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Eletrobras

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Por:   •  18/9/2014  •  Artigo  •  2.317 Palavras (10 Páginas)  •  212 Visualizações

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15.05.2013 - Eletrobrás apresenta resultado negativo de R$ 36 milhões

Fonte: Assessoria de Comunicação da Eletrobrás

A Eletrobrás apresentou resultado negativo líquido consolidado de R$ 36 milhões no primeiro trimestre de 2013, contra um prejuízo de R$ 10,5 bilhões no quarto trimestre do ano passado e um lucro de R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre de 2012. O Ebitda (sigla em inglês de Lucros antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) foi positivo em R$ 141 milhões, contra R$ 2,2 bilhões nos três primeiros meses de 2012. O resultado deste trimestre foi o primeiro a refletir as novas tarifas de geração e transmissão de energia, alteradas pela Lei 12.783/2013.

O maior impacto positivo no resultado do primeiro trimestre – e principal responsável pelo prejuízo haver sido menor do que o previsto pelo mercado – veio das operações no mercado de energia de curto prazo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), relativas à Eletrobrás Chesf, Eletrobrás Eletronorte e Eletrobrás Furnas, que produziram uma receita de R$ 816 milhões.

Do lado negativo, o que mais impactou foi o custo do combustível para produção de energia por parte das térmicas do Sistema Eletrobrás, que chegou ao montante de R$ 557 milhões no primeiro trimestre de 2013, contra R$ 89 milhões, nos primeiros três meses do ano passado. Também merecem destaque nesse quesito, a redução da conta de repasse de Itaipu, que foi negativa em R$ 85 milhões (contra R$ 706 milhões positivos no mesmo período de 2012), e o aumento das provisões para contingências, que passaram de R$ 103 milhões, no primeiro trimestre de 2012, para R$ 275 milhões no mesmo período deste ano.

Outros dois pontos positivos podem ser destacados no balanço do primeiro trimestre de 2013 da Eletrobrás: o menor ritmo da elevação da conta de Pessoal, Manutenção e Serviços (PMS) – cujo crescimento foi de 7,9% nos três primeiros meses de 2013, contra 10% no mesmo período do ano passado – e a dívida líquida, negativa em R$ 8,2 bilhões, o que faz com que a empresa tenha, na verdade, um caixa líquido positivo, favorecendo, assim, a sua capacidade de investimento.

Novas normas

No balanço deste trimestre, a Eletrobrás passou a utilizar as novas normas determinadas pela Internacional Financial Repor Ting Standards (IFRS). Por essas normas, as Sociedades de Propósito Específico (SPEs), das quais a Eletrobrás e suas subsidiárias são investidoras, deixaram de ser consolidadas, tendo seu efeito reconhecido como equivalência patrimonial no resultado da companhia.

Maior companhia do setor de energia elétrica da América Latina

A Eletrobrás é uma empresa de capital aberto, controlada pelo governo brasileiro, que atua nas áreas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Com foco em rentabilidade, competitividade, integração e sustentabilidade, a companhia lidera um sistema composto de 12 subsidiárias, uma empresa de participações (Eletrobrás Eletropar), um centro de pesquisas (Eletrobrás Cepel) e metade do capital de Itaipu Binacional.

A criação das Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobrás) foi proposta em 1954 pelo presidente Getúlio Vargas. O projeto enfrentou grande oposição e só foi aprovado após sete anos de tramitação no Congresso Nacional. Em 25 de abril de 1961, o presidente Jânio Quadros assinou a Lei 3.890-A, autorizando a União a constituir a Eletrobrás. A instalação da empresa ocorreu oficialmente no dia 11 de junho de 1962, em sessão solene do Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica (CNAEE), no Palácio Laranjeiras, no Rio de Janeiro, com a presença do presidente João Goulart (foto).

A Eletrobrás recebeu a atribuição de promover estudos, projetos de construção e operação de usinas geradoras, linhas de transmissão e subestações destinadas ao suprimento de energia elétrica do país. A nova empresa passou a contribuir decisivamente para a expansão da oferta de energia elétrica e o desenvolvimento do país.

As reformas institucionais e as privatizações na década de 1990 acarretaram a perda de algumas funções da estatal e mudanças no perfil da Eletrobrás. Nesse período, a companhia passou a atuar também, por determinação legal e transitoriamente, na distribuição de energia elétrica, por meio de empresas nos estados de Alagoas, Piauí, Rondônia, Acre, Roraima e Amazonas.

Em 2004, a nova regulamentação do setor excluiu a Eletrobrás do Programa Nacional de Desestatização (PND). Atualmente, a companhia controla 12 subsidiárias – Eletrobrás Chesf, Eletrobrás Furnas, Eletrobrás Eletrosul, Eletrobrás Eletronorte, Eletrobrás CGTEE, Eletrobrás Eletronuclear, Eletrobrás Distribuição Acre, Eletrobrás Amazonas Energia, Eletrobrás Distribuição Roraima, Eletrobrás Distribuição Rondônia, Eletrobrás Distribuição Piauí e Eletrobrás Distribuição Alagoas –, uma empresa de participações (Eletrobrás Eletropar), um centro de pesquisas (Eletrobrás Cepel, o maior do ramo no hemisfério Sul) e ainda detém metade do capital de Itaipu Binacional, em nome do governo brasileiro.

Presente em todo o Brasil, a Eletrobrás tem capacidade instalada para a produção de 41.621 MW, incluindo metade da potência da usina Itaipu pertencente ao Brasil, e 56.179 quilômetros de linhas de transmissão em operação, em alta e extra-alta tensão.

O agravamento da crise

O acirramento da crise econômica brasileira, no início da década de 90, afetou bastante o setor elétrico, a começar pelo atraso sistemático do pagamento da energia suprida por empresas federais e pela Itaipu Binacional, pelas concessionárias estaduais. A dívida dessas empresas chegou ao equivalente a US$ 5 bilhões e, nesse quadro, o programa de obras recomendado pelo Plano 2010 foi praticamente paralisado. O governo de Fernando Collor (1990-1992) instituiu o Programa Nacional de Desestatização (PND) e chegou a propor uma ampla reforma do setor, que incluía a exigência de licitação para a construção de novas usinas e o ingresso de capitais privados na área de geração. A proposta previa a criação de uma empresa responsável por toda a transmissão de eletricidade no país, mas não logrou obter consenso entre os dirigentes das principais empresas de energia elétrica e sequer foi enviada ao Congresso devido à crise política do impeachment. Apesar de todas as dificuldades do país e do setor, a Eletrobrás assegurou recursos para a retomada da construção da hidrelétrica de Xingu,

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