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Desenvolvimento Pessoal

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Por:   •  11/6/2014  •  1.993 Palavras (8 Páginas)  •  369 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

SERVIÇO SOCIAL – 3º SEMESTRE

DISCIPLINA: PSICOLOGIA SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL I

TUTOR PRESENCIAL: EDNALVA REZENDE GOMES

TUTOR A DISTANCIA: HELENROSE A da S PEDROSO COELHO

ATIVIDADES DE PRÁTICAS INTEGRADAS – ATPS

ADRIELE DESIRRE SILVA SOUZA - RA: 407950

ALINE ARAUJO – RA: 409961

ANDRESSA DE OLIVEIRA ASSIS - RA: 409963

DANIELA LATA FELICIANO - RA: 427102

ROSANA TALMELLI - RA: 414692

VERA LUCE DE ASSIS - RA: 419781

CASSILÂNDIA – MS

25 DE ABRIL 2014

HUMILHAÇÃO SOCIAL – UM PROBLEMA POLÍTICO EM PSICOLOGIA

A Psicologia Social, não considera o indivíduo isoladamente, mas sim, em convivência com outros indivíduos, em sociedade. Assim ao tratarmos de determinados problemas, não devemos considerá-lo sobre um único ponto de vista. Mas considerarmos a investigação por ambos os lados, do homem como indivíduo e da sociedade.

Devemos entender que a humilhação social é mais notadamente pelas camadas mais pobres da sociedade, constantemente expostos às mensagens de inferioridade social, encontra-se em determinações econômicas e inconscientes, em uma modalidade de angustia disparada pelo enigma da desigualdade de classes, tratando-se de um fenômeno ao mesmo tempo psicológico e político, ou seja, a humilhação social está relacionada com as desigualdades sociais.

A realidade da sociedade de classes, atravessada pela desigualdade política, esta envolvida em um circulo de mensagens enigmáticas e traumáticas desde a infância. As crianças pobres freqüentemente se chocam, por exemplo, quando seus pais passam por humilhações sociais, entrar pelos fundos em seu local de serviço, por ser faxineira, ou ser humilhado por um superior e manter-se calado e inferior.

O homem tem a facilidade de receber regras impostas pela sociedade e que o expõe em humilhação social.

Os indivíduos mais vulneráveis sofrem freqüentemente o impacto dos maus tratos. Psicologicamente, sofrem continuamente o impacto de uma mensagem que geralmente diz: “vocês são inferiores”. Esta mensagem é profundamente grave, pois o individuo sempre estará a espera de recebê-la.

A Invisibilidade atinge principalmente os trabalhadores de baixa renda e de pouca escolaridade, sendo assim considerados sem importância, ou melhor, invisíveis.

Considerando que são esses mesmos que prestam os serviços de maior importância para a sociedade e as pessoas fingem que não vê humilhando cada vez mais sem pelo menos falar um bom dia, essa cegueira é proveniente das classes sociais.

O grupo aponta como contexto e palavra chave da tese de Fernando Costa Braga, a Invisibilidade Pública, o próprio autor da tese, se passou por um “gari” para observar as principais atitudes vistas tanto do lado de fora, ou seja, como as outras pessoas de todas as classes sociais os vêem, e de dentro vivendo esta situação, o que sentem por estar ali simplesmente varrendo as ruas e calçadas e recolhendo o que muitos não querem recolher.

Mas afinal, o que é Invisibilidade Pública, de certo modo esta invisibilidade que é citada no texto refere-se principalmente á como estes seres humanos atrás destes uniformes são tratados, no texto dois garis entrevistados são Nilce e Moisés, trabalham na região da USP, São Paulo, onde várias pessoas passam por eles ao longo do dia, caminham ao lado, corpo a corpo, desviam-se, mais de algum modo é como se eles não estivessem ali, como se fossem um poste, um obstáculo a ser passado, ocorre à percepção mais é como se não estivessem ali, isto reprime, rebaixa e entristecem estes pobres trabalhadores que estão ali para nos atender e tornar o ambiente onde estejamos melhores.

De certa forma este tipo de situação os reprime de tal modo, a ponto de evitar alguns lugares, nos momentos de grande fluxo de pessoas em que trabalham, por exemplo: perto de refeitórios, locais com grande aglomeração, a fim de evitar o olhar com desprezo, diferença ou até mesmo nem um olhar ou se quer um bom dia ou boa tarde, onde declaram que este tipo de situação acaba com o seu dia e sentem-se totalmente humilhados.

Segundo o autor este fato, porém não ocorre somente nos dias de hoje, pode estar ligado à cultura do país, onde nos séculos XIX e XX, no país existia a escravidão principalmente na época da colonização e posteriormente os imigrantes muitas vezes refugiados da guerra vinham para o Brasil, mas ao chegarem ao país eram tratados como escravos e trabalhavam por míseros vinténs.

E este cenário de antigamente, claro dadas às devidas proporções, criou uma cultura no país onde estes trabalhadores, não somente os garis, mais os coletores de lixo, auxiliares de limpeza, pedreiros entre outras profissões tão dignas quanto a qualquer outra sejam vistas com certo preconceito ou até mesmo imperceptíveis no decorrer do dia-a-dia.

O autor cita que quanto maior for a invisibilidade automatizada, mais o indivíduo que sofreu esta cegueira psicossocial se sente humilhado. A invisibilidade pública esta diretamente relacionada a pessoas menos assalariadas, minorias, e especialmente a aquelas que realizam trabalhos que ninguém deseja fazer ou simplesmente ignora o que estão fazendo, tratando-se de uma violência simbólica e material que oprime e rebaixa os pobres e as classes menos favorecidas. Não existe um diálogo normal entre estas pessoas e as que se julgam superiores, tudo é diferente, mundos diferentes, costumes diferentes.

O próprio autor sentiu na pele, tudo o que estes trabalhadores passaram no seu dia-a-dia conviveu com eles, freqüentou seus lares, embora no começo sempre houvesse o confronto de gari com o estudante de USP rico, no final ele já se considerava um deles, as conversas batiam, pensamentos se encontravam, passaram a chamá-lo de forma pessoal, acreditamos que o próprio autor sentiu um desprendimento de tudo o que vivia antes, um deslocamento de classe social, onde proporcionou ter esta vivência com classes mais populares e enxergar de maneira límpida como estes indivíduos realmente vivem.

Entenda o impasse entre garis em greve e Prefeitura

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