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Empresas Geradoras De Poluentes Atmosféricos E hídricos

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Por:   •  8/9/2014  •  1.645 Palavras (7 Páginas)  •  500 Visualizações

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Empresas geradoras de poluentes atmosféricos e hídricos

O desenvolvimento industrial trouxe o progresso para melhorar a vida das pessoas mas produziu poluentes que se não forem bem direcionados irão concorrer para o fim da vida no planeta.

Inúmeras empresas geram poluentes atmosféricos e hídricos. São feitas denúncias a respeito disso mas muitas vezes elas pagam a multa e nada mais acontece. A população e o meio ambiente são prejudicados e a impressão que fica é que os dirigentes das nações não se importam com a vida humana nem com a flora ou a fauna. Os interesses monetários são mais importantes que a vida.

Um exemplo de poluição é a produzida pela fábrica da Coca-Cola no Espírito Santo. Essa empresa transnacional é proprietária da Mais Indústria de Alimentos que é responsável pela fabricação de sucos. A empresa é conhecida pela marca Minute Maid Mais, transformada recentemente na marca Del Valle Mais.

A fábrica que já contamina o Córrego das Pedras no município de Linhares ao norte do Espírito Santo, está construindo uma nova tubulação para poder jogar o efluente (produtos poluentes produzidos pela indústria lançado no meio ambiente) em um córrego limpo que tem contato direto com dezenas de lagoas naturais na região. Centenas de agricultores temem a contaminação deste córrego, já que pode afetar as fontes de água que usam para irrigação e para o consumo humano.

A nova fonte de contaminação afetará diretamente os pequenos agricultores da região, que já sofrem dos impactos da expansão da monocultura da cana em larga escala, realizada pela empresa Lasa.

O problema começou em 2003 quando a empresa Sucos Mais iniciou o lançamento de efluentes no Córrego das Pedras, que passa por algumas propriedades rurais e depois pelo Bairro Santa Cruz. Desde então, os moradores do bairro sofrem com o mau cheiro.

As reclamações feitas ao longo dos anos surtiram pouco efeito. A situação se agravou em 2006 com a compra do empreendimento pela Coca-Cola.

Segundo dados do Instituto Estadual de Meio Ambiente (IEMA) a empresa requereu licença de ampliação de produção exatamente em 2006 com o objetivo de produzir mais 900 mil litros por mês de outras bebidas como chás, bebidas mistas de sucos de frutas com soja, bebidas lácteas, preparados líquidos, entre outros.

Houve ainda denúncias em 2007, e em 2008 foi aberta ação criminal na 3ª Vara Criminal. O Ministério Público do Espírito Santo ingressou com Ação Civil Pública para responsabilizar a empresa pelo dano ambiental. Foi então celebrado um acordo com a empresa sugerindo melhorias no tratamento do efluente num prazo de 120 dias.

Em 27 de agosto de 2009, o Ministério Público celebrou outro acordo contendo obrigações de apresentar em 90 dias um projeto de adequação para regularizar o sistema de tratamento de efluentes e de recuperação das áreas degradadas pelas obras de colocação das manilhas da empresa.

O efluente continuava sujo, a recuperação prometida não tinha sido realizada até março de 2010.

Outra empresa que provoca poluição no meio ambiente é a Solossantini situada em Recife no Estado de Pernambuco. Ela se destaca na fabricação de argamassa, cimentos, adesivos e concretos. Na Imbiribeira, Zona Sul do Recife os moradores reclamam da poeira da fábrica de argamassa no bairro.

A Solossantini chegou a ser fechada pela Agência Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH) há quase dois anos, mas voltou a funcionar. Segundo relato de moradores do local, a fábrica libera pela manhã, diariamente, uma fuligem preta pelos bueiros. O pó invade as casas, os carros ficam tomados pela poeira e as pessoas ficam com o nariz entupido por causa do pó e já houve casos de internação com asma por conta da poeira.

Além da Solossantini os moradores da Imbiribeira também enfrentam problema com a poluição atmosférica causada pela indústria de cimento Nassau- Mix que foi multada em R$ 25 mil pela CPRH por emissão de partículas na atmosfera acima do permitido.

A Mineradora Samarco se instalou em Ubu, município de Anchieta no Espírito Santo na década de 1970 e desde essa época os pescadores artesanais de Ubu e Parati, vem sofrendo com os danos ambientais provocados por essa empresa.

Os problemas mais graves são: a redução da pesca, com o porto e movimentação de navios; as doenças pulmonares e respiratórias decorrentes da difusão de material articulado (ferro) proveniente do processo de pelotização e do carregamento dos navios com o depósito das pelotas; a poluição das águas das lagoas costeiras e do mar, dizimando animais aquáticos e sua vegetação. Merece um destaque especial a situação provocada pelas dragagens do Porto da Samarco, realizadas de quatro em quatro anos. Os sedimentos retirados do Porto e de seu entorno, contendo elevado teor de material contaminante, são descartados diretamente no próprio mar, ou seja, na área pesqueira, perto dos bancos de algas calcáreas, o mecanismo que a natreza possui para fixação de CO2 e outros gases, reduzindo o efeito estufa.

Por diversas ocasiões a Associação de Pescadores de Ubu e Parati tem denunciado e solicitado providências, não apenas à empresa, como ao IEMA, ao governo municipal e à Promotoria Pública municipal. No entanto, as autoridades constituídas fazem “vista grossa” tanto aos danos ambientais como aos prejuízos que causam aos pescadores.

Na dragagem e descartes dos sedimentos em 2009 os danos foram bastante graves havendo contaminação de mariscos, morte de tartarugas, sururus mortos em quantidade abusiva.

A paciência dos pescadores está chegando ao fim e também suas condições de sobrevivência. Nos contatos com a empresa, ela promete que vai tomar providências porém nada se resolve pois não há interesse na solução desse problema. Os interesses monetários falem mais alto para a empresa e os órgãos governamentais.

A Nestlé vem utilizando os poços de água mineral de São Lourenço há alguns anos para fabricar água da marca Pure Life. Essa empresa, sem estudos sérios de riscos à saúde, desmineraliza a água (o que é proibido pela Constituição) e acrescenta sais minerais de sua patente. Cientistas europeus afirmam que nesse processo a Nestlé desestabiliza a água e acrescenta sais minerais para fechar a reação. Sendo assim, a Pure Life é uma água química. A Nestlé está faturando em cima de um bem comum, a água, além de estar esgotando esse bem comum por não obedecer às normas de restrição de impacto ambiental, expondo a saúde da população

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