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Fichamento Mapas Conceituais

Por:   •  2/7/2018  •  Resenha  •  1.834 Palavras (8 Páginas)  •  615 Visualizações

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CURSO: Bacharelado Interdisciplinar em Saúde

COMPONENTE CURRICULAR: Iniciação cientifica em saúde (HACA86)

DOCENTE: Renata Meira Veras

DISCENTE: Laura Francisca Moura Santos

FICHAMENTO

TEXTO “Construindo mapas conceituais” DE ROMERO TAVARES

Resumo do texto: O mapa conceitual constitui-se em um sistema delineado de forma que represente uma rede de conceitos, convicções e/ou ideias mergulhadas numa rede de assuntos. Muitas vezes considerado como um organizador do conhecimento, o mapa conceitual permite a exposição do conhecimento acerca de um conteúdo especifico como algo estruturado através da percepção do seu autor, que partindo desse esquema pode idealizar, ver e examinar a extensão e a profundidade do tema. O texto de Romero Tavares, traz a história, tipos, construção, onde podem ser utilizados e o papel dos mapas conceituais, fechando com a discussão sobre os mapas na visão do autor. Dessa maneira, o texto tem como intuito ajudar na criação de mapas conceituais para facilitação do aprendizado em amplas esferas de ensino para elucidar conceitos e significados, de forma ilustrativa, coesa e didática.

CITAÇÃO

COMENTÁRIOS

“O construtivismo tem diversas vertentes, mas todas concordam em considerar a aprendizagem como um processo no qual o aprendiz relaciona a informação que lhe é apresentada com seu conhecimento prévio sobre esse tema. A história da construção do conhecimento pessoal é a história da vida de cada um de nós, pois construímos esse conhecimento de uma maneira específica e individual. A construção do conceito sobre um objeto de uso corriqueiro, como cadeira, tem características comuns a todos nós, tais como a sua forma e funcionalidade. Mas existe algo de específico na maneira que cada um de nós vê uma cadeira, que reflete a forma idiossincrática que construímos esse conceito. Cada um de nós foi apresentado a uma cadeira e foi construindo esse conceito de maneira absolutamente pessoal. Essa forma idiossincrática foi sendo definida com as condições que encontramos ao nascer e viver as primeiras experiências, o estilo de vida e as oportunidades de vivências que nos foram oferecidos.” (p. 72-73)

- Aqui o autor mostra o conceito de construtivismo, que mesmo tendo diversas vertentes, considera a aprendizagem como um processo onde ocorre a mistura da informação recebida com o conhecimento prévio, deixando claro que a construção do conhecimento é uma viagem pessoal, uma vez que a história de vida pessoal, desde o nascer até as oportunidades de vivencias de cada um é diferente, o que altera a percepção de cada indivíduo sobre o significado e utilidade de cada coisa, mesmo que esta coisa seja idêntica em termos de aparência.

“A construção de mapas conceituais na maneira proposta por Novak e Gowin (Novak, 1998; Novak e Gowin, 1999) considera uma estruturação hierárquica dos conceitos que serão apresentados tanto através de uma diferenciação progressiva quanto de uma reconciliação integrativa. A figura 1 mostra um mapa conceitual que apresenta tanto a diferenciação progressiva quanto a reconciliação integrativa. Esses mapas hierárquicos se estruturam de acordo com a Teoria da Aprendizagem Significativa de David Ausubel, e desse modo contribuem, de maneira mais eficiente, para a construção do conhecimento do aprendiz.” (p. 73)

- Nesse parágrafo, Tavares tenta remeter as origens da ideia de construção de mapas conceituais, mostrando que os conceitos podem ser expostos e interpretados a partir de duas vertentes importantes: A diferenciação progressiva, que é como libertar conceitos que estão dentro de um único conceito. E a reconciliação Progressiva, que ocorre quando um conceito é ligado a um completamente desigual.

“O mapa conceitual hierárquico se coloca como um instrumento adequado para estruturar o conhecimento que está sendo construído pelo aprendiz, assim como uma forma de explicitar o conhecimento de um especialista. Ele é adequado como instrumento facilitador da meta-aprendizagem, possibilitando uma oportunidade do estudante aprender a aprender, mas também é conveniente para um especialista tornar mais clara as conexões que ele percebe entre os conceitos sobre determinado tema.” (p. 74)

- É importante lembrar, que o mapa conceitual pode ser um instrumento de aprendizagem ímpar para diversos alunos e deveriam ser ensinados desde a escola, para a melhora do entendimento e da passagem de informações.

“Embora os mapas conceituais possam transmitir informações factuais tão bem quanto os textos, esses organizadores gráficos são mais efetivos que os textos para ajudar os leitores a construir inferências complexas e integrar as informações que eles fornecem (Vekiri, 2002: 287). Eles também têm o potencial de melhorar a acessibilidade e usabilidade materiais durante uma pesquisa na medida que apresentam marcas visuais-espaciais que podem guiar uma seleção ou categorização. Existe a comprovação empírica sobre a eficiência de buscas, onde se comprova a que os interessados localizam mais informações quando elas são apresentadas em formas de mapas ao invés de textos (O´Donnel, 1993: 222).”

(p. 75)

Os mapas conceituais tem como atributo sua flexibilidade de público, além de atender a comunidade acadêmica, um mapa conceitual bem desenhado pode ser lido por qualquer público, dado seu caráter didático e simples, podendo ser utilizado em ações comunitárias e iniciativas de educação e promoção da saúde, por exemplo.

“Existe uma grande variedade de tipos mapas disponíveis, que foram imaginados e construídos pelas mais diversas razões. Alguns são preferidos pela facilidade de elaboração (tipo aranha), pela clareza que explicita processos (tipo fluxograma), pela ênfase no produto que descreve, ou pela hierarquia conceitual que apresenta. Quando se deseja otimizar um determinado processo, a utilização do mapa tipo fluxograma é a representação mais adequada. Esse tipo de mapa deixa claro quais são as confluências e as possíveis opções a serem escolhidas. Ele ainda é extremamente utilizado na elaboração de programas de computador, quando se deseja construir um algoritmo eficiente para determinada função. No entanto, o único tipo de mapa que explicitamente utiliza uma teoria cognitiva em sua elaboração é o mapa hierárquico do tipo proposto por Novak e Gowin (1999).” (p. 75)

- Apesar do autor imprimir sua opinião sobre cada tipo de mapas, mas é importante reconhecer que cada temática necessita de um tipo certo de mapa, uma vez que os conceitos escolhidos podem estar interligados ou não, o que determina a escolha da configuração do mapa.

“Considerando mapas onde os conceitos estão de acordo com o que é aceito pela comunidade científica sobre determinado tema, não existe um mapa certo ou mapa errado. Existem mapas com uma demonstração de grande conhecimento sobre as possíveis relações entre os conceitos mostrados. Dois grandes especialistas sobre um assunto dificilmente construirão mapas iguais. Talvez eles concordem em linhas gerais sobre quais são os conceitos mais importantes, mas dificilmente eles escolherão as mesmas relações entre esses conceitos. Dois especialistas não contestarão os respectivos mapas, visto que esses trabalhos serão expressões pessoais que cada um tem sobre o tema.” (p. 78)

- Aqui é perceptível, mais uma vez, a ideia de conhecimento pessoal e construção individual vem à tona, já que a singularidade das percepções permite a criação de diversos mapas diferentes, mesmo sobre a mesma temática. O que não deixa margem para julgar errado um mapa conceitual que seja autoexplicativo e didático.

“Um BOM (figura 6) mapa começa com uma boa seleção de conceitos relacionados ao tema principal. Cada conceito pode estar relacionado a mais de um outro conceito. A existência de grande número de conexões entre os conceitos revela a familiaridade do autor com o tema considerado. Mesmo que ele não tenha feito a escolha dos conceitos a serem mapeados, ele conseguirá perceber as relações entre eles se tiver algum domínio sobre o tema.” (p. 78)

- O bom mapa, segundo Romero, é composto por uma visão ampla do autor e de conexões que dão a sensação de domínio do assunto, mesmo que não tenha de fato o domínio.

“Um MAU mapa (figura 7) conceitual faz uma conexão linear entre os conceitos. Ele evidencia que seu autor não visualiza outras conexões, outras possibilidades de entendimento da questão (Novak e Gowin, 1999: 124).” (p.78)

- Aqui, fica claro que a única coisa que pode fazer com que se construa um mau mapa é a construção vertical e limitada das conexões estabelecidas entre os conceitos.

“A função mais importante da escola é dotar o ser humano de uma capacidade de estruturar internamente a informação e transformá-la em conhecimento. A escola deve propiciar o acesso à meta-aprendizagem, o saber aprender a aprender. Nesse sentido, o mapa conceitual é uma estratégia facilitadora da tarefa de aprender a aprender. A meta-aprendizagem torna possível ao estudante a compreensão da estrutura de determinado assunto. Aprender a estrutura de uma disciplina é compreendê-la de um modo que permita que muitas outras coisas com ela significativamente se relacionem. Por outras palavras, conhecer uma estrutura é saber como as coisas se ligam entre si. O ensino e a aprendizagem da estrutura, ao contrário do simples domínio dos fatos e técnicas, são o centro do clássico problema de transferência. O que importa não é a transferência de uma habilidade mas de uma noção, que pode ser usada como base para reconhecer problemas subseqüentes, como casos especiais da idéia inicialmente dominada. Esse tipo de transferência encontra-se no centro do processo educacional – o contínuo alargamento e aprofundamento do conhecimento, em termos de idéias básicas e gerais (Bruner, 1966).” (p. 81)

- Lembrando um comentário anterior sobre a necessidade dos mapas conceituais nas escolas para facilitação da aprendizagem, aqui, o autor mostra os conceitos de meta-aprendizagem e a importância disso para que o conhecimento não seja transformado só em fatos e técnicas, mas seja de fato aprendido de forma aprofundada.

- Além disso, é importante salientar, que o autor também traz elencados os locais onde o mapa conceitual pode ser aplicado e de que forma, revelando o caráter didático e extremamente informativo e fácil do artigo de Tavares. 

“O mapa conceitual é uma estrutura esquemática para representar um conjunto de conceitos imersos numa rede de proposições. Ele pode ser entendido como uma representação visual utilizada para partilhar significados.” (p. 84)

- Ou seja, os mapas conceituais devem apresentar o sentido dos conceitos que estão contidos dentro de um assunto especifico.

“Um mapa conceitual apresenta uma visão idiossincrática do autor sobre a realidade a que se refere. Quando um especialista constrói um mapa ele expressa a sua visão madura e profunda sobre um tema. Por outro lado, quando um aprendiz constrói o seu mapa conceitual ele desenvolve e exercita a sua capacidade de perceber as generalidades e peculiaridades do tema escolhido. E nesse sentido pode construir uma hierarquia conceitual, iniciando de características mais inclusivas para as mais específicas, tornando clara a diferenciação progressiva, um dos conceitos chaves da teoria de Ausubel. Ele também é instado a construir relações de significados entre conceitos aparentemente díspares, tornando clara a reconciliação progressiva, outro conceito chaves da teoria de Ausubel. Nesse sentido, o mapa conceitual se coloca como um facilitador da meta-aprendizagem, ao facilitar que o aprendiz adquira a habilidade necessária para construir seus próprios conhecimentos.” (p.85)

- Nesse parágrafo, que é o último do texto, é feita a retomada do texto e impressa a opinião do autor, que mais uma vez demonstra a necessidade dos mapas conceituais para um aprendizado mais rico e lúcido.

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