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Escola Patrimonialista

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Por:   •  15/6/2013  •  3.957 Palavras (16 Páginas)  •  605 Visualizações

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Escola Patrimonialista

Introdução

Desde o princípio uma das principais preocupações do homem foi achar formas de melhor cuidar de suas riquezas, seu patrimônio.

Praticamente o ser humano sempre foi levado a preocupar-se com seus bens, mas a riqueza sempre foi causa de sua maior preocupação.

Com o passar dos tempos o homem foi encontrando formas mais concisas de registrar as modificações de suas riquezas, estas experiências práticas foram se aprimorando e métodos científicos foram apurados, até que se chegasse a modelos que atualmente conhecemos.

Vários estudiosos da contabilidade dedicaram grande parte de sua vida em busca de explicações que consolidariam a escola patrimonialista. A seguir estudaremos os mais importantes, aqueles que mais contribuíram para a consolidação desta escola contábil.

1. - Intuição e vocação empírica e histórica do patrimonialismo

Uma reflexão sobre o instrumento mais antigo da Contabilidade e que é a conta nos leva a perceber uma preocupação básica, essencial, desde o homem primitivo, a sua riqueza, seu patrimônio, as modificações e seus controle e governo.

O ser humano, empiricamente foi intuído a registrar, mas a riqueza foi sem dúvida a essência de sua preocupação.

Através dos anos os homens foram preocupando-se com um forma de melhor informar sua riqueza, mas só na fase pré-científica e depois na científica foi que identificaram seu objeto de estudos. Os contistas na essência, foram patrimonialistas, quando preocuparam-se em definir a conta, encontraram como razão de seus desenvolvimentos o que ela mostrava, o movimento da riqueza. Preocuparam-se com a forma esquecendo de dar relevo à essência da conta.

Nas raízes, quer do empirismo, ou do período pré científico, quer do movimento científico, vamos encontrar como matéria de desenvolvimento de nossos estudiosos sempre, o "patrimônio. Ainda que atribuindo à Contabilidade outro objeto de estudos, ainda que abraçando conceitos e métodos de outras ciências, tais estudiosos sempre desenvolveram seus assuntos limitados aos fatos ocorridos com a riqueza aziendal, ou seja o patrimônio das células sociais.

2. - Vincenzo Masi o precursor do patrimonialismo científico e suas magníficas obras

O patrimonialismo empírico difere do patrimonialismo científico, o intelectual responsável pela teoria científica do patrimônio foi Vincenzo Masi, italiano nascido na cidade de Rimini nos fins do século XIX, implantando uma doutrina que permitiu-se denominar de "masiana".

Em 1924 publicou um artigo na Revista Italiana de Contabilidade onde reconhecia a necessidade de implantar métodos científicos para estudo da contabilidade, mas somente em junho de 1926 sob título "La Ragioneria come scienzadelpatrimonio "( A Contabilidade como ciência do patrimônio), declararia publicamente seu raciocínio patrimonialista.

Dizia ele que para examinar fenômenos de natureza contábil devíamos recorrer a métodos que viesse a comprovar as evidências, através de processo de investigação, de experiências para a formulação de regras que permitisse e visualizasse as alterações ocorridas nos patrimônios das empresas. Tendo aceitado a repartição dos estudos contábeis em Estatística, dinâmica e levantamentos patrimoniais, escreveu excelentes trabalhos, que totalizou cinco volumes vigorosos. Masi lutou ferreamente contra os Aziendalistas que desejavam eliminar a disciplina de Contabilidade e substituí-la pela de Economia Aziendal, logo após a morte de Zappa.

3. - Bases metodológicas do patrimonialismo científico de Masi

A partir da obra mestra La ragioneria come scienzadelpatrimonio (A contabilidade como ciência do patrimônio), cuja primeira edição é de 1927 e a segunda em 1943, Masi reconhece que as diversas formas sob as quais a contabilidade foi estudada e tiveram seus méritos e evoluções do pensamento, mas que nenhum esforço atingiu a estrutura científica que a contabilidade merecia. "Naqueles movimentos, todavia mais do que tudo teve lugar a forma, contistas e neocontistas, personalistas, controlistas, dedicaram-se a uma evolução maior apenas da parte instrumental da nossa matéria." Lamenta que tantos valores intelectuais tenham deixado de dar como predominante o estudo do fenômeno patrimonial, limitando a estudar as formas apenas de evidência, através dos registros e das demonstrações.

Afirmou, que os instrumentos de demonstrações contábeis são apenas evidências de acontecimentos que em realidade se manifestam nos fenômenos de investimentos., financiamentos, custos, receitas, entre outros., são fenômenos da riqueza patrimonial.

Onde Masi expressou-se:

"Todo instrumento supõe um pensamento que criou: o instrumento musical derivou-se de um pensamento musical, como o instrumento contábil derivou do pensamento patrimonial. Com isso apresentou o que considerou como objeto do estudo científico da contabilidade e que é o fenômeno patrimonial.

Escreveu ainda:

"A contabilidade como ciência só considera os instrumentos de informação que levam ao conhecimento dos fenômenos patrimoniais, tais instrumentos servem para colher, classificar, ordenar e representar os dados que, elaborados, são utilizados pela administração do capital das empresas ou do patrimônio das entidades."

Diante dessas preliminares chega Masi a sua definição de contabilidade como ciência que tem por objeto os estudos dos fenômenos patrimoniais e que possui uma autonomia própria. Por isso nossa pesquisa deverá compreender:

O exame do patrimônio sob aspecto estático.

O exame do patrimônio sob o seu aspecto dinâmico, isto é, nos seus investimentos e financiamentos, tanto nas empresas como nas instituições, entradas e saídas financeiras.

4. - Razões lógicas de Masi sobre a estrutura do patrimônio na estática patrimonial de Masi

Masi para penetrar no estudo da estrutura do patrimônio inicia seus estudos analisando o conceito sob o aspecto de outras ciências (direito e economia) para posterior apresentar aquele contábil.

Seguiu a lógica de primeiro oferecer as razões do todo e para depois estudar cada um dos elementos ou componentes da riqueza.

No que tange ao aspecto contábil, admite que o patrimônio, basicamente, deve ser aceito como um

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