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A simultaneidade das ações pedagógicas no ensinar e no aprender

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Por:   •  24/5/2013  •  Tese  •  2.069 Palavras (9 Páginas)  •  626 Visualizações

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Processo Educativo:

A simultaneidade das ações pedagógicas no ensinar e no aprender

Encontro das Águas

I

Vê bem, Maria aqui se cruzam: este

é o Rio Negro, aquele é o Solimões.

Vê bem como este contra aquele investe,

como as saudades com as recordações.

II

Vê como se separam duas águas,

que se querem reunir, mas visualmente;

e um coração que quer reunir as mágoas

de um passado, às venturas de um

presente.

III

Olha esta água, que é negra como tinta.

Posta nas mãos, é alva que faz gosto;

dá por visto o nanquim com que se pinta,

nos olhos, a paisagem de um desgosto.

IV

É um simulacro só, que as águas donas

d'esta região não seguem o curso adverso,

todas convergem para o Amazonas,

o real rei dos rios do Universo

(Quintino Cunha)

Prezados e prezadas,

Na Unidade I, “Sala de Aula e o Professor: organização do processo de ensino e aprendizagem”, refletimos sobre a necessidade de a escola “construir uma sala de aula para educadores e alunos à semelhança do artista que, ao criar a sua aquarela, entrelaça matizes e traços de dimensões variadas, sem comprometer a beleza, o brilho ou o exotismo das cores”.

Em nossos estudos na Unidade II, concentraremos nossa atenção na análise das práticas pedagógicas adotadas pelos educadores em seus projetos educativos. Levaremos em conta a simultaneidade das ações pedagógicas de ensinar e aprender. Será tal como compararmos educador e aluno às águas de dois rios importantes, misteriosos e contrastantes em suas cores fortes, mas límpidos para aqueles que deles se aproximarem e os quiserem melhor conhecer.

Em suma, lembram-nos que as águas e os homens não percorrem duas vezes o mesmo caminho. No percurso, ganham força ao trilhar a diversidade. Desafiam a natureza. Quanto mais obstáculos maior dignidade. Superando comparações, perpetuam identidades. Cumprem o seu papel, perseguem um objetivo comum: desaguar no rio-rei. A escola é assim como os rios, desiguais na forma, contrastante nas cores. Erguida em comunidades pequenas ou grandes, conhecidas ou anônimas, transparentes ou turvas desafia-se a cumprir o seu papel, exercita-se no seu processo simultâneo de aprender a ensinar, para ensinar aprendendo.

Objetivos:

1. Aperfeiçoar ações individuais e coletivas capazes de integrar teoria e prática pedagógica no processo simultâneo de aprender e ensinar.

2. Identificar em práticas pedagógicas adotadas em sala de aula possíveis ressonâncias da realidade socioeconômica e cultural vivenciada pelos alunos e pelos educadores.

3. Estimular no acadêmico de pedagogia a aquisição de habilidades e competências que correspondam ao perfil profissiográfico do pedagogo-educador.

Parte I

O Processo Simultâneo de Aprender e Ensinar

Registramos ao final da Unidade I, alguns pontos de nossos estudos. A ideia não foi concebida aleatoriamente. Objetivava conduzir-nos, na Unidade II, a visualizar na prática docente, possíveis conceitos teóricos. Na simultaneidade do processo de aprender e ensinar aprendendo acreditamos que esteja a chave para a construção efetiva de saberes ao exercício de nossa cidadania. A escolha de nossa profissão “Pedagogos-educadores” não nos concede o direito de aceitar conhecimentos prontos, robotizadores, capazes de retardar e ou anular etapas significativas do processo de crescimento e de maturidade pessoal e profissional.

Relembremos:

1. “As três frentes de produção teórico-educacional têm cunho filosófico, sociológico e histórico; posturas político-educacionais e sistematização pedagógica preocupada com a ação educativa.” Ao depositarmos confiança na possibilidade de a escola desenvolver um processo educativo, as três fontes de produção teórico-educacional far-se-ão presentes em todas as ações de aprender e de ensinar, dentro e fora da sala de aula.

Elas evidenciam o fato de que, cada uma das pessoas envolvidas no processo de educar, exerce, naturalmente, ora a função de ator ora a de autor. A praxis pedagógica, como já dissemos em várias ocasiões, é o reflexo de nossa formação filosófica da sociedade a qual pertencemos e do enredo de uma história escrita a muitas mãos. É impossível negar a coautoria de outras pessoas no nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Como já se expressava Paulo Freire “os homens se educam em comunhão”. Esses três parâmetros de produção teórico-educacional, despertam no indivíduo tomadas de decisões e delineiam as suas escolhas político educacionais. Geram ainda discussões, aplausos, críticas positivas e negativas. Para melhor entendermos essa fala, consideremos o exemplo da Revista Veja edição de nº 2037, publicada em 5/12/2007. À página 149 há uma reportagem de Ronaldo Soares intitulada “Nem criança escapa”. O subtítulo evidencia: “Pregação marxista chega à 7ª série em tradicional colégio católico do Rio de Janeiro.”

Veja abaixo:

Nem Criança Escapa

Fonte: Rev. Veja, Ronaldo Soares, ed. 2037, 5/12/2007

”Quadrinhos usados em teste no São Bento: o capitalismo demonizado em sala de aula”

O Colégio de São Bento é um dos mais prestigiados do Rio de Janeiro. Fundado em 1858, é conhecido pela qualidade de seu ensino, no qual valoriza particularmente os princípios da religião católica. Tem um rol de ex-alunos ilustres que inclui Clóvis Bevilacqua, o autor do antigo Código Civil brasileiro, e o compositor

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