, improvisação e composição coreográfica).

Percebe-se que o campo de abrangência destes conteúdos é rico e diversificado, porém não deve ser entendido como algo pronto e acabado, numa visão tradicional, mas sim auxiliar e acrescentar ao processo de ensino-aprendizagem aspectos diretamente relacionados ao corpo, “à dança, à pluralidade cultural levando a uma (re)leitura de um mundo totalmente voltado para nossa realidade histórica e cultural”. ( BRASIL, 1998)

Acima de tudo a escola deve estar sensível aos valores e vivências corporais que o indivíduo traz consigo permitindo desta forma que conteúdos trabalhados, se tornem mais, significativa e atrativa aos alunos. Desta forma a educação através da dança possibilita a formação de cidadãos com uma visão mais crítica autônoma e participativa desta sociedade em que vivemos.

3- A dança no contexto da educação física.

A importância e o significado da Educação Física implica em reflexões sobre seus paradigmas, pois se vive numa sociedade dinâmica e entende-se que essa área deve contemplar múltiplos conhecimentos produzidos e usufruídos por esta sociedade, a respeito do corpo.

Esta visão só vem oferecer uma opção a mais ao profissional de Educação Física, auxiliando-o na construção de um currículo diversificado ao alcance de seus de seus objetivos. Isto só vem mostrar quão rica de oportunidades é a área da educação física.

Entretanto para que a proposta curricular tenha o efeito desejado pelo professor, enriquecendo sua prática e servindo como instrumento transformador, é necessário que este não aceite propostas já pré-determinadas sem antes "questioná-la, discuti-la, compreendê-la, modificando-a e adaptando-a sempre que necessário" (BARBOSA, 2001).

O fato é, que compreender o corpo através da dança como possibilidade de estabelecer múltiplas relações com outras áreas do conhecimento analisando, discutindo, refletindo e contextualizando seu papel na contemporaneidade, passa a ser condição para quem trabalha com seres humanos, principalmente para quem trabalha com educação, em que multiplicidade de corpos estão presentes na sala de aula.

4- Considerações finais

No transcorrer destas reflexões falou-se em dança e a escola, dança na escola, dança com a Educação Física enveredando-se para os caminhos da educação. A dança, referendada pelos autores supracitados na disciplina de Educação Física favorece a possibilidade de se elaborar um currículo que não se restrinja ao ensino do desporto abrindo espaço para se trabalhar a dança em suas diferentes abordagens, além de favorecer também o profissional de Educação Física que terá um aporte teórico cada vez mas fundamentado para a sua formação.

Neste contexto, o profissional de Educação Física liberta-se do estereótipo de que seu único espaço de atuação são as quadras de esporte, identificando-se cada vez como educador.

Estas discussões apontam para o compromisso que se deve ter enquanto educador, assumindo uma atitude consciente na busca de uma prática pedagógica mais coerente com a realidade, em que a dança leva o indivíduo a desenvolver sua capacidade criativa numa descoberta pessoal de suas habilidades, contribuindo de maneira decisiva para a formação de cidadãos críticos autônomos e conscientes de seus atos visando uma transformação social.

Espera-se que essas observações levem as conexões, novas idéias, discussões, sobretudo do aprofundamento da dança, contemplando também a atuação enquanto professor visando cada vez mais autonomia profissional, na busca de uma formação acadêmica mais coerente com a realidade do processo educativo e social.

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