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Dificuldade De Aprendizagem

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Por:   •  28/1/2014  •  3.890 Palavras (16 Páginas)  •  380 Visualizações

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UM ESTUDO DE CASO: - A INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA COM UMA CRIANÇA EM FASE DE ALFABETIZAÇÃO.

RESUMO

Estudo realizado com intuito de buscar conhecimentos no campo da dificuldade de aprendizagem da escrita e leitura, por meio de um estudo de caso com uma criança nessas condições. Foram realizados encontros e estudos para uma melhor compreensão desse processo, buscando desenvolver meios para diminuição do problema, efetuando intervenções pedagógicas com aplicações de atividades que estimulassem a criança no processo de aprendizagem da leitura e escrita, proporcionando reflexões e práticas relacionadas à comunicação das linguagens ao seu redor, utilizando palavras do cotidiano e do universo da criança, onde ela obtém uma presença ativa em relação à linguagem e escrita observando a forma com que os adultos em seu redor as utilizam, auxiliando na apreensão do conhecimento. Foram realizadas também entrevistas com a família e a professora da criança para um melhor acompanhamento e avaliação do caso em questão com o objetivo de proporcionar reflexões e práticas em um estudo gradativo do caso mencionado sendo possíveis intervenções e considerações.

Palavras- Chave: Intervenção; dificuldade; entrevista; estudo de caso; aprendizagem.

INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende demonstrar um caso real sobre a dificuldade que uma criança apresenta em sua fase de alfabetização e busca soluções a partir do estudo de caso. Espera-se que a criança em fase de alfabetização tenha um desenvolvimento produtivo de leitura e escrita, dessa forma, os estímulos e desafios propostos devem conduzir a um aprendizado concreto e apropriação de alguns conhecimentos, tais como compreender que as palavras são escritas com símbolos (letras) e que há variação na sua ordem, associação e oralização com as sílabas, além de perceber que as vogais estão presentes em todas as sílabas. Quando isto não ocorre, se faz necessário buscar meios para sanar estas dificuldades.

É importante que o professor conheça os meios possíveis para que faça uma boa intervenção para cada caso em particular ter o seu resultado esperado. Ele não deve ser um observador passivo, precisa intervir, participar, verificar como está acontecendo o progresso do aluno. O professor deve ser responsável pela aprendizagem, que seja significativa e que tenha sentido na vida das crianças, mostrando o caminho e não entregar tudo na mão. “O que procuro é como a criança teoriza sobre a escrita, porque quero contribuir para criar a ciência da escrita, e esta ciência também será em parte uma reconstrução das teorizações que a ‘humanidade fez sobre a escrita’.” (Emília Ferreiro).

Este trabalho configurou-se em um estudo de caso que segundo Severino (2012) é uma pesquisa que se concentra no estudo de um caso particular, os dados devem ser coletados e registrados com o necessário rigor e seguindo todos os procedimentos da pesquisa de campo. Devem ser trabalhados, mediante análise rigorosa e, apresentados em relatórios qualificados.

Através deste estudo buscamos conhecer as dificuldades que uma criança tem em relação à aprendizagem e compreensão da escrita e quais os meios que podem ser aplicados para ajudá-la neste processo. Foram feitos estudos através de encontros com a criança, houveram aplicações de intervenções pedagógicas para avaliar e acompanhar o seu desenvolvimento, por meio de atividades que a estimularam no aprendizado da escrita, acompanhado de entrevistas: familiar e do professor.

O estudo de caso foi realizado em dez encontros com a criança, onde foram abordadas suas dificuldades e conhecimentos prévios. Foram feitas intervenções através de atividades pedagógicas, observação e avaliação do seu desenvolvimento.

Esta pesquisa foi realizada com o intuito de buscar um conhecimento maior no campo da dificuldade de aprendizagem da escrita e para o desenvolvimento de práticas que auxiliem na melhoria deste processo com o objetivo de proporcionar reflexões e práticas relacionadas à comunicação onde a criança tenha uma maior participação na sociedade e possa ter um melhor entendimento nas linguagens ao seu redor.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Ferreiro e Teberosky (2002) desenvolveram teses sobre as hipóteses do pensamento de uma criança quando se fala na língua escrita que são amplia-das conforme o seu conhecimento. Essas hipóteses são níveis que vão desde o início do conhecimento da escrita até que a criança se aproprie do sistema alfabético. São eles o pré-silábico, nível em que a criança percebe que as le-tras servem para escrever, questiona, é capaz de escrever um monte de letras para algo grande e poucas letras para algo pequeno; o silábico sem valor, nível em que a criança entra em conflito, já consegue identificar com que letra co-meça ou termina uma palavra, mas ainda não entende como é a organização das letras; silábico com valor, entende os pedaços das palavras, já tem noção de sílaba e é mais confiante, escreve uma letra para cada sílaba; silábico-alfabético, período de conflito assim como o silábico sem valor, a criança sabe que ninguém entende o que ele escreve então começa a acrescentar outras letras; e o alfabético fase em que compreende a organização das letras, con-segue ler e escrever algumas vezes com erros de ortografia que devem ser trabalhados durante o seu processo de aprendizagem. Esses níveis são cons-truídos a partir de intervenções feitas pelo professor, essas intervenções são feitas a partir do conhecimento do aluno.

A criança estudada está dentro da hipótese alfabética que segundo Fer-reiro compreende a escrita como transcrição da fala, mas ainda faltam infor-mações sobre as regras que regem o modo correto de grafar as palavras na Língua Portuguesa, estando no intermediário na relação fonema x grafema.

A autora afirma ainda que, ensinar a ler não é questão de decodificar as palavras e letras em som, ensinar a ler é ensinar a ler o mundo, tornar o sujeito uma pessoa letrada, uma pessoa que sabe ouvir, falar, ler, escrever, expressar suas ideias, pensamentos e sentimentos que utiliza em cada situação uma lin-guagem adequada. Ensinar qual seu papel e importância na sociedade.

Para o construtivismo, teoria em que o ato de aprender depende do papel ativo do aluno na busca de conhecimentos, de aprendizagem e tendo o professor como mediador, os alunos precisam usar tudo o que sabem para aprender o

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