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Escola como um lugar para desenvolver a cidadania

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Por:   •  27/10/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.883 Palavras (8 Páginas)  •  348 Visualizações

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Resumo: Tem-se percebido que a palavra cidadania tem sido bastante utilizada atualmente por diversos grupos, organizações e instituições objetivando diferentes finalidades. Tais grupos tratam a cidadania como algo dado ou mesmo um sentimento que a população deve simplesmente ter dentro de si. Este artigo busca tratar a questão da construção da cidadania em um ambiente propício, leia-se a escola. Como meio para atingir tal fim surge o ensino de Ciências Sociais (em suas diferentes perspectivas, ou seja, a Sociologia, a Antropologia e a Ciência Política). Esta é uma disciplina que pode elucidar o que é ser cidadão e como exercer a cidadania. Tendo por base documentos oficiais que balizam o ensino das Ciências Humanas (como os PCNs e a LDB), o presente artigo vai ao encontro dos estudos que defendem o ensino de Ciências Sociais no Ensino Médio.

Palavras-Chave: Cidadania – Ensino de Ciências Sociais – Escola

Introdução

A palavra cidadania está em voga. Grupos, organizações e instituições têm utilizado esta palavra visando diferentes metas e lhe atribuindo diferentes acepções. É possível que a cidadania tenha passado a ser entendida e tratada apenas como um sentimento, talvez de pertencimento a uma pátria.

Mas a cidadania é formada por muitas coisas a mais que um sentimento dado ou um aviso de pertencimento. Ela deve ser, na verdade, construída. E nesta construção entram em cena, entre outras instituições, as escolares. As escolas apresentam locais ideais para tratar da questão da cidadania. Isso porque nas escolas os alunos partem já de uma prática que pode caracterizar o cidadão: alunos possuem direitos e deveres.

Muitas vezes, a escola tem sido relegada apenas ao papel de responsável pela “profissionalização” dos jovens ou a sua preparação ao concurso vestibular. O vestibular (tanto de instituições públicas quanto privadas) é, atualmente, um importante foco de escolas de ensino médio.Entretanto, a escola já exerceu, e deveria voltar a exercer, papel mais atuante na formação dos jovens na sociedade, visando a formação de seus valores. A escola não pode ser apenas um meio de obter uma profissão! É nela que se deve aprender a questionar, pensar na comunidade, nos direitos e deveres, participar. Em outras palavras, é na escola que se deve construir a cidadania de cada um.

Uma vez tendo como local para construção da cidadania a escola, resta pensar de que maneira abordar questões que possam valorizar a própria sociedade e suscitar pensamento crítico nos alunos, objetivando a cidadania. Nesse aspecto surge como possibilidade o ensino de Ciências Sociais, que apresenta complementaridade em seus diferentes aspectos (Sociologia, Antropologia e Ciência Política), podendo assim, tratar de assuntos que vão ter alcançado, no final do seu tratamento, inúmeras questões que auxiliam na compreensão e no desenvolvimento da cidadania.

O presente artigo trata da construção da cidadania em um ambiente propício para isso. Assim tem-se, entre outras, a escola como instituição que pode dar conta de tal tarefa. E para isso, a instituição escolar estará mais preparada se utilizar-se da disciplina de Ciências Sociais. Nesse sentido, verifica-se que a disciplina de Ciências Sociais tratada com seus diferentes ângulos (Sociologia, Antropologia e Ciência Política) é fundamental e a disciplina mais indicada para auxiliar no desenvolvimento de visões críticas, questionamentos e da cidadania.

A escola como local para o desenvolvimento da cidadania

Atualmente no Rio Grande do Sul contam-se matriculados em escolas (públicas e privadas) cerca de 2.158.496[i] alunos. Os jovens freqüentam diariamente as carteiras escolares para receberem instrução, conhecimento, educação. Os aprendizados são muitos. Mas em geral, se perguntarmos a um aluno que está concluindo os estudos do ensino médio qual o motivo de ir para a escola, a tendência é que ele responda que sua motivação é o vestibular. E isso não ocorre apenas com os concluintes – os estudantes que acabam de entrar no ensino médio tendem a objetivar o mesmo. Claro que há outras motivações, mas atualmente os jovens são bombardeados com informações de que é imprescindível se ter um curso superior. Dessa forma, a tendência é que muitos queiram alcançar uma vaga em alguma instituição de ensino superior.

É evidente que a escola deve preparar os alunos para o “enfrentamento” com o vestibular. Entretanto sabe-se que, infelizmente, apenas uma minoria conseguirá adentrar os muros da academia (e realmente concluir o curso de graduação). Sendo assim, a instituição escolar não pode e nem deve ter como meta somente a preparação do corpo discente para tal concurso. A escola deve ser mais que isso. Ela deve se tornar um veículo que conduza o jovem a se tornar cidadão de fato.

É na comunidade escolar que cada indivíduo se depara com situações que vão, em grande parte, formar seu caráter. No convívio com os demais colegas, os funcionários e professores os alunos passam a perceber “mundos” compostos por etnias, comportamentos, vestimentas, hábitos e religiões que são diferentes daquele “mundo” no qual eles, juntamente com suas famílias, vivem. E nesse contexto de diferentes formas e conteúdos de vida se passam as aulas, os trabalhos em grupo e as disciplinas que são caracterizadas pela vivência conjunta (exemplo disso é a Educação Física).

Nesse contexto, pode-se dizer que a escola é extremamente propícia para que se instigue nos alunos o exercício da cidadania. Conforme Coimbra, a escola é

um espaço de vivência onde os alunos podem discutir os valores éticos, não numa visão tradicional, mas sim de uma forma onde realmente todos possam ter o privilégio de entender os significados de seus valores éticos e morais que constituem toda e qualquer ação de cidadania (Coimbra, 2006).

Vários trabalhos e pesquisas têm convergido para esta direção e têm atribuído à escola papel fundamental para a formação cívica da juventude. Em trabalho realizado pelo COEP (Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida[ii]) em parceria com escolas de todo o país com o intuito de promover o exercício

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