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Ergonomia - Conceitos e Aplicações

Por:   •  6/12/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.074 Palavras (9 Páginas)  •  394 Visualizações

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ERGONOMIA: CONCEITOS E APLICAÇÕES

ERGONOMIA: ORIGENS, DEFINIÇÕES E DESENVOLVIMENTO

É uma ciência multidisciplinar que envolve aspectos ligados a anatomia, fisiologia, biomecânica, antropometria, psicologia, engenharia, desenho industrial, informática e administração de maneira a proporcionar ao homem mais conforto, segurança e eficiência em qualquer atividade.

A ergonomia surgiu junto com o homem primitivo, com a necessidade de se proteger e sobreviver. Sem querer, o homem primitivo, começou a aplicar os princípios da ergonomia, ao fazer seus utensílios de barro para tirar água de cacimbas e cozinhar alimentos, fazer tacapes para se defender ou abater animais.

Mas, foi na revolução industrial que a ergonomia começou a surgir. Nas grandes guerras ela teve uma importância fundamental no desenvolvimento de armas e equipamentos bélicos que deveriam ser precisos e habilitados a serem usados por soldados de vários países com medidas antropométricas diferentes.

Foi na segunda Guerra Mundial que os aliados agrupados com os mais diferentes biótipos, jamais visto em um exército, que começaram a perceber que o armamento precisava ser projetado, montado, desmontado e usado em função do "tamanho" do soldado ou serviço de engenharia.

Como pode-se notar, a ergonomia surgiu em função da necessidade do ser humano, cada vez mais querer aplicar menos esforço físico e mental, nas atividades diárias. O Computador, a calculadora, são dois exemplos de produtos ergonômicos diminuindo o esforço mental. 

De maneira geral, os domínios de especialização de ergonomia são:

Ergonomia física: se relaciona com as características da anatomia humana, biomecânica, entre outros, em sua relação à atividade física;

Ergonomia cognitiva: se refere aos processos mentais que afetem a interação humano-sistema;

Ergonomia organizacional: abrange a otimização dos sistemas sociotécnicos, como comunicações, projeto de trabalho, organização temporal do trabalho, etc.

E também possui parâmetros definidos para diversos sistemas, tais como interfaciais, instrumentais, informacionais, psicossociais, cognitivos, securitários, operacionais, organizacionais, etc.

Para uma melhor conceituação de Ergonomia, deve-se apresentar as duas tendências com enfoques bem característicos de cada: Ergonomia dos métodos e das tecnologias, mais americana, com contínua necessidade de adaptação da máquina ao homem, e maior preocupação com os aspectos físicos da interface homem-maquina, e ergonomia da organização do trabalho, europeia, estudo da inter-relação entre o homem e o trabalho, como o homem “sente” e “experimenta” o trabalho.

O SISTEMA HOMEM-TAREFA-MÁQUINA

Nesse sistema, cabe enfatizar a relação entre o homem e a máquina. Para o melhor entendimento desse tópico, é necessário o uso e explanação de certas terminologias:

Sistema: conjunto de elementos que interagem entre sim com um propósito comum, e cada e todo sistema obedece a uma ordem lógica de entrada, processamento e saída;

Máquina: todo e qualquer mecanismo com o qual o operador organiza ou executa uma atividade com certo fim: carros, aviões, pincéis, ou tudo aquilo que seja adaptado ao seu usuário para que ele atinja certo objetivo;

Homem: aquele que colocará o sistema em funcionamento, pois os sistemas sempre são elaborados com algum objetivo humano.

Em alguns sistemas o homem possui papel secundário ou passivo, na medida em que o sistema passa a funcionar de forma automática e independente. Nesse caso o homem é o projetista, construtor, implantador e manutenidor do sistema. Em outros casos o papel do homem é ativo, no que concerne o papel de comando e intervenção direta no sistema, como por exemplo na direção de um automóvel, na qual a presença humana é indispensável para fazer valer o proposito básico da função de um carro.

Cada sistema possui características comuns, tais como:

  • As maquinas são necessárias para o cumprimento de objetivo(s) do sistema;
  • Tanto homens quanto maquinas são necessários para o desempenho do sistema;
  • A relação homem-maquina é direcionada para um proposito;
  • O objetivo do sistema é efetuar mudanças ambientais a curto, médio e/ou longo prazo;
  • O sistema possui ambientes externos e internos.

CARGAS E CUSTOS HUMANOS DO TRABALHO

Os custos se expressam pelas mortes, mutilações, doenças e fadigas e da carga de trabalho, decorrente dos constrangimentos impostos ao operador na realização da tarefa.

Os constrangimentos e custos do trabalho se desenrolam em três níveis: o nível de condições de trabalho, que engloba as características do operador, os objetivos e exigências da tarefa, e o ambiente da tarefa e condições de execução; o nível da atividade em si, que abrange o comportamento da tarefa e as atividades do operador; e os níveis de efeito da atividade, que compreende a carga de trabalho e suas consequências para o operador, o que pode gerar custos humanos, e o desempenho do operador que influencia o rendimento e a produtividade e qualidade do trabalho.

O conceito de carga de trabalho pode ser, didaticamente, abordado a partir de três dimensões interligadas: o físico, o cognitivo e o psíquico. Toda a carga de trabalho é portadora destes três componentes, ou seja, a sobrecarga produzida em qualquer um deles repercute nos demais.

MÉTODOS E TÉCNICAS DA INTERVENÇÃO ERGONOMIZADORA

A Ergonomia, ao realizar pesquisas e intervenções, se utiliza de diversas metodologias para o levantamento de dados e preparação de análises ergonômicas. Porém, primeiramente é necessária a definição dos objetivos da pesquisa, e a elaboração do projeto de pesquisa, com sua contextualização, problematização e definição de variáveis.

A análise ergonômica pode ser dividida em duas técnicas, a objetiva ou direta, que se dá por meio do registro de atividades durante certo período de tempo, através de observações a “olho nu” e/ou assistida por meio audiovisual, e subjetiva ou indireta, que ocorre por meio de questionários, checklists ou entrevistas.

Existem também três aspectos fundamentais da analise ergonômica: meta conhecimento, que se especificará com base na situação abordada no trabalho; os dados coletados, que validarão ou não as hipóteses formuladas, e o processamento e análise desses dados.

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