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FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA: AUSÊNCIA DE POLÍTICAS DE EMPREGO E DETERIORIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA

Por:   •  21/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.586 Palavras (7 Páginas)  •  120 Visualizações

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1-INTRODUÇÃO

O trabalho em questão tem por finalidade refletir sobre aspectos importantes inseridos na sociedade contemporânea. Considerando a família e o trabalho dentro de uma reestruturação produtiva, enfatizando a ausência de políticas de empregos e a deterioração da qualidade de vida. Observando a oportunidade de trabalho nos anos 90, inserção no mercado a partir de então.

O advento da modernidade marca a história da humanidade, suas transformações. Sendo dessa forma, é inevitável que mudanças radicais aconteçam e assim, surjam novas formas de socialização, quebrando paradigmas, na busca de uma condição de vida melhor.

Contextualizar as transformações no processo de construção da família frente à sociedade contemporânea, refletindo sobre a questão da globalização da economia capitalista que vem influenciando na dinâmica, na organização e na estrutura familiar, tendo com base o texto “Tendência no mercado de Trabalho nos anos 90” e “Mudanças e Permanência na Relação Família Trabalho”.

1-DESENVOLVIMENTO

Com o início da Revolução Francesa em 1780, na Inglaterra, houve já uma mudança de produção, passando de uma produção manufaturada de pequeno porte para produção industrial de grande porte. Tal mudança gera uma velocidade enorme de produção trazendo a necessidade de maior número de mão de obra, incluindo homens, mulheres e até criança trabalhando em fábricas.

Com essa demanda houve um grande esvaziamento das áreas rurais para urbana em busca de trabalho, fazendo com que a população urbana crescesse consideravelmente.

Com a evolução do mercado de trabalho após a abertura econômica e a estabilização sugere um quadro preocupante para o futuro, com mudança na estrutura da demanda por qualificação da mão-de-obra, inadequação da demanda à oferta de qualificação e aumento da taxa de desemprego de longo prazo.

A década de 90 foi um marco que se caracterizou como um dos mais importantes pontos na história econômica brasileira. Onde saiu de uma situação em que a economia encontrava-se fechada, avançando para um fluxo de comércio e de capitais internacionais, a partir daí o Brasil caminhou para uma economia aberta.

Conforme o texto Lilian Montali a reestruturação produtiva tomou força na Região Metropolitana de São Paulo a partir de 1990 até 1994, onde ocorreu um aumento considerável de desemprego, precariedade de trabalho, uma mudança na renda familiar, onde examina as tendências recentes do mercado de trabalho na década de 90. O texto relata que a globalização dos mercados, busca um crescimento permanente, onde o país tem experimentado várias transições, afetando significantemente o mercado de trabalho.

A transformação recente no mercado de trabalho influencia diretamente na relação da família, onde se tem uma busca constante de sobrevivência. Algumas tendências dos anos 90 já se fazia notar na década de 80, onde ocorreu a redução do salario e também do emprego industrial, tais mudanças são reflexos introduzidas com a reestruturação produtiva.

Dentro desse contexto faz necessário considerar alguns aspectos que é de máxima relevância para a compreensão da trajetória do mercado de trabalho ao longo dos anos. Sendo assim, devemos englobar aspectos que darão norte à compreensão desse processo.

O termo divisão de trabalho refere-se às diferentes formas que o seres humanos, viveram , produziram e reproduziram em sociedade, onde se organiza em etapas com diferentes fenômenos sociais, tais como: 1) divisão social do trabalho ou divisão do trabalho, 2) divisão capitalista do trabalho, 3) divisão sexual do trabalho, 4) divisão internacional do trabalho.

Cada etapa produz sua importância inserida na sociedade ao longo dos anos, Karl Marx, usa a expressão “divisão do trabalho” para expressar a complexidade das atividades presentes em toda a sociedade, independente do produto circularem como mercadoria ou não. Em se tratando da divisão do trabalho social faz menção a atividades produtivas, ou ramos de atividades necessárias para a reprodução da vida, para Marx a divisão do trabalho social, está ligada diretamente ao respeito especifico do trabalho humano. A divisão do trabalho é algo que sempre existiu, antigamente se dava pela divisão do sexo, idade e força corporal.

A divisão capitalista do trabalho refere-se à fragmentação de uma especialidade produtiva em numerosas operações. No século XVIII surgem as fabricas, o capitalismo industrial configura-se à partir de um grande número de trabalhadores são empregados por um capitalista. Essa a associação de diversos trabalhadores em um mesmo espaço físico, onde cada um desenvolve uma tarefa específica, e o produto só é obtido como resultado do trabalho coletivo, ou, nas palavras de Marx (1980), o produto resulta de um trabalhador coletivo; a modificação do papel da gerência para o de controle do processo e da força de trabalho; e a expropriação do trabalhador do produto do seu trabalho. Opera-se uma divisão entre trabalho manual (que transforma o objeto) e intelectual (a consciência que o trabalhador tem sobre o trabalho), separa-se concepção e execução.

Quando se fala em divisão sexual do trabalho podemos entender que como diferença entre homens e mulheres na sociedade. Tal divisão ganha uma introdução por parte das feministas, que fazem das mulheres inseridas na esfera privada e cuidado dos filhos e aos homens a esfera pública, incluído à eles trabalho remunerados e prestígios social. A ampliação do acesso à educação e a conquista dos movimentos de mulheres possibilitou a entrada das mulheres no mercado de trabalho, no entanto ainda é significativa a desigualdade em termos de valorização do trabalho feminino em relação ao masculino. Apesar de toda a movimentação em torno de uma igualdade, ainda nos dias de hoje muitas mulheres recebem menor remuneração do que os homens mesmo desenvolvendo trabalhos iguais; determinadas atividades são atribuídas ao feminino, pior remuneradas e menos valorizadas socialmente do que as que são atribuídas

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