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Epistemologia Do Professor, Fernando Becker

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Por:   •  3/10/2013  •  1.164 Palavras (5 Páginas)  •  4.526 Visualizações

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BECKER, Fernando. Epistemologia do professor: O cotidiano da escola. ed 9º. Petrópolis, RJ: vozes, 1993.

*Maria Adailza Freires Santos

RESUMO:

A obra esta dividida em três partes a primeira refere-se a epistemologia do professor quanto a origem do pensamento, sobre as condições a priori ou capacidade de aprendizagem. Discutindo sobre o apriorismo: o poder determinante do sujeito e o empirismo: o poder de determinação do meio e o interacionismo: determinação mútua. A segunda parte aborda o empirismo e o apriorismo nas representações dos docentes comentando sobre a difícil superação do senso comum. Na terceira parte é explanado sobre o cotidiano da escola: epistemologia e autoritarismo, onde é feita uma observação na sala de aula analisando se existe aspectos do o empirismo e do construtivismo.

PARTE I – A epistemologia do professor

“Neste contexto de ausência de reflexão epistemológica o professor acaba assumindo as noções do senso comum. Uma destas noções remota a uma tradição filosófica milenar é a adequação. O conhecimento é concebido como um ajuste ou uma adaptação, no sentido vulgar do termo, entre a mente e as coisas”. (BECKER, 1993, P.37)

[..]“A insegurança dos professores deve-se, em grande parte, parece-me ao seu desconhecimento das características básicas do desenvolvimento do conhecimento”.[..] (BECKER, 1993, P.43)

“A teoria não é vista como o modelo construído pelo sujeito cognoscente mediante sua interação com o meio físico e social. Suas trocas com o meio, através de um processo de abstração apoiada não apenas nas coisas e na ação do sujeito mas, sobretudo, na coordenação das ações do sujeito, leva-o a construir esquemas acomodados e, progressivamente, coordenados entre si, o que constitui a própria teoria”. (BECKER, 1993, P.46)

“Condições que revelam por se mesmas a definição de política de educação da sociedade em que vivemos. Para Max não apenas o educador deve ser educado, mas a estrutura educacional também o devem”[...](BECKER, 1993, P.49)

Alguns professores tentam diferenciar as fontes de conhecimento com a dicotomização da teoria e a pratica. O conhecimento é visto como uma fonte externa ao sujeito. Nesse sentido este não tem uma ação transformadora. Muitos professores possuem uma visão empirista em que a aprendizagem se da por meio de estímulos, percebidos pelos sentidos outros no entanto defendem uma aprendizagem centrada no apriorismo, concepções previas. A ausência de um entendimento teórico competente reduz a compreensão do processo de conhecimento e, consequentemente com a aprendizagem e o ensino.

PARTE II – Empirismo e apriorismo nas representações dos docentes

[...] “A reflexão sobre estas concepções precárias das relações entre hereditariedade e meio é a condição básica da superação destes dogmas que tanto nos afasta da identidade própria do ser humano e, portanto, da compreensão do seu processo de conhecimento e de sua aprendizagem”. [...] (BECKER, 1993, P.233)

[..] “Responde dentro do âmbito do modelo pedagógico-epistemológico que herdou de sua formação: modelo de conhecimento –repetição, além de apelar para os conhecimentos reforços externos e para a punição”. [...] (BECKER, 1993, P.237)

“O conhecimento é uma reação intelectual a um estímulo cuja forma varia de uma simples proposta até uma imposição. O exercício das operações mentais está, portanto, na estrita dependência do estímulo”. [...] (BECKER, 1993, P.264)

As concepções aprioristas e empiristas dos docentes quanto à aquisição do conhecimento e da aprendizagem revelam o quanto os dogmas precisam ser superados. No entanto, isso só será possível a partir do momento em que os docentes tiverem uma base teórica capaz de superar as amarras que a prendem ao senso comum. Resta saber se o sistema educacional e a sociedade darão condições para que isto aconteça.

PARTE III – Cotidiano da escola: epistemologia e autoritarismo

“Somente uma epistemologia empirista pode servir de inspiração para uma didática tão perversa. A professora, cheia de boas intenções, demonstra uma consciência quase nula desta situação. É ela “recurso humano” certo para esta pedagogia, para a pedagogia da reprodução.” (BECKER, 1993, P.292)

“O princípio epistemológico unificador desta fusão é fornecido pelo empirismo: epistemologia subjacente, isto, é inconsciente. O professor não sabe que o seu pensar está fundamentado por tal epistemologia. Na sua formação não se deparou com instâncias didáticas que o desafiassem a conhecer o seu conhecimento, a pensar seu pensamento”. (BECKER, 1993, P. 302)

“O professor trabalha com o conhecimento e não fundamenta criticamente a “matéria-prima”

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