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Economia Solidaria

Trabalho Universitário: Economia Solidaria. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  24/11/2014  •  1.049 Palavras (5 Páginas)  •  290 Visualizações

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Ou seja,a proposta da Economia Solidária se refere, não só à organização de pessoas para formar

empreendimentos econômicos, mas também organizar os empreendimentos para formarem uma rede de

cooperação construindo outro modelo de sociedade, baseado nos valores de união e respeito à vida.

A proposta da Economia Solidária é inspirada na luta dos operários europeus do século XIX, que

formaram cooperativas buscando alternativas ao desemprego e às péssimas condições de trabalho da época.

Origem: O Movimento do Cooperativismo Revolucionário do século XIX

A origem da Economia Solidária data a primeira metade do século XIX, no contexto da Inglaterra na

Revolução Indústrial. As dificuldades da época propiciaram a mudança e o surgimento de esforços para a

transformação da sociedade. Sendo elas:

z Ausência de leis trabalhistas de proteção ao trabalhador. As condições de trabalho na época eram de

extrema precariedade e exploração, gerando uma grande insatisfação por parte dos trabalhadores;

z Grande massa de desempregados. Com o fim das guerras Napoleônicas em 1815, a indústria bélica

inglesa teve uma grande queda na produção gerando recessão e desemprego.

Com isso, a massa de desempregados e trabalhadores insatisfeitos com suas condições de trabalho

começaram a se auto organizar para, através da ação de cada um, transformar um propósito de

transformação em realidade.

A forma como os trabalhadores começaram foi a criação de uma cooperativa de consumo. Uma

empresa democrática, para comercializar produtos de qualidade a preços baixos.

Dada a insatisfação dos trabalhadores, grande parte realizava suas compras na cooperativa, fazendo

com que a mesma prosperasse e gerasse abundância. A partir desses recursos, outras cooperativas foram

sendo criadas e um verdadeiro movimento de cooperativismo revolucionário foi sendo desenhado.

Revolucionário, pois a intenção era a transformação estrutural da economia e da sociedade.

Esse movimento durou cerca de 50 anos e durante esse tempo diversas ferramentas e práticas foram

apresentadas. A união dessas práticas e ferramentas se encontravam no conceito de Aldeias Cooperativas,

que propunham cidades inteiras organizadas de forma cooperativada.

No fim do século XIX, a organização patronal viabilizou a desarticulação dos trabalhadores. Aliado a

isso, houve a reorientação das críticas ao sistema econômico Capitalista, com o surgimento do

Comunismo científico conhecido como Marxismo. Essa reorientação passou a ver o cooperativismo como

uma forma de apagar o fogo da crise e silenciar a possibilidade da luta dos trabalhadores. Assim, o

cooperativismo revolucionário foi praticamente esquecido durante o século XX.

Resgate: A reinvenção da Economia Solidária na década de 1990

No fim do século XX essas idéias começaram a ser resgatadas criando novamente um ambiente

fértil para a organização de um movimento pratico amplo e organizado, capaz de viabilizar transformações

sociais.

O processo de globalização do mercado internacional, que propôs ou até impôs a expansão do livre

mercado através da redução dos impostos de importação, resultou em um aumento desastroso da

competição internacional resultando em um enfraquecimento da indústria nacional dos países em

desenvolvimento, como o caso do Brasil.

Assim, a partir da expansão da competição, atrelada ao processo de globalização econômica, três

problemas apareceram:

z Aumento do desemprego, ligado à falência de grandes empresas e o enxugamento

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