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Etica E Moral

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Por:   •  6/10/2014  •  3.002 Palavras (13 Páginas)  •  368 Visualizações

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Ética e moral na história

MORAL

A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive. Surgindo realmente quando o homem passou a fazer parte de agrupamentos, isto é, surgiu nas sociedades primitivas, nas primeiras tribos.

A moral muda com as mudanças da sociedade. Fato é que podemos falar de moral na sociedade antiga, moral feudal, moral moderna, etc. Há diversas morais de acordo com a diversidade de sociedades. A historicidade do ser humano, isto é, a tese de que o ser humano não é um ente pronto por natureza, ele é aquilo que faz de si mesmo fazendo história; ele se auto-produz. Se o ser humano é histórico também a moral é histórica.

o conceito de moral surge com a passagem da forma natural de vida para o convívio social, que implica um distanciamento da natureza e o seu domínio mediante o trabalho social. Isso significa que a relação dos homens entre si com a relação que eles estabelecem com a natureza, de que continuam fazendo parte. Na perspectiva marxista do caráter coletivo do trabalho, e da predominância das relações de trabalho como fator determinante da cultura e da moral, retoma a finalidade da moral: assegurar a concordância do comportamento de cada indivíduo com os interesse coletivos. Nas sociedades primitivas isso significava a absorção do indivíduo pelo coletivo, isto é, não havia possibilidade de manifestação da individualidade porque ela já se constituía em função do interesse coletivo.

Na sociedade primitiva é o caráter coletivo da vida social que determina o que mais tarde se denominará de virtude ou vício. Valor é a valentia, a coragem para enfrentar os desafios da natureza e os inimigos do grupo; a covardia é o vício por excelência. A justiça é a repartição igual entre todos, por um lado, e a vingança coletiva por outro, sempre com a finalidade de fortalecer os laços que unem os membros da comunidade. Em não existindo a propriedade privada dos meios de produção não existem ainda as classes .

O aparecimento da classe dos escravos marca o aparecimento de duas morais: a dos proprietários e senhores de escravos, livres da necessidade de trabalhar e a dos escravos, imposta a eles pelos primeiros. A moral dos senhores não era somente a moral efetiva, mas que, pela fundamentação filosófica, legitimava a sociedade de classes argumentando que os escravos eram tais por natureza, considerando-os propriedade dos senhores. Os escravos, por sua vez, introjetando a moral que lhes era imposta, tinham poucas condições de recobrarem a sua consciência, o que garantia a estabilidade social.

O surgimento da sociedade Feudal é acompanhado pela substituição da escravidão pela servidão. Os servos, considerados presos a uma gleba do feudo, tinham pelo menos o direito de permanecer nela e aí produzir sua sobrevivência e, embora também estivessem sujeitos a arbitrariedades e violências, eram formalmente considerados seres humanos, pelo menos “em Cristo Jesus todos são iguais e livres, não importando se na vida presente estão na função de senhores ou de servos”.

o sistema de vassalagem, na forma de pirâmide social, que culmina no Senhor Supremo ao qual todos devem obediência e cujo representante sobre a Terra é a Igreja. O sistema feudal continua com a atitude do desprezo ao trabalho, própria da antigüidade clássica, justificando-a religiosamente no sentido da contraposição entre o profano e o sagrado o mundano e o divino. A nobreza exalta o ócio, enquanto, do outro lado, os servos desenvolvem valores morais como a solidariedade, a ajuda mútua entre os iguais e, o amor pelo trabalho que lhes proporcionava o sustento, e apreço pela igualdade e a liberdade abstratas, no plano espiritual.

Com as cruzadas e o ressurgimento do comércio, dentro da sociedade feudal, surgem aos poucos as condições para a liberação da mão-de-obra, processo que se consolidará efetivamente apenas com a revolução industrial no século XVIII, substituindo a primazia da propriedade fundiária feudal, como condição de poder, pelo lucro, o dinheiro, desenvolvendo o espírito de posse, o individualismo e a competição como valores morais, transformando a

sociedade num campo de guerra de todos contra todos. Nessa passagem o pensamento burguês vai transformando alguns vícios da aristocracia medieval em virtudes: a laboriosidade do ser humano, a igualdade de direitos, a liberdade, mas enquanto a burguesia ia se consolidando no poder tais virtudes são substituídas pelo parasitismo social, a dissimulação, o cinismo, etc. “Contudo, apesar das mudanças, conserva-se o cerne do sistema: a exploração do homem pelo homem e o lucro como lei fundamental”.

Como forma de harmonizar os interesses antagônicos entre as classes, a burguesia faz o discurso da elevação das condições materiais de vida dos trabalhadores, efetivamente conquistadas por estes, e acrescenta a idéia da colaboração de todos uma vez que “cada um faz parte da empresa”, mesmo que isto custe o rompimento de vínculos solidários para com os colegas.

O progresso moral se mede pela ampliação da esfera moral na vida social, isto é, pela ampliação de situações diante das quais não há solução pré-estabelecida, diante das quais os indivíduos precisam decidir.

ÉTICA

A ética nasceu na Grécia, embora seus preceitos fossem praticados entre outros povos desde os primórdios da humanidade, mesclados ao contexto mítico e religioso, tentando pautar regras de comportamento para permitir o convívio entre indivíduos agrupados no conjunto da sociedade.

A rigor, os gregos foram os primeiros a racionalizar as relações entre as pessoas, repensando posturas e sistematizando ações. Momento em que surgiram discussões que até hoje fomentam reflexões éticas.

No período grego a Ética variava conforme seus pensadores, Sócrates, por exemplo, racionaliza a Ética e preconiza uma concepção do bem e do mal e da virtude, Já com Platão, a Ética ganha fôlego na política a partir de uma concepção metafísica e da sua doutrina da alma, por sua vez Aristóteles fala do homem político, social, condenado a viver na polis.

Apos a decadência do universo grego e suas filosofias éticas, a reflexão da ética filosófica toma novas direções: de uma moral da pólis para uma moral do universo. Isso devido a grande influência da igreja e suas normas de convivência social que eram reguladas pelo cristianismo entre o século XI e XIX, Neste período a ética passa da dimensão de ação, no comportamento, no agir social para a dimensão das boas intenções com o desejo de alcançar o bem para atender a vontade divina.

Dentre as concepções

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