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Economia Solidaria

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Por:   •  9/3/2015  •  1.391 Palavras (6 Páginas)  •  583 Visualizações

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1. HISTÓRICO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA

Durante o século XIX, o modo de produção capitalista, sem dúvida, proporcionou uma verdadeira revolução na produtividade econômica e na liberdade individual, com relação ao que existia na Europa pré-capitalista. Diante deste contexto, nasceu à economia solidária, pouco após o capitalismo industrial, conseqüência dos maus tratos e empobrecimento dos artesãos em função do poder de renovação da produção. Como o ambiente fabril onde vivia o proletariado era de extrema exploração, tanto de adultos como de crianças e com altas jornadas de trabalho, levando muitos aos desgastes físicos e proporcionando a elevação da mortalidade impedindo o crescimento produtivo.

Neste mesmo século, vários industriais encontravam-se insatisfeitos com estas condições envolvendo os trabalhadores. Robert Owen industriário desta época propôs leis de proteção a estes. Na visão dele ao invés de explorar-los, devia-se dar aos mesmos melhores condições de trabalho, como por exemplo, limitar a jornada de trabalho e proibir o emprego de crianças, resultando em uma maior produtividade, embora, gastando mais com os trabalhadores.

No decorrer do século XIX, a Europa viu-se englobada na Revolução Francesa, na qual teve sua economia afetada e delimitada. Muitos trabalhadores tiveram os seus empregos erradicados devido ao desaparecimento de demandas por armamentos e navios, todos relacionados com a guerra.

Como existiam muitos trabalhadores fora do mercado de trabalho, era necessário reuni-los. Foi então que em 1817 Owen apresentou um plano ao governo britânico, onde o deslocamento do dinheiro enviado para ajudar os pobres, que constituíam valores elevados, fossem alocados na compra de terras e formação de Aldeias cooperativas, produzindo então para sua própria subsistência. Os excedentes da produção seriam trocados entre as aldeias, tendo como objetivo a abolição da empresa lucrativa capitalista. Como o seu trabalho chocava-se com os interesses dos grandes proprietários industriais, Owen viu-se obrigado a evadir-se para os EUA, onde difundiu, juntamente com os seus discípulos, os seus planos solidários por vários países.

A primeira cooperativa owenista, ato de uma economia solidária foi criada por George Mudie, reunindo jornalistas e gráficos formando uma comunidade, e dividindo igualitariamente os ganhos proporcionados por suas atividades profissionais.

2. CONCEITO E CARACTERÍSTICAS

A economia solidária é compreendida como o conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito; organizadas e realizadas solidariamente por trabalhadores e trabalhadoras sob a forma coletiva e autogestionária. Nesse conjunto de atividades e formas de organização destacam-se quatro importantes características: cooperação, autogestão, viabilidade econômica e solidariedade. É necessário perceber que essas características, embora sejam complementares e nunca funcionem isoladamente, podem ser observadas e compreendidas objetivamente como categorias analíticas diferentes, mas sempre presentes na Economia Solidária.

A composição da Economia Solidária é formada por empresas auto gestionárias, associações, empresas solidárias, cooperativas, dentre outras, que tem como objetivo comum o fortalecimento da sociedade organizada. No contexto da economia solidária surgem dois aspectos: a critica ao modo capitalista de produção e as perspectivas da sociedade socialista com interesses na coletividade. Sendo assim se destacam três pontos: oposição contra industrialização; movimento cultural baseado nos ideais e princípios de Rochdale; e forma de organização autônoma.

Das experiências que se inserem na temática da economia solidária podemos salientar, que as causas das constituições destas experiências podem ser: as transformações do mundo do trabalho; o apoio externo; a sociedade civil organizada; o crescimento das políticas públicas; a ação coletiva dos trabalhadores; o desencanto com a modernidade; os princípios da solidariedade e de cooperação em nível local; e o retorno do solidarismo. No contexto da economia solidária, é importante salientar, as cooperativas de produção, de comercialização, de consumo e de crédito.

No contexto do cooperativismo é importante observarmos que: a prática cooperativista ou o movimento cooperativista é uma questão fundamentalmente, econômica. Porém, ela se torna uma questão política, social e cultural, exatamente na medida em que assume importância econômica, seja para seus associados, ou seja, para a economia em geral. Partindo das questões sociais, culturais e políticas da economia solidária, é importante destacar que, além de ser um projeto é também um movimento social, pois esse fenômeno é constituído como uma resposta ao desemprego e à exclusão social.

3. COOPERATIVISMO DE CONSUMO

Este tipo de cooperativismo teve inicio com a reconhecida cooperativa dos Pioneiros Eqüitativos de Rochdale, considerada a mãe de todas as cooperativas. Entre seus objetivos estava a criação de uma colônia auto-suficiente e com o apoio de outras sociedades com os mesmos interesses.

Temos como os princípios universais do cooperativismo:

• Direito ao voto para todos;

• Número de membros da cooperativa era indeterminado, assim conhecido como principio da “porta aberta”;

• Taxa de juros fixas;

• As sobras seriam divididas entre os membros da cooperativa;

• Vendas feitas pela cooperativa seriam sempre feitas à vista;

• Os produtos vendidos deveriam seriam sempre puros;

• Educação cooperativa;

• Neutralidade política e religiosa.

Sendo assim, o desenvolvimento das cooperativas

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